sexta-feira, 8 de julho de 2022

O CRISTIANISMO COMO VERDADE ABSOLUTA, E NÃO COMO MERO SENTIMENTO!

 

“Você não precisa ACREDITAR em Deus; você deve SENTIR Deus!” – Dizem os gaiatos metidos a pregadores!


O Cristianismo é uma religião fundada na verdade revelacional (Deus falou!), consequentemente exibe proposições, teses e verdades objetivas, e também se fundamenta na verdade histórica (Deus fez!), portanto não é mera linguagem ou utopia, mas ações concretas na história da humanidade. A teologia não é o estudo de Deus em Si, mas de Deus na Sua revelação. Essa revelação não foi feita por meio de meros códigos que devam ser interpretados meramente como símbolos como faz a filosofia hegeliana (Georg W. F. Hegel 1770–1831) seguida pelos teólogos liberais e pelos pregadores desavisados e populares das redes sociais da atualidade. A perspectiva da filosofia idealista entende as doutrinas bíblicas como meros símbolos. Por exemplo, “termos como Filho de Deus não devem ser entendidos em um sentido literal, mas somente simbolicamente”[1]. Portanto, não se assustem quando certos pregadores atabalhoadamente surgir com interpretações simbólicas, mirabolantes, extravagantes e inovadoras dos textos bíblicos.

Por outro lado, temos gente (pregadores e cia) tentando defender o Cristianismo na base do sentimento. Os pregoeiros atuais seguem a “teologia do sentimento” do teólogo alemão Friedrich Schleiermacher (1973–1834).  Esses dias vi um vídeo nas redes sociais onde o cara afirma que não se deve acreditar em Deus, mas senti-lo, pois essa é a verdadeira religião. Ele afirmou que não devemos acreditar em Deus, pois é coisa da mente, da pura razão. O certo é manter um relacionamento com Deus por meio dos sentimentos. Apenas pelo sentimento e não pela razão terei certeza de ter intimidade com Deus. Isso nada mais é do que a religião encontrada no sentimento para que a pessoa possa experimentar a Deus. Essa é a base do liberalismo padrão de Schleiermacher. Neste caminho as doutrinas tais como o nascimento virginal, a expiação substitutiva e a deidade de Cristo que são compreendidas, cridas e acreditadas pela razão e não meramente pelo sentimento ou pela religiosidade subjetiva são descartadas. Para esses pregadores do sentimentismo pós-moderno a regeneração não é crer ou acreditar na morte literal e ressurreição literal e corpórea de Cristo na história, mas participar na vida experiencial e sentimental da comunidade contemporânea num relacionamento e no sentir o Divino. O importante é sentir, não acreditar em Deus!

O Senhor Jesus apontou que devemos amar a Deus de todo o nosso entendimento sem negligenciar a alma, o coração e as forças (Mateus 22.37). Negar a validade da mente, do entendimento ou da razão para a compreensão da verdade de Deus, para ter um relacionamento com Ele e para experimentar a grandiosa vontade é ser contra a exortação paulina em Romanos 12.2: “e não vos conformareis a este mundo, mas transformai-vos por meio da renovação da vossa mente, e discirnais qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Você não pode discernir e experimentar algo que você não processa por meio da mente. O cristão é chamado a transformação por meio da renovação da mente que se realiza por meio do Espírito Santo quando apresenta a verdade de Deus em Cristo aos homens. O Espírito convence (por meio de argumentos) sobre as verdades do pecado, da justiça e do juízo relacionados à Jesus Cristo e a Sua obra redentora (João 16.7-11). O Espírito Santo não faz as pessoas sentirem meramente alguma coisa para se reconciliarem com Deus, Ele as convence de seus pecados e da necessidade de arrependimento e fé no Salvador e Senhor Jesus Cristo. As pessoas precisam sabem quem é Deus, o que Jesus fez e o que significa a Sua morte e ressurreição para se reconciliarem com Deus.

O Cristianismo pneumático centra-se no esclarecimento da verdade sobre Jesus Cristo para que as pessoas sejam salvas após entender a obra redentora de Deus em Cristo. O Senhor Jesus disse que o Espírito Santo é o Espírito da verdade que guiaria as pessoas “a toda verdade” e “dará a conhecer os eventos futuros” (João 16.13). Jesus disse: “Ele me glorificará, porque tomará do que é meu e o dará a conhecer a vós. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso vos disse que tomará do que é meu, e o dará a conhecer a vós” (vv.14,15). O Espírito Santo não faria com que as pessoas “sintam” (Schleiermacher[2]) ou tenham meras “subjetividade” (Immanuel Kant[3]), ou mesmo deem um “salto de fé irracional” (Kierkegaard) para conhecer a Deus e a Jesus Cristo. Ele, sendo o Espírito da verdade, daria a conhecer a verdade para que fosse compreendida racionalmente. Ele guiará o povo de Deus a toda a verdade. Ele testificará da verdade e ensinará a verdade sobre Jesus Cristo (1Joao 2.20,27). Cremos para compreender, mas também compreendemos para crer.

Infelizmente, as pessoas atabalhoadas pelos pregadores atrapalhados e inovadores confundem (rejeitam ou mesmo negligenciam) o ministério revelador, iluminador e pedagógico do Espírito Santo para elencar os seus próprios sentimentos ou sensações subjetivas. O Espírito Santo é o guia da verdade e não nossos sentimentos, as sensações ou impressões da realidade. O relativismo ou a verdade relativizada é uma desgraça para a saúde da igreja e da sociedade. O Cristianismo é produto da revelação objetiva, proposicional de Deus em Cristo por meio do Espírito Santo. A religião cristã não é um amálgama sentimental das inúmeras experiências dos diversos indivíduos na comunidade formando um todo místico. O Cristianismo é a religião da revelação de Deus em Cristo e que nos foi transmitida pela doutrina dos apóstolos. Sim, a fé que uma vez por todas foi entregue aos santos e pela qual devemos batalhar de uma vez por todas (Judas 3) é racional, pode ser apreendida e entendida pela razão – por isso, o filósofo Kant estava errado quando postulou que não podemos conhecer a Deus racionalmente. Claro, a galerianha do “não-me-toque” irá discordar. Mas problema é deles!



[1] ENNS, Paul. Manual de Teologia Moody, p.666. São Paulo, SP, Brasil: Editora Batista Regular do Brasil, 2010.

[2] Schleiermacher escreveu: “A essência da religião é o sentimento de dependência absoluta. Repudiei o pensamento racional em favor de uma teologia do sentimento”. HICKS, Stephen R. C. Guerra Cultural: como o pós-modernismo criou uma narrativa de desconstrução do Ocidente, p.51. São Paulo, SP, Brasil: Faro Editorial, 2021.

[3] Na história da filosofia, Kant representa uma mudança fundamental – do padrão de objetividade para o padrão da subjetividade. Apesar das conclusões negativas, os primeiros céticos ainda associavam a verdade com a realidade. Kant deu um passo adiante e redefiniu a verdade em bases subjetivas. A realidade externa é praticamente descartada, e ficamos inescapavelmente presos na subjetividade. Sua filosofia, portanto, é precursora das fortes posturas antirrealistas e antirrazão do pós-modernismo. Cf. HICKS, p.40-42, 2021.

VOCÊ DEVE VIVER O QUE PREGA E PREGAR O QUE VIVE!

 

Sem dúvidas essa é uma frase linda quando nós a lançamos sobre outras pessoas.

Certa feita ouvir uma pregação do meu então pastor presidente Odilon Xavier na qual ele dizia que “pregamos uma mensagem que está acima de nós”. O que ele quis dizer é que sempre seremos falhos e nunca alcançaremos a plenitude da santidade do evangelho nesta vida, portanto a mensagem que pregamos sempre será perfeita apesar das nossas imperfeições (ainda bem que a fé salvadora vem pelo ouvir a pregação da Palavra de Deus, Romanos 10.17). Não tenho dúvidas quanto a isso. Certamente nunca viveremos 100% o que pregamos e, talvez em certo sentido pregamos o que vivemos. Sim, só aquilo no que realmente somos bons vamos pregar, mas, concomitantemente não pregamos aquilo que não vivemos, pois escondemos por meio daquilo que vivemos. Noutras palavras, somos bons em lançar a frase epigrafada na conta dos outros, enquanto nossa conta permanece no vermelho. Nossas dívidas e endividamento são altos!

Você já notou que as pessoas são ligeiras e driblam a própria consciência quando vociferam os erros dos outros para esconder os seus próprios? São rápidas para trombetear os pecados alheios, mas lentos para resolver os seus próprios.

Normalmente, as pessoas que constantemente falam a frase epigrafada elas não vivem o que pregam. Elas pregam sobre o amor, mas não amam seus irmãos. Aliás, só amam aqueles que não falham com elas. Enquanto você não falha e não erra serás amado, mas no dia que você tropeça elas te odeiam. Outro exemplo: essas pessoas pregam sobre o perdão bíblico, mas quando você peca elas expõem os erros, assassinam reputações e vilipendiam vidas e ministérios. Onde fica o texto: “se teu irmão perca contra ti, vai e, em PARTICULAR com ele, conversem sobre a falta que cometeu” (Mateus 18.15, KJA). Esse é o primeiro passo para a restauração do irmão. Como diz o ditado: “pimenta nos olhos dos OUTROS é refresco (eu diria:  é colírio nos meus)”.

Enfim, sem mais delongas. Nós nunca vamos viver 100% do que devemos pregar, mas devemos nos esforçar para viver as implicações e os imperativos do evangelho, apesar das nossas imperfeições. A mensagem que devemos pregar – todo o conselho de Deus – é altaneira. Não posso deixar de pregar aquilo que não vivo, mas devo pregar para que eu mesmo seja confrontado e cresça sob os auspícios do poder do Espírito em santidade até alcançar “à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado do homem perfeito, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Efésios 4.13).

Particularmente, nunca vou deixar de pregar certas verdades do evangelho só por ainda não ter sido santificado em determinadas áreas da minha vida. Como Paulo digo: “Não que eu já a [a ressurreição] tenha, ou que já tenha chegado a ser perfeito, mas corro para que alcançar aquilo para o qual fui alcançado por Jesus Cristo” (Filipenses 3.12). Sim, não vou ficar parado, inerte e enclausurado na derrota por que não alcancei a perfeição. Eu vou prosseguir! Eu vou correr! Eu vou avançar para a meta com o fim de obter a vitória do supremo chamado de Deus por meio de Jesus Cristo (v.14). Eu sei que mesmo não vivendo 100% do que prego, e até pregando o que vivo atabalhoadamente estou convicto pelas Escrituras que estou sendo transformado de glória em glória na imagem do Cristo pelo poder do Espírito Santo que em mim habita (2Coríntios 3.18; cf. Romanos 8.29).

Eu sei de uma coisa que não sou o que eu era (pecador não arrependido), e também não sou ainda o que devo ser (filho aperfeiçoado). Mas quando, o meu Senhor, se manifestar em Sua vinda serei semelhante a Ele, porque o verei como Ele é (1João 3.2), e terei um corpo igual ao corpo de Sua glória (Filipenses 3.21), e, indizivelmente participarei da natureza divina (1Pedro 1.4).

 

Que Deus nos ajude a pregar essa verdade tão altaneira!

QUEM SÃOS OS FASCISTA?


NÃO SE ENGANEM o fascismo e o nazismo é produto da velha esquerda quando as profecias centrais do marxismo não se cumpriram. Quando houve enorme crise e queda da esquerda (noutras palavras: NÃO FUNCIONOU!), o marxismo basicamente se dividiu em dois campos: o primeiro tornou-se o leninismo e o bolchevismo (partido político socialista), o outro tornou-se o fascismo e o nazismo.

Hoje, a grande mentira da nova esquerda progressista diagnosticado na psicanálise como "transferência": "aquele que comete algo terrível não deixa a culpa em si mesmo, mas, impressionantemente, culpa  a vítima da ofensa".

Esse fenômeno diagnosticado pela psicanálise e pela psicologia é peculiar na esquerda progressista. Eles culpam precisamente a parte que eles mesmos estão prejudicando diretamente. Eles transferem sua culpabilidade para as vítimas, transformando as vítimas em culpadas: o bandido transforma-se no mocinho e o mocinho torna-se o bandido.

A esquerda progressista política atualmente - apoiada pela grande mídia - insiste em culpar outras pessoas dos males praticados por eles. O Lula ladrão e seus asseclas culpa a sociedade capitalista pelo surrupio do erário público.

Os próprios esquerdistas usam as táticas de ameaça e opressão nazistas e subscrevem a uma ideologia completamente fascista. Eles querem ser tolerados, mas não toleram o contraditório. Nisso seguem seu grande guru Herbert Marcuse (nazista que se camuflou na América) impondo uma censura àqueles que discordam de suas ideologias perniciosas. Marcuse argumentou que a esquerda é o partido da tolerância, mas que a tolerância não é para todos: só para as pessoas tolerantes. Noutras palavras, somente para aqueles que seguem nossa agenda progressista.

Eles são os verdadeiros praticantes das políticas do ódio (ódio é a base do comunismo, já dizia Lenin). São os esquerdistas que dividem as pessoas e as colocam em conflitos: pobres contra ricos; mulheres contra homens; negros contra brancos e etc. Aliás, eles, seguindo o conselho de Lenin, ensinam as crianças a odiarem seus pais caso não sejam socialista comunista progressista (Nova Esquerda; a galerinha do Caviar).

Assim como o fascismo teve seus camisas negras, o nazismo os camisas pardos, a Nova esquerda progressista tem seus grupos baderneiros: Antifa, Black Lives Metter Aqui no Brasil temos MST e CIA. Arruaceiros, baderneiros, destruidores do patrimônio público e intimidadores violentos.

Por meio de um processo de transferência, os esquerdistas culpam a vítima de ser e fazer o que eles próprios são e fazem. Não é à toa que vimos uma esquerdista dizer que "há uma lógica no assalto". Culpado não é o assaltante, mas é a vítima do assalto!

Os verdadeiros fascista da política brasileira disfarçam-se de antifascista e acusam os verdadeiros antifascistas de fascismo. Por isso, eles lançam contra nós que defendemos os postulados bíblicos, o liberalismo clássico e o conservadorismo de costumes e político, vários epítetos depreciativos: machistas, religiosos fundamentalistas, opressores patriarcais, capitalistas bastardos, homofóbicos e etc.,

Posto isso, nós devemos ter cuidado com a nova esquerda progressista que tenta assassinar nossa reputação quando nos acusa do que eles próprios são. Assim eles fazem com todos que não concordam com suas ideologias perniciosas!


Ivan Teixeira.

segunda-feira, 4 de julho de 2022

A GUERRA CULTURAL DA IGREJA: DESTRUINDO OS SOFISMAS



A guerra cultural da igreja: a igreja contra o comunismo e o marxismo cultural

No meu livro Pedagogia do Espírito escrevi um capítulo intitulado Pedagogia da Batalha Espiritual. Neste capítulo postulo que “À luz das Escrituras Sagradas o educador cristão se encontra numa batalha”. Paulo escreveu em 2Coríntios 10.4-6:

Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, e estando prontos para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão.

 

Existe hoje uma batalha cultural, educacional, ideológica e de cosmovisão (visão de  mundo). Os cristãos devem estar preparados e instruídos para lutar contra e anular todos os sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus.

(1) O comunismo

É lamentável perceber o crescimento de cristãos que se dizem comunistas e que apoiam partidos políticos claramente ligados aos ensinos de Karl Max, Friedrich Engels e Antonio Gramsci e, desavisadamente empunham a bandeira e cantam o hino do Internacional Comunismo como aconteceu numa reunião do PT recentemente.

Esses desaviados (para dizer o mínimo) cristãos desconhecem que “o comunismo começa onde começa o ateísmo”. Na União Soviética, os cristãos literalmente eram proibidos de ser membros do Partido Comunista. E os professores não podia ser cristãos[1]. Na Alemanha nazista (o nazismo é outro tentáculo do socialismo como o fascismo italiano, ambos são mais revolucionário do que o marxismo tradicional) o Cristianismo Confessional era perseguido e muitos pastores e cristãos foram martirizados. O mais conhecido foi Dietrich Bonhoeffer.

O ex-presidente anticomunista dos EUA John F. Kennedy afirmou que os comunistas “não deixaram lugar para Deus”. A única lealdade dos comunistas ou daqueles que estão sob o governo comunista é ao Estado. O Cristianismo não é bem-vindo num governo socialista-comunista, pois nenhuma outra filosofia de vida pode ser tolerada a não ser a socialista comunista baseada na filosofia de Karl e Engels.

O culto é prestado ao Estado, esse é o supremo propósito da vida de um socialista comunista. Quanto mais Estado melhor. O esforço atual de centralizar tudo no Estado dos partidos de esquerda no Brasil evidencia claramente qual é a intenção dos camaradas tupiniquins. O próprio ex-presidiário corruptor solto por manobras de um STF ativista e pertencente ao marxismo cultural (Nova Esquerda) afirma que pretende se vencer as eleições controlar a mídia (entenda a mídia conservadora e de direita) e fazer o Estado mais presente. Isso sem falar que o mesmo e seus asseclas são contra o liberalismo econômico, o Cristianismo, a família tradicional e a moralidade judaico-cristão. Não se assustem, pois eles estão sendo o que realmente são: socialistas! Mas, no momento histórico: socialistas/marxistas culturais com suas ideologias nefastas e destruidoras de sociedades.

O ex-presidente Kennedy falou da “luta pela supremacia entre duas ideologias conflitantes: a liberdade sob Deus versus a implacável tirania sem Deus” de um governo socialista comunista. Isso é claramente o que a esquerda no Brasil apoia. Não se enganem. Não existe neutralidade no conflito político atual. O que existe são vários partidos dentro do mesmo bojo ideológico da Nova Esquerda contra aqueles que desejam um Brasil conservador fundamentado nas grandes conquistas do capitalismo, do livro mercado, do menos Estado, mais iniciativa privada, apoio à família nuclear, educação despida do marxismo cultural que se baseia no igualitarismo e promove grupos divisórios que destroem a unidade da nação. Apesar de não termos no Brasil um conservadorismo político propriamente dito, mas, sim, um conservadorismo de costumes; Urge aos brasileiros despertarem do encanto do marxismo cultural e não permitir que seus asseclas assumam novamente o poder presidencial. Esforçando-se paulatinamente, mas firmemente para mudar os personagens que tornaram as nossas instituições (Senado, Congresso e o STF) antro das ideologias da Nova Esquerda e do ativismo político partidário. Como conservadores não queremos o fim das Instituições democratas que fundamentam nossa nação, mas, sim, uma limpeza para tirar estes canalhas que estão corroendo e destruído nosso querido Brasil. Isso é feito por meio do voto, apoiando novos políticos que aos poucos estão surgindo cujo o imaginário político não seja esquerdista com seus tentáculos marxista-leninista e progressista. Vale pontuar, que quando as pessoas querem o “fim” do STF, elas não querem o fim da Instituição em si. Mas desejam um judiciário não corrupto e que tem apoiado e soltado bandidos descaradamente.

Deve-se pontuar com todas as letras que nenhuma ideologia foi tão particularmente mortal quanto o socialismo-comunismo.

Nenhuma ideologia política produziu tanta miséria, repreensão extrema e simples violência quanto o socialismo- comunismo.

Nenhuma ideologia tem causado tanta idiotização na educação quanto o marxismo cultural.

Nenhuma ideologia tem acabado com toda uma geração de adolescentes e jovens quanto o marxismo cultural.

O socialismo é uma desgraça por onde passa. O socialismo comunista priva os indivíduos de seus direitos inalienáveis. É uma ideologia totalitária e ateia.

Da Rússia de Stálin ao Camboja de Pol Pot, à China de Mao Tsé Tung e à Venezuela de Hugo Chávez, o comunismo tem conduzido não ao prometido paraíso de trabalhadores, mas à coisa mais próxima daquilo que o mundo conhece como inferno na terra.

O comunismo matou mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo. Outros estudiosos pontuam que o total de morte causadas pelo comunismo no século XX está mais próximo de 140 milhões.

Certo escrito pontuou com precisão: “dê aos comunistas um pouco mais de tempo e eles decerto hão de matar mais alguns milhões”[2].

O aborto foi legalizado pela primeira vez nas nações comunistas, a começar pela Rússia bolchevique. Os piores índices de abortos do século XX, de longe, deram-se em países comunistas (URSS, Cuba, Romênia, Vietnã) e estavam diretamente relacionadas às políticas comunistas ali em voga. Em apenas uma década e num único país comunista, a Rússia, totaliza-se setenta a oitenta milhões de mortes de bebês não nascidos. Somando um total de 220 milhões de morte sob os auspícios comunistas!

Desde que o marxismo cultural tomou conta da educação, da política e das mídias nos EUA o aborto tem sido regularizado, e milhões de bebês assassinados. Os democratas (a esquerda americana) apoiam e aplaudem as organizações abortistas com a Planned Parenhood – fundada pela esquerdista e eugenista Margart Sanger. Perceba a profunda tragédia que é o aborto; não se trata de uma mãe meramente matando uma criança, mas de uma mãe matando a sua própria criança. O papel do Estado na ideologia esquerdista é simplesmente autorizar o assassinato, torna-lo legal. Infelizmente, certos crentes apoiam cegamente ou mesmo enxergando toda essa parafernália maligna da Nova Esquerda (marxismo cultural).

Como disse outro ex-presidente dos EUA, Ronald Reagan: “O comunismo não é um sistema político ou econômico, é uma forma de loucura”. Ele chamou a URSS de “o império do mal” e o “coração das trevas”[3].

 

(2) Comunismo dos séculos XX e XXI, Marxismo cultural

Como se pode provar pela História os comunistas não tiveram sucesso (graças a Deus!), pelo menos de continuarem no poder e dominar o mundo com sua agenda socialista marxista-leninista maligna. Mas eles não desistiram. Eles continuam com os mesmos objetivos, mas suas táticas mudaram. Seguindo as ideias de Antonio Gremsci eles buscam conquistar o mundo, não através de bombas, violências (apesar de que em certos momentos a tática de intimidação prevalece entre eles) ou por meio dos seus vários expedientes. Agora, sua tática é se infiltrar na educação (e noutras instituições). Das creches às universidades. Eles focam na cultura, no sexo e na educação. Os neomarxistas pretendem refazer a sociedade por meio do extermínio das normas e instituições tradicionais postuladas pelo conservadorismo que por sua vez se baseia no Cristianismo histórico e confessional. Eles fizeram uma combinação da teoria marxista com psicologia, sociologia e os ensinamentos quanto ao sexo. Eles sabem que quando Deus, a tradição e as normas mais antigas e primordiais não existem mais, tudo é permissível. Eles falam de liberdade, mas na realidade é uma libertinagem que tem destruído toda uma geração de jovens e, atualmente, tem alcançado nossos adolescentes.

Os intelectuais da nova esquerda querem fazer mudanças revolucionárias no casamento, na sexualidade, na família e na religião.

Eles rejeitam, com desprezo, a Igreja, e olham para Marx e Freud como deuses que não os decepcionam. A nova esquerda não “organiza” os trabalhadores e as fábricas, os lavradores e os camponeses, os campos e as fazendas como a velha esquerda. Agora, eles “organizam” os estudantes e a academia, os artistas e a mídia, e a indústria cinematográfica para alcançar seus ideais para chegar a utopia marxista final.

Os marxistas culturais entendem que a revolução exige muito mais do que uma guerra econômica, mas uma guerra cultural. Eles querem educar novos e fiéis comunistas desde o berço.

O próprio Gramsci previu a transformação social que surgiria através de uma “marcha por toda as instituições” – isto é, a apreensão das instituições culturais do Ocidente, uma por uma, pelo marxismo.

O assassino Lênin disse: “Dê-me quatro anos para ensinar as crianças, e as sementes que terei plantado nelas nunca será desenraizada”. Ele também disse: “Nós devemos odiar – o ódio é a base do comunismo”. “Deve-se ensinar às crianças que odeiem seus pais se eles não forem comunistas”. As crianças no regime comunista eram ensinadas a não respeitarem seus pais casos eles não fossem camaradas comunistas. Qualquer semelhança com a criançada de hoje é pura coincidência!

Os marxistas culturais reconhecem dois grandes obstáculos para a criação da sua nova sociedade e implantação da sua agenda progressista:

(1) a moral recebida pelo Ocidente pelo Antigo e Novo Testamento;

(2) Deus e a família tradicional.

Georg Lucács, uma das principais figuras da Escola de Frankfurt, o antro do marxismo cultura e da nova esquerda, odiava ardentemente tanto Deus quanto a família.

O britânico Malcolm Muggeridge, numa carta ao presidente Reagan, afirmou que quando era um jovem jornalista em Moscou, em 1932, encontrou “museu anti-Deus, a total supressão das Escrituras e da literatura relacionada a ela, a ridicularização da pessoa de Cristo e de Seus seguidores[4].

Para acabar com os valores tradicionais o neomarxismo deve ser inculcado na próxima geração de crianças – assim como no passado as famílias haviam educado as crianças nos valores tradicionais. Por isso, que o principal campo hoje de ação da nova esquerda é o sistema educacional – as escolas, as universidades, e, em especial, as faculdades de professores.

Nota que a Bíblia diz que nos últimos tempos “os homens serão mais amigos dos prazeres que amigos de Deus” (2Timóteo 3.2,4).

Paulo escreveu que, nos “últimos tempos”, os homens hipócritas e mentirosos proibiriam o casamento (1Timóteo 4.2,3).

Paulo também escreveu que “o homem da iniquidade, o filho da perdição” irá se levantar contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus (2Tessalonicenses 2.3,4).  Sem dúvidas, essa também é uma característica dos anticristos e do espírito do Anticristo que já operam no mundo.

Como vimos, os intelectuais da nova esquerda e do marxismo cultura querem mudanças na sexualidade. Herbert Marcuse um dos responsáveis pela concretização da revolução sexual dos anos 60, juntamente com Wilhelm Reich, defendia o que chamou de “sexualidade polimorfa”. Um conceito da psicanálise também conhecido como “perversidade polimorfa”. É a gratificação sexual fora dos canais do comportamento sexual aceito pela moral cristã-judaico segundo a Bíblia. Tal doutrina sexual prega a estimulação sexual por qualquer meio possível.

Sabe qual é o alvo? As nossas crianças!

Essa turma pretende incitar as crianças ao erotismo oral e anal na infância até ao estágio adulto da sexualidade genital. O objetivo deles é que as crianças se afastem do estreito foco da relação heterossexual genital. Eles querem que as crianças obtenham prazer erótico através de qualquer parte do corpo. – Vocês lembram da performance do artista nu no Museu de Arte Moderna em São Paulo com a criança lhe tocando?

Não é à toa que a comunidade LGBTQI+ apoia e aplaude de pé o neomarxismo. Aliás, os intelectuais da nova esquerda usam esse grupo como “idiotas úteis” para atingir seus alvos malignos.

Esses ideólogos esquerdistas querem a desconstrução da compreensão tradicional de casamento, gênero e família.

Os esquerdistas progressistas lutam pelo casamento entre pessoas do mesmo sexo e pela extensa agenda “LGBTQI+” que quer derrubar, ou melhor, destruir e varrer da face da terra a família natural, tradicional e bíblica.

Os cristãos precisam empunhar a espada do Espírito, a Palavra de Deus, para golpear estas ideologias satânicas e destruidoras e orar a Deus para que Ele conceda o arrependimento àqueles que estão sendo enganados e manipulados pelos neomarxistas. Eles são guerrilheiros transvestidos de intelectuais. Eles aplaudem vilões (e.g., Che Guevara) e discriminam os verdadeiros heróis do povo e da nação.

Nós não devemos recuar covardemente e dá uma de “isentões” na batalha cultural, mas com a Palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda, (2Coríntios 6.7), nós devemos, “no Espírito Santo” (6.6) e “no poder de Deus” (10.4) subjugar as rebeldes fortalezas, destruindo os raciocínios, as ideologias perniciosas e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência do Cristo (2Coríntios 10.4,5).



[1] KENGOR, Paul. Manual Politicamente Incorreto do Comunismo, p.15. São Paulo, SP, Brasil: VIDE Editorial, 2019.

[2] KENGON, p.23, 2019

[3] KENGOR, p.27, 2019.

[4] KENGOR, p.328, 2019.

sexta-feira, 27 de maio de 2022

O RUMO DA POLÍTICA E DA RELIGIÃO BRASILEIRA

UMA CRÍTICA TEOLÓGICA



Cada um de nós devemos entender que “ideias importam”. Pois a ideologia se torna um programa político. A forma de ver o mundo – cosmovisão – é muito mais do que meras ideias que permanecem no campo teórico. A cosmovisão de alguém determina o que ele é e faz. Quando pessoas e grupos adotam uma cosmovisão antiteísta (uma visão do mundo anti-Deus), seus programas políticos irão esfrangalhar lares, casamentos, crianças e igrejas. A moralidade judaico-cristã é pisoteada. A fidelidade conjugal é caricatura como um monstro da era patriarcal. As feministas ativistas e progressistas (difere do movimento conservador), tanto na política quanto na religião, tripudiam a liderança masculina como se fosse obra do diabo e não um princípio bíblico. Outrossim, no afã de se imporem as feministas progressistas acabam por destruir a feminilidade segundo as Escrituras.


Infelizmente, em muitas igrejas locais “politicamente corretas” de “paz e amor” o relativismo, o compromisso com a tolerância a todo tipo de pecado, o coletivismo socialista, e a civilidade sem princípio têm substituído o pensamento antiético e claro das Escrituras. Líderes evangélicos loucos por poder têm-se mancomunados com as obras infrutuosas das trevas e se aliado a uma agenda política imoral e anti-Deus. E cristãos desavisados têm apoiado partidos e políticos cujo viés ideológico joga lama nos princípios da ética judaico-cristã. E muitos o fazem por um prato de lentilhas!


É lamentável que muitas igrejas, líderes religiosos e políticos, antes defensores dos grandes valores da cultura cristã ocidental (conservadorismo), estão cambaleantes, e perigosamente feridos por uma ideologia radical de “permissividade” da nova esquerda (marxismo cultural), do direito de escolha e da autonomia pessoal. Muitos cederam ao a velho cântico da serpente: “vocês serão deuses”. Em outras palavras, “se vocês rejeitarem a visão de Deus e imporem suas próprias, serão vocês que comandarão, serão vocês que ditarão as ordens e não um livro antigo que possui uma visão antiquada e patriarcal do mundo”. Vocês serão deuses! Essa é a sedutora proposta de Satanás! Tristemente muitos líderes religiosos e políticos têm sucumbido. Tirem Deus e Seu livro do caminho e tudo é permitido! O Estado é laico! A religião não deve estar no campo da política, mas permanecer nas quatro paredes dos templos. A compartimentalização entre o sagrado e o secular tem prejudicado o testemunho da igreja em seu mandato cultura de informar, formar e transformar a cultura. A fé cristã evangélica foi colocada no seu devido lugar e na quietude dos templos. Perdeu-se o “tocar a trombeta em Sião”! Somos orientados pelo politicamente correto a tocar nossa flauta em nossos confortáveis templos. Os cristãos esquerdistas vociferam contra os conservadores que seu lugar não é na política, mas no campo religioso conquanto que a fé religiosa permaneça nos templos aos domingos e não se atreva a sair a partir da segunda-feira e influenciar e, principalmente optar na cultura secular, visto que essa pertence à nossa política.


Há um ensino irracional e pernicioso de que tudo é relativo, tanto na política e como na religião, que flutuam nas brisas agradáveis da unidade política e religiosa.


Minhas perguntam são:

Como um cristão pode tolerar o erro ou a igreja uma ideologia que nega cada elemento da fé cristã evangélica?


Como certos cristãos apoiam políticos e partidos de esquerda – mormente a nova esquerda – que claramente surrupiam e denegrem a sociedade lançando-a num caos moral e religioso?


Como líderes evangélicos podem andar de mãos dadas com líderes políticos que são TOTALMENTE contra os princípios da fé evangélica?


Como uma liderança que deveria instruir a igreja nos retos caminhos do Senhor para a evangelização do mundo e cumprimento do mandato cultural de formar, informa e transformar a cultura, hasteando a bandeira da ética judaico-cristã está brincando na lama relativista e promíscua da nova espiritualidade da Nova Era com líderes políticos e religiosos favoráveis ao aborto, a homossexualidade, a teoria e a teologia queer, o feminismo da segunda e terceira ondas e a desconstrução da família tradicional?

Alguém me explica!?


A “NOVA” Revolução Brasileira


Muitos líderes políticos, infelizmente, aliados com alguns líderes religiosos, estão com as mãos nas alavancas do poder e querem impor um projeto para um experimento social e espiritual, prontos para introduzir uma revolução que desafia a imaginação.


Sabemos que:

A Revolução Americana quis eliminar a imposição de impostos sem representação;


A Revolução Francesa imaginava Paris sem aristocratas;


A Revolução Russa sonhava com o desaparecimento dos empregadores e da propriedade particular;


A Revolução Nazista esperava livrar o mundo das raças inferiores;


A REVOLUÇÃO BRASILIEIRA (propagada e apoiada abertamente pelo PT) promete uma sociedade SEM PATRIARQUIA e SEM MORALIDADE, isto é, sem a tradicional estrutura de família aliada com a imoralidade e a bestialidade, e, no final de tudo, sem Deus Pai (pois querem uma deusa-mãe), Criador dos céus e da terra. Conceitos tradicionais, já experimentados pela História (aviso: a roda já foi inventada!), têm sido rejeitados. Classes de bandidos e sanguessugas dos trabalhadores (MST, CUT e CIA) são aplaudidos como os representantes da nação brasileira. Projetos de doutrinação para deformar nossas crianças são elencados, incentivados, aplaudidos e tagarelado pela turma da esquerda e Cia. A visão destes malignos são a perversidade polimorfa ou para usar as categorias freudiana: sexualidade polimorfa – indução sexual (erotização) das crianças para o sexo oral e anal até que na fase adulta pratiquem o sexo genital. Lembram-se do ator nu no museu em São Paulo sendo tocado por uma criança?


Esta Revolução penetra em cada lar e alma, redefinindo a sexualidade, a moralidade, a espiritualidade, Deus, a religião e a revelação. A nova ordem do mundo põe tudo o que conhecemos de cabeça para baixo – o bem se torna mal, a homossexualidade torna-se a expressão sexual preferida, e a família tradicional uma estrutura minoritária que precisa “a la Marx-Engels” ser destruída para a reconstrução da nova “família” comunista. Uma total aberração do ideal divino!


Como cristãos devemos ser fiéis a Deus e a Sua palavra. Como cidadãos devemos assumir nossas responsabilidades e lutar contra todo sofisma que se levante contra a família e os ideais éticos e morais de uma sociedade sob o bastão da verdade objetiva. Como cristãos e cidadãos que anelam uma sociedade mais justa, um governo mais sensato e uma sociedade mais educativa, segura e etc., nós devemos ativamente influenciar a política e o rumo do Brasil pela nossa vida, pelo voto, pela cidadania, pela honestidade, pelo respeito a cada cidadão (não bandidos e corruptos), pelo trabalho e acima de tudo pela oração e pela pregação da Palavra de Deus!


Em Cristo Jesus,

Pastor Ivan Teixeira


Minha consciência é escrava da Palavra de Deus!

quinta-feira, 15 de abril de 2021

O PRESBITERIANO JAMES HALL BROOKES (1830-1897)


JAMES HALL BROOKES (1830-1897):

Um Pioneiro do Arrebatamento Pré-Tribulacionista

Observações resumidas para demonstrar as inarticulações de certos críticos do dispensacionalismo pré-tribulacional que teimam em desacreditar do mesmo afirmando que foi produto das visões de uma adolescente chamada Margaret MacDonald. Aliás, eu nem vou tocar aqui no grande estudioso e sistematizador da doutrina em pauta, John Nelson Darby (1800-1882).

VAMOS LÁ.......

Muitos hoje ficam surpresos por verificar que a maioria dos defensores do pré-milenismo pré-tribulacionista dispensacional antes da Primeira Guerra Mundial pertencia aos círculos presbiterianos. James Hall Brookes (1830-1897), um ministro presbiteriano muito conhecido em seus dias, é considerado o pai do pré-tribulacionismo e do dispensacionalismo americanos. Brookes foi um dos primeiros a ensinar o Arrebatamento pré-Tribulação e as verdades dispensacionalistas que o acompanham, na América pós Guerra Civil. O ministério dele foi caracterizado pela dedicação a uma exposição bíblica versículo por versículo das Escrituras e por uma asserção e defesa firmes da inspiração completa e infalível da Escritura Sagrada. Ele foi um pastor muito amado, que demonstrava grande integridade pessoal e espiritualidade, e que exerceu muita influência nacional tanto dentro da denominação quanto por todo o âmbito evangélico.[1].


MINISTÉRIO E INFLUÊNCIA
É inquestionável que, durante a última terça parte do Século XIX, Brookes foi o mais famoso e influente ministro presbiteriano da América. Ele começou seu ministério literário nos anos 1860 e produziu no mínimo 26 livros que foram publicados e cerca de 200 porções bíblicas. No início dos anos 1870, ele publicou Maranata, uma obra abrangente sobre escatologia que foi um dos trabalhos mais populares que ensinava o Arrebatamento pré-Tribulação. Outros livros sobre profecia incluíram: Israel and the Church [Israel e a Igreja], Bible Reading on the Second Coming [Leitura Bíblica Sobre a Segunda Vinda] e Till He Come [Até que Ele Venha], título que mais tarde foi trocado por I Am Coming [Eu Estou Chegando]. Brookes defendeu valorosamente a inspiração completa das Escrituras numa época em que as visões liberal e crítica da Bíblia estavam entrando na Igreja Presbiteriana e em outras denominações americanas. Foi quando ele escreveu God Spake All These Words [Deus Falou Todas Estas Palavras].

Em 1875, Brookes começou um periódico mensal denominado The Truth or Testimony for Christ [A Verdade ou Testemunho por Cristo], que finalmente chegou a ter uma circulação de mais de 40.000 exemplares. Ele continuou a servir como editor até a sua morte, e através dessa publicação ele estimulava os cristãos no evangelismo, e no estudo das profecias. Depois de sua morte, o periódico fundiu-se com The Watchword [Palavra de Ordem], que mais tarde ficou conhecido como The Watchword and Truth [Palavra de Ordem e Verdade].


O Instituto Bíblico Brookes, em Saint Louis, recebeu o nome em homenagem ao Dr. Brookes e é hoje denominado Brookes Bible College [Faculdade de Teologia Brookes]. Por todos os seus anos, Brookes foi um líder indiscutível e, através de seus esforços, o pré-milenismo e o dispensacionalismo foram amplamente disseminados para além das barreiras denominacionais dentro do Protestantismo conservador.


INFLUÊNCIA DA PROFECIA BÍBLICA
Brookes foi um dos mais proeminentes e fervorosos estudantes de profecia de seu tempo. Em um artigo de 1896 no The Truth chamado “Como Tornei-me Pré-Milenista”, Brookes afirmou que ele chegou à sua escatologia pré-milenista através de suas próprias leituras e estudos de Apocalipse e Daniel, depois de ter entrado para o pastorado e depois de ter negligenciado as profecias por muitos anos. Esse estudo independente, juntamente com alguma influência dos Plymouth Brethren [Irmãos de Plymouth] nos anos depois da Guerra Civil, lhe proporcionaram o pano de fundo histórico para suas convicções. Ele hospedou o líder dos British Brethren [Irmãos Britânicos], John Nelson Darby, em sua igreja em múltiplas ocasiões, mas Brookes negava ser receptor direto da escatologia dos Brethren, embora reconhecesse ter um apreço pelo entusiasmo escatológico deles. Logo em 1871, Brookes já estava publicando e ensinando visões semelhantes ao dispensacionalismo. Em 1874, seu sistema estava bem desenvolvido e foi Brookes quem apresentou C.I. Scofield, logo depois da conversão deste, aos ensinamentos do pré-milenismo dispensacionalista. Seria através de Scofield e de sua Bíblia de Estudos que Brookes teria sua influência mais duradoura.

Brookes era versado nas opções escatológicas dentro do pré-milenismo e discutia tanto contra uma teoria do Arrebatamento parcial quanto contra o pós-tribulacionismo. Ele se recusava a estabelecer datas para o Arrebatamento e se apegou a uma forte doutrina do retorno do Senhor e da iminência desse retorno:
Quão emocionante é o pensamento de que o primeiro desses sensacionais acontecimentos, a saber, a vinda de Cristo para os santos, possa ocorrer a qualquer momento.[2].

Ele era muito consciente da acusação feita por críticos mal informados de que os dispensacionalistas afirmavam haver mais de um caminho para a salvação, e refutava isto veementemente em seus escritos: [É TRISTE E DEGRADANTE QUANDO VOCÊ LER E OUVE PESSOAS AFIRMANDO ISSO CONTRA OS DISPENSACIONALISTAS HOJE AINDA. ESSA PESSOA É MÁ INTENSIONADA E NÃO DEVE TER O NOSSO RESPEITO!].

É desnecessário lembrar qualquer leitor comum das Sagradas Escrituras de que, desde os versículos de abertura de Gênesis até Malaquias, o Espírito é posto à vista na criação, providência e redenção, e que todos os que são salvos foram vivificados através de seu divino poder e graça, como o são agora.[3]

O estudioso Carl E. Sanders II escreveu em uma tese de doutorado:
James Brookes causou um tremendo impacto sobre a cena religiosa americana. Ele teve um papel crucial no desenvolvimento e divulgação do pré-milenismo dispensacionalista americano e, assim, sobre o Fundamentalismo americano. Por meio de seus escritos, sua liderança na Conferência Bíblica de Niágara e seus relacionamentos pessoais, ele afetou toda uma geração de líderes pré-milenistas. Seu impacto é difícil de ser superestimado. A despeito dessa importância, ele permanece relativamente negligenciado.[4].

Brookes tinha uma versão altamente desenvolvida da teologia dispensacionalista, a qual ele promoveu e divulgou por toda a América do Norte através de suas pregações, seus escritos e sua influência como Presidente da Conferência Bíblica de Niágara. Ele também estabeleceu um padrão para a teologia evangélica como resultado da declaração doutrinária de Niágara que escreveu. James seguiu vigorosamente a Cristo ao edificar sua teologia com base na Bíblia e na Bíblia somente. “James H. Brookes merece uma posição nobre nas memórias daqueles que hoje, como ele, buscam honrar a verdade bíblica”.[5] Brookes é um valioso pai do movimento de exposição bíblica, do pré-milenismo futurista, do dispensacionalismo, e do Arrebatamento pré-tribulacionista. É triste ver uma ênfase tão saudável em tamanho declínio em nossos dias, até mesmo entre as igrejas, denominações e associações que certa vez já prosperaram quando seguiam a liderança dele. Maranata! (Thomas Ice — Pre-Trib Perspectives)


Notas:
[1] Artigo de Timothy Demy, “James Hall Brookes” http://www.pre-trib.org/data/pdf/Demy-JamesHallBookes.pdf.
[2] James H. Brookes, Maranatha: or The Lord Cometh [Maranata: ou Vem Senhor], 10th edition (New York: Fleming H. Revell Company, 1889), p. 540.
[3] James H. Brookes, Israel and the Church: The Terms Distinguished as Found in the Word of God [Israel e a Igreja: Os Termos Distintos Como São Encontrados na Palavra de Deus] (Chicago: The Bible Institute Colportage Association, 188?), p. 38.
[4] Carl E. Sanders II, “The Premillennial Faith of James Hall Brookes” [A Fé Pré-Milenista de James H. Brookes] (PhD dissertation, Dallas Theological Seminary, 1995), p. 202.
[5] Larry Dean Pettegrew, “The Historical and Theological Contributions of the Niagara Bible Conference to American Fundamentalism” [As Contribuições Históricas e Teológicas da Conferência Bíblica de Niagara para o Fundamentalismo Americano] (ThD dissertation, Dallas Theological Seminary, 1976), p. 161.


By Thomas Ice

quarta-feira, 31 de março de 2021

Escatologia derrotista e futurismo pessimista?

 

Particularmente é difícil acreditar que estudiosos como Harold R. Eberle & Martin Trench (preteristas parciais) acusem descaradamente os que creem na doutrina do arrebatamento iminente de derrotismo, negligência, pessimismo, indiferença social e etc., afirmando que “Precisamos de uma mudança que conduza a Igreja de uma mentalidade de arrebatamento a uma teologia de colheita”. Tal crítica é por demais infundada. Por que devemos mudar a mentalidade de arrebatamento? Ela não é bíblica? Claro que é! É difícil acreditar nas palavras encontrada no livro: “Os cristãos que estão focados na colheita não têm realmente muito tempo para se preocupar com o arrebatamento. Seu objetivo é levar tantas pessoas quanto possível para o Reino nessa preparação para as bodas [olá, não existe bodas sem arrebatamento da igreja!]. Uma escatologia vitoriosa deixará a mentalidade de arrebatamento para trás e colocará a obra da colheita diante de você”[1]. Como assim? Não devo me preocupara com o arrebatamento da Igreja? Os autores tentam nos fazer acreditar que a “mentalidade de colheita” é incompatível com a “mentalidade de arrebatamento”! Isso é ridículo! Por exemplo, hoje o Movimento Pentecostal, mentalidade de arrebatamento pré-tribulacional, é a maior força missionária, principalmente no Sul Global. É fundamental sobre a nossa crença de um arrebatamento a qualquer momento que façamos missões hoje no poder do Espírito Santo, pois não sabemos a que horas virá o Senhor! É fundamental à crença na doutrina do arrebatamento da igreja que “vivamos no presente século, sensata, justa e piedosamente, enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo” (Tito 2.12, ARA e 13, NVI).

Com os autores eu afirmo altissonante que nós que acreditamos num arrebatamento a qualquer momento não somos uma “Igreja fracassada, que foge pela porta dos fundos enquanto o diabo entra com violência pela porta da frente”[2]. Pelo contrário, os pentecostais invadem até mesmo as periferias e os mais distantes lugares para destronar Satanás, expulsar demônios, impor as mãos sobre os enfermos e até a falar novas línguas em nome de Jesus Cristo!

A visão destes dois preteristas parciais sobre o dispensacionalismo pré-tribulacional é absurdamente incorreta, falsa e criadora de um espalho para eles mesmos esbofetear. Ridícula exposição destes dois teólogos!

Se eles analisassem o impacto do Movimento Pentecostal – cuja o pivô evangelístico e avivalista advém da crença na Vinda do Senhor pré-tribulacional –  nas vidas e na sociedade como um todo teriam uma abordagem diferente ou honesta e mais respeitosa. Eles deveriam entender a visão de vitória dos pentecostais, o vitorioso Cristo venceu e é poderoso para salvar. Os pentecostais creem que Jesus continua o mesmo ontem, hoje e eternamente, e por isso pregam que Ele continua curando e libertando as pessoas. Quantas vidas e famílias inteiras não foram salvas e ressocializadas? As igrejas pentecostais pré-tribulacionistas estão bem presentes nas periferias mais do que outras (poderia traçar uma dura crítica aqui a outras denominações, mas não o farei!). As pregações autenticamente pentecostais trazem impacto no ser humano demandando aos que creem uma vigilante santificação, bem como uma viva esperança no arrebatamento da Igreja. Isso não tem nada de derrotismo e pessimismo, pelo contrário, a escatologia pentecostal é triunfante, pois o Cristo glorificado continua fazendo milagres poderosos pelo Espírito Santo na Igreja e através dela no campo evangelístico e missional.

Acusar os pré-tribulacionistas e, consequentemente pentecostais que creem no arrebatamento da Igreja a qualquer momento de “escapismo” e “derrotismo” é ser bastante ignorante do impacto eclesial, santificante, missional e social que estas verdades causaram, estão causando e podem causar, mormente quando os pentecostais começarem a rejeitar ensinos alienígenas ao seu curriculum histórico e, concomitantemente a retomar no poder do Espírito os cinco pilares do querigma (pregação) e da disdakalia (ensino) pentecostal.

É claro que nós pentecostais também acreditamos que “a Igreja se levantará em vitória e poder antes da volta de Jesus Cristo”[3]. Isso tem sido verdade no Movimento Pentecostal, apesar dos seus devaneios!

Nossa escatologia também é vitoriosa, pois cremos que Cristo virá pessoalmente para implantar o Seu Reino com poder e glória. Cristo, não a Sua Igreja, diferentemente da crença dos autores, é quem irá estabelecer o Reino de Deus aqui na Terra (cf. Daniel 2.34,35,44,45; João 18.36; 2Timóteo 4.1; Apocalipse 2.26—28; 19.11–20.9). Nenhum cristão edifica o Reino de Deus, e nem a igreja implanta o Reino de Deus. É o Cristo que o faz! Posso dizer que uma “escatologia vitoriosa” é cristológica e não eclesiológica. Noutras palavras, a vitória escatológica da igreja encontra-se e resulta da cristologia, do Cristo vitorioso (Apocalipse 3.21). E, como pentecostal, creio e ensino que a vitória cristológica é evidenciada pneumaticamente na igreja. O Espírito de Deus sempre conduz a Igreja no cortejo triunfal de Cristo (2Coríntios 2.14).

Cristo é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores (19.16). A igreja é mais do que vencedora por meio daquele que a amou! (Romanos 8.37). Temos uma escatologia vitoriosa não porque a igreja irá implantar o Reino, ou rejeitar a “mentalidade de arrebatamento”, mas porque Cristo já venceu na cruz, foi assunto aos céus, está a destra do Pai, derramou o Espírito Santo e voltará outra vez pessoalmente para estabelecer o Seu reino aqui na terra, e, juntamente com Sua eleita, a igreja, Ele regerá as nações como o Rei dos reis e Senhor dos senhores com vara de ferro (Daniel 7.13,14,18,22,27; Apocalipse 2.26-28; 12.5; 19.15; 20.4). Isso é escatologia vitoriosa!

Como pentecostal subscrevo uma escatologia vitoriosa como cristológica em sua natureza (morte e ressurreição de Cristo), pneumática em sua realização (revestimento de poder missional) e eclesial em sua instrumentalidade (a igreja como instrumento do Espírito na implantação do Reino de Deus).

Nós pentecostais não adotamos uma escatologia derrotista, uma “mentalidade de arrebatamento” sem missões ou mesmo uma “visão pessimista do futuro” como afirmam os autores Eberle & Trench sobre aqueles que adotam a doutrina do arrebatamento da Igreja. Nós não negamos, juntamente com Paulo, que “os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados” (2Timóteo 3.13), e que nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis (3.1), e que ainda os homens serão mais “amigos dos prazeres que amigos de Deus” (v.4), e, afirmamos que nos últimos dias as pessoas “não suportarão a são doutrina” (4.3), todavia, nós também cremos que Deus nos últimos continua derramando o Seu Espírito sobre os Seus filhos e filhas para exercerem um ministério carismático e de poder testemunhal do Cristo que virá (Atos 2.17,18). Isso, senhores, não é escatologia pessimista e derrotista, mas realista, esperançosa e pneumática!

Assim é uma escatologia de um pentecostal pneumático!



[1] EBERLE, Harold R. & TRENCH, Martin. Escatologia Vitoriosa: Uma Visão Preterista Parcial, p.12. Brasília, DF, Brasil: Editora Chara, 2014.

[2] EBERLE, Harold R. & TRENCH, Martin. Escatologia Vitoriosa: Uma Visão Preterista Parcial, p.12. Brasília, DF, Brasil: Editora Chara, 2014. Essa frase vem de Cal Pierce no Prefácio, mas claramente reflete a ideia dos autores.

[3] EBERLE, Harold R. & TRENCH, Martin. Escatologia Vitoriosa: Uma Visão Preterista Parcial, p.11. Brasília, DF, Brasil: Editora Chara, 2014.