terça-feira, 25 de julho de 2017

AINDA SOU DAQUELA ÉPOCA!

Sou Daquela Época!

Ainda sou daquela época em que chamava os que ministravam a Palavra de Deus de PREGADOR.
Lembro que sorrateiramente que a designação "pregador" foi sendo substituída por PRELETOR (ou PRELEITOR) que nem era dicionarizada (a palavra, na época, seria PRELECIONADOR). Ainda um pouco antes, nos anos 90, quando a psicologia pop adentrou em nossos arraiais denominacionais por meio da “cura interior”, outra palavra era usada: PALESTRANTES. Depois disso no início dos anos 2000 foi acrescentada a palavra MOTIVACIONAL. Com o palanque preparado, pela psicologização da fé, surgiram os PALESTRANTES MOTIVACIONAIS. Não eram mais pregadores, mas palestrantes. Não eram mais pregadores que bradavam o arrependimento dos pecados e a fé em Deus. Mas, palestrantes MOTIVACIONAIS que incentivavam as pessoas a descobrir seu potencial. Disso veio a autoajuda e os cultos de “campanhas”.
Agora aparece outra palavra “coach”, não mais pregador, mas um “coach”, são os treinadores de executivos cristãos. Com um sorriso falseado no rosto eles treinam vencedores espirituais. Sim, você consegue! Você é o cara! Nos congressos coaching, nós presenciamos pessoas em lágrimas e elevadas pelas emoções. Vemos pecadores caídos emocionados com seu potencial interior! E por aí!!!

EM MEIO A ESSA CONFUSÃO, EU SOU PREGADOR!
O pregador é aquele que expõe a Palavra. Ele diz o que o texto diz. Ele procura entender o que o texto diz e depois expõe o significado do texto, aplicando suas verdades eternas à igreja atual.
Um pregador é alguém que se dedica completamente, esmera-se nisso, a compreender o texto sagrado e ser instrumento de Deus para transmitir a Sua Palavra. Nada mais do que isso!
Pregar a Palavra é pregar o que a Palavra diz e não o que eu quero que ela diga.
Pregar a Palavra é entender o significado do texto, não expor minha opinião ou o que acho sobre o texto.
O ministério da pregação é a obra mais elevada e necessária hoje!
Martyn Lloyd-Jones escreveu:
Para mim, a obra da pregação é a mais elevada, a maior e a mais gloriosa vocação para a qual alguém pode ser convocado. Se alguém quiser saber doutra razão em acréscimo, então eu diria, sem qualquer hesitação, que a mais urgente necessidade da igreja cristã da atualidade é a pregação autêntica; e, posto ser a maior e mais urgente necessidade da Igreja, é óbvio que também é a maior necessidade do mundo[1].

A necessidade urgente da pregação e ensino da Palavra de Deus surge por ela ser dada por Deus para início, crescimento e maturidade de nossa vida e do ministério. Lemos em 2ª Timóteo 3.16-17: “Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”.


O nosso chamado é para pregar, fomos separados para sermos pregadores e Deus salva os pecadores pela loucura da pregação!

Ah, sim, ainda sou daquela época!

Ivan Teixeira
Minister Verbi Divini




[1] Pregação e Pregadores, pg.7 (São José dos Campos, SP, Brasil: Editora Fiel, 4a Edição: 1998).

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