Filhos das trevas!
As Escrituras
claramente revelam duas coisas em relação as trevas tanto nos incrédulos quanto
nos crentes.
Descrestes
como filhos das trevas?
Em Mateus
4.16, lemos que o pecador não arrependido “jazia em trevas”.
Os incrédulos
estão nas trevas, mergulhados nas trevas mentais, morais e espirituais devido
ao pecado e à incredulidade (cf. Jo 1.5; 3.19; 8.12; 1Co 4.6; Ef 4.17-18;
5.8,11).
Em Mateus
6.23, nosso Senhor nos alerta ao afirmar que “se, porém, os teus olhos
forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti
há sejam trevas, que grande trevas serão!”.
Aqui, a
analogia é simples: Se o seu olho for mau, nenhuma luz poderá entrar e você
será deixado nas trevas por causa dessa enfermidade. Portanto, qualquer forma
de religião tal como a expressada pelas “poderosas gospel” é superficial,
terrena e mundana deixando as mentes em obscuridade e os corações em trevas
(insensíveis).
Nosso Senhor
disse para Paulo que os incrédulos estão em trevas e estão sob a potestade de
Satanás. Mas, Paulo, por intermédio do santo evangelho foi enviado por Cristo
“para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da
potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e
herança entre os que santificados pela fé em Mim” (At 26.18).
Crentes
amando as trevas?
É lamentável
que as pessoas, mesmo as que se dizem crentes, amam “mais as trevas do que a
luz; porque as suas obras eram más” (Jo 3.19). As obras que praticam, contrária
as Escrituras, revelam seu amor pelas trevas do mundo! Não se submetem a
simplicidade da liturgia delineada nas Escrituras, pois almejam fazer
apresentações mirabolantes, carnais e mundanas mostrando quão grande é o amor
pelas coisas das trevas deste mundo tenebroso.
O problemas das
trevas no meio evangélico popular não é a falta de luz (cf. Sl 119.105), mas a
falta de um coração disposto para se submeter as Escrituras como ÚNICA norma de
FÉ e PRÁTICA. As pessoas inventam e imitam de tudo para tornar a liturgia mais
atrativas aos sanguessedentos por divertimentos. Trevas (cegueira) pura!
Crentes
andando nas trevas?
Nosso Senhor
nos alertou: “[...] Ainda por um pouco a luz está convosco. Andai enquanto
tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; e, quem anda nas trevas não
sabe para onde vai” (Jo 12.35).
Por que vamos
rejeitar a luz do evangelho para andar nas trevas deste mundo? As pessoas que
“andam nas trevas”, seguindo o que a sociedade aprova e aplaude, “não sabe para
onde vai”. Quantos cristãos não estão em trevas, visto que rejeitam as
Escrituras e sucumbem à sabedoria mundana?
O apóstolo do
amor, João, nos alerta: “Se dissermos que mantemos comunhão com Ele e
andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade” (1Jo 1.7).
A questão é que
as pessoas não suportam o ensino direto das Escrituras e ficam “sentidas”
quando são expostas à luz da Palavra de Deus.
E quando me refiro
aos irmãos como “amados”, o faço tal como o faria ao me reportar a um
prostituto, ladrão, avarento! Amando os filhos das trevas, todavia reprovando
suas práticas! “Filhos das trevas” implica que quando as pessoas se rendem ao
poder do mal, tornam-se em homens ou mulheres cujo modo de vida é contrário ao
Deus vivo. De maneira que mui apropriadamente são chamados filhos das trevas ou
filhos da desobediência (Ef 2.2; 5.8).
A Bíblia
descreve que os descrentes e até alguns crentes que rejeitam o claro
ensinamento das Escrituras estão em trevas e se tornam filhos das trevas se
permanecerem no erro. Por causa disso a Bíblia usa a luz para retratar a
salvação e libertação (cf. At 26.23; 13.47; Mt 4.16 para citar alguns).
Crentes como
sócio das trevas?
Falando para os
crentes em Éfeso Paulo escreveu: “E não sejais cúmplices nas obras
infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (Ef 5.11). Aqui, Paulo,
claramente alerta aos crentes a não se associarem às obras das trevas; pelo
contrário, condenai-as! Na paráfrase de Eugene Peterson lemos: “Não
desperdicem tempo em trabalho inútil, que para nada serve. É caminhar na escuridão.
Ao contrário, denunciem a baixeza dessas coisas”.
Se associando
as práticas das trevas nos tornamos “filhos das trevas”. Coisa que não devemos
APOIAR, mas DENUNCIAR, CONDENAR e REPROVAR!
A
responsabilidade do cristão não termina com a sua própria rejeição do mal. Ele
também é responsável por expor as trevas e opor-se a elas onde quer que sejam
encontradas, especialmente quando é encontrada na igreja. Se as aprovamos,
estamos sendo “sócio das trevas”.
Não mais do Império
das trevas!
É por meio da pregação do santo evangelho que
“Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o Reino do Filho
do Seu amor” (Cl 1.13).
Se já fomos
libertos pelo Senhor Jesus do “império das trevas”, porque ainda vamos ceder
aos princípios deste reino de escuridão?
Como disse Pedro:
Portanto, se,
depois de terem escapado das contaminações do mundo mediante o conhecimento
[LUZ] do Senhor e Salvador Jesus Cristo se deixam enredar de novo e são
vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o primeiro.
Pois, melhor
lhes fora nunca tivessem conhecido o caminho da justiça, do que, após
conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se do santo mandamento que lhes fora
dado.
Com eles
aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio
vômito; e: a porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal (2Pe 2.20-22).
Poder das
trevas
Nosso Senhor disse
aos religiosos que não quiseram Lhe ouvir: “Diariamente, estando Eu convosco no
templo, não pusestes as mãos sobre Mim. Esta, porém, é a vossa hora e o poder
das trevas” (Lc 22.53). Ele queriam matar Jesus porque não suportavam os
ensinamentos de Jesus, por isso, nosso Senhor disse que eles eram “filhos do
Diabo”, pois praticam as obras dele (cf. Jo 8.44).
Poderia expor
mais exemplos das Escrituras que nos mostram como nos tornamos filhos das
trevas, filhos da desobediência, filhos da ira e etc., quando deixamos de
seguir os retos caminhos do Senhor!
IVAN TEIXEIRA
Minister Verbi Divini