quarta-feira, 28 de março de 2018

A GERAÇÃO DOS SUBSTITUTOS FÚTEIS!


PARTICULARMENTE ESTOU PRESENCIANDO A GERAÇÃO:

Lemos a seguinte observação no livro de Jeremias 2.13: “O meu povo cometeu dois crimes: Eles me abandonaram, a mim, a própria Fonte de Água Viva; e tentaram cavar as suas próprias cisternas, poços rachados que não conseguem reter a água" (KJA).

Que substituiu as cruzadas por shows!
Que substituiu os cultos de oração por campanhas mirabolantes!
Que substituiu culto de ensino pelos cultos de milagres!
Que substituiu as vigílias de louvor, oração e pregação por pandeiros, címbalos e danças!
Que substituiu o evangelismo por marchas pra Jesus!
Que substituiu a teologia pelas dicas dos psicoterapeutas-humanistas!
Que substituiu a santidade pelo fashion!
Que substituiu a busca dos dons espirituais pelos realities shows de talentos!
Que substituiu o jejum pelos cafés matutinhos!
Que substituiu o aconselhamento pastoral pelas dicas de autoajuda!
Que substituiu a feminilidade pelo feminismo!
Que substituiu a masculinidade pela dondoquice e a baitolagem!
Que substituiu a boa exegese (o que o texto diz!) pelas opiniões pessoais (acho que o texto diz isso! Para mim o texto diz assim!)!
Que substituiu a fome por Deus pela fome por livros!
Que substituiu as gincanas e os jograis pelas danças e coreografias de anjos e anjas!
Que substituiu a pregação pelas palestras motivacionais!
Que substituiu a teologia da cruz pelas teologias da prosperidade, da autoajuda e agora pela teologia Coaching!
Poderia acrescentar muito mais!
Como servo de Deus e chamado para ser pregador e pastor tenho orado: “Converte-nos a Ti, SENHOR, e seremos convertidos; renova os nossos dias como dantes. Por que nos rejeitarias totalmente? Por que te enfurecerias sobremaneira contra nós outros?” (Lm 5.21-22).

JESUS E A CORRUPÇÃO DO TEMPLO


Jesus falou sobre a corrupção do Templo: “vós, porém, a transformais em covil de salteadores”.
A condenação é para os adoradores que vivem em pecado fora do templo e então entram na casa de Deus para “se esconder” de seus pecados. E também para os líderes que estão transformando a Casa de Deus em uma feira mercantilista.
A Casa de Deus não deve se tornar um covil de pecadores obstinados, mas um confessionário para pecadores arrependidos! Uma coisa é certa, quando deixamos de pregar o evangelho nossas congregações locais se tornam covis de pecadores obstinados que são entretidos pelas campanhas mirabolantes.
Essa Casa não deve se tornar num galpão de comércio, numa plataforma política, em um picadeiro de entretenimento, numa casa de show e muito menos numa passarela de desfiles de selfies.
O Templo que foi constituído como Casa de oração foi transformada num “covil de salteadores”. É claro que essa transformação é paulatina. Concessões vão sendo feitas e épocas depois a corrupção se instala.
Como pastores e cristãos nós devemos ter cuidado com as transigências e concessões. Tenho dito que um pequeno desvio hoje da moral, posteriormente se torna um grande abismo da imoralidade. Um pequeno desviou hoje da doutrina, pode se tornar numa grande heresia amanhã. Uma pequena transigência hoje na litúrgica, amanhã se transforma numa concessão para shows e espetáculos mundanos.
Cuidado, a casa não é nossa é d’Ele! Não é para nossos entretenimentos e nossas apresentações, mas, sim, foi separada para ouvir Sua voz (pregação e ensino da Bíblia) e contemplar Sua beleza (por meio de cânticos e adoração) (Sl 27.4).

VOCÊ É PASTOR, NÃO FALE DE POLÍTICA!



Já me falaram isso algumas vezes. Há pessoas que querem delinear o campo de ação de um pastor. No entanto, como sou um homem de convicções inegociáveis e creio piedosamente que a Bíblia é a Palavra de Deus, não posso me calar diante do cenário de corrupção e decadência de minha amada nação brasileira.
Acredito que os pastores têm a responsabilidade de ensinar sobre questões políticas. Sim, nós pastores precisamos elencar uma cosmovisão bíblica para orientar o povo de Deus sobre determinados partidos e políticos cujo viés ideológico é anti-bíblico. Não devemos nos calar quando vemos pessoas sendo arrastadas por ideias e ensinos reprovados por Deus. Nosso campo de ação não é apenas soteriológico, mas social também. Nossa teologia elenca um Deus soberano sobre os governos existentes. Sabemos que nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas sim contra os poderes das trevas que atuam nos filhos da desobediência. E é exatamente neste ponto, por meio de nossa obediência e firme luta pelos princípios morais e espirituais, que nós devemos nos posicionam neste cenário político atual.
Crendo que Deus chama certas pessoas para diferentes tarefas na obra geral, inclusive para a política, nós pastores devemos incentivar e orientar certas pessoas a se envolverem profundamente com o processo político, talvez a ponto de se candidatarem a um cargo para assim defender os valores basilares da moral judaico-cristão. Não me refiro a tornar um cargo civil numa plataforma da religião, pois o governo é laico, mas, sim, por meio de uma vida íntegra erguer projetos que firme e expanda valores construtivos para o bem-estar da sociedade.
Creio também que os pastores têm a responsabilidade específica de pregar e ensinar com base na Bíblia a respeito de pelo menos algumas questões que afetam as leis, o governo e a política. Afinal, esses assuntos fazem parte do ensino da Palavra de Deus. E é claro, uma sociedade estará de pé ou caída pelos valores que ela abraça. Não há sociedade neutra, pois somos produtos de nossas reais crenças.
Certos políticos, partidos e até alas do governo e da política que esposam ideias anti-bíblicas e anti-Deus (certo presidente disse que é impossível governar sem Deus e a Bíblia), apoiando abortos, a doutrinação de criancinhas, a normatização do comportamento homossexual, artes imorais, corrupção (conquanto que dê o pão tudo bem!) e apoio a certos movimentos sociais que mais dividem a população do que a une, devem ser repudiadas e reprovadas pelos pastores. Tais como os profetas do Antigo Testamento, nós devemos nos posicionar sobre as nações que massacram os indefesos e apoiam os bandidos.
Nós pastores temos a responsabilidade bíblica, ética e cível de orientar o povo de Deus para votar consciente para termos um governo mais sensato, voltado para a base da sociedade (família), que não advoga em causa própria, mas sim em favor da nação.
Pastores, pregadores e teólogos que sucumbem às ideologias de esquerda é um desserviço ao Reino de Deus e a sociedade brasileira!

Unamo-nos por um Brasil melhor!

Ivan Teixeira
Minha Consciência é Escrava da Palavra!

terça-feira, 27 de março de 2018

CIVIL OBEDIENCE - R.C. Sproul


Obeying authority is hard. We bristle anytime we hear someone say: “You must do this. You ought to do that.” We want to be able to say: “Don’t tell me what to do. I want to do what I want to do.” We want people to empower and entitle us. We hate receiving mandates. That’s our nature.
In light of this, I like to talk about a Christian worldview and how it differs from a pagan worldview. One way to differentiate the two would be to consider each worldview’s understanding of responsibility toward authority. If I were not a Christian, I certainly wouldn’t embrace submission to authority. But being a Christian makes me hesitate before I live in active disobedience to those whom God has put in authority over me.
To understand why, we must look at the New Testament’s explanation of the origin and function of government under God. This issue is clearly dealt with by the Apostle Paul in the thirteenth chapter of his epistle to the Romans.
Romans 13 begins: “Let every person be subject to the governing authorities. For there is no authority except from God, and those that exist have been instituted by God. Therefore whoever resists the authorities resists what God has appointed, and those who resist will incur judgment” (vv. 1–2). Paul begins this study of the government with an Apostolic command for everyone to submit to governing authorities. This lays a framework for Christian civil disobedience.
Paul’s teaching in Romans 13:1–2 is not an isolated instance in the New Testament. Paul is simply reiterating here what he teaches elsewhere, what is also taught by Peter in his epistles—and by our Lord Himself—that there is a fundamental obligation of the Christian to be a model of civil obedience. We as the people of God are called upon to be as obedient as we possibly can in good conscience to the powers that be. Remember that Paul is writing this to people who are under the oppression of the Roman government. He’s telling people to be submissive to a government that would eventually execute him. But he doesn’t do so in a blind sense that precludes any possibility of civil disobedience.
For now, I want us to see that Paul is setting the stage in Romans 13 for explaining why the Christian is supposed to be particularly scrupulous and sensitive in civil obedience. Paul begins to set forth his case by saying, “Let every person be subject to the governing authorities.” Why? “For there is no authority except from God.” Peter puts it another way. He tells us to submit ourselves to the earthly authorities for the Lord’s sake (1 Peter 2:13). That means that if I show no respect to a person whom God has set in authority between Himself and me, my disrespect carries beyond that person and ultimately lands on God as the giver of the authority.
The biblical concept of authority is hierarchical. At the top of the hierarchy is God. All authority rests ultimately in God, and there is no authority invested in any institution or in any person except through the delegation of that authority from God. Any authority that I have in any area of my life is a derived, appointed, and delegated authority. It is not intrinsic but extrinsic. It is given ultimately by the One who has inherent authority.
Within this hierarchy structure, God the Father gives all authority on heaven and earth to Christ, His Son (Matt. 28:18). God has enthroned Christ as the King of kings. So if Christ is the prime minister of the universe, it means that all the kings of this world have a King who reigns over them and that all the earthly lords have a superior Lord to whom they are accountable. We know that there are vast multitudes of people in this world who do not recognize Christ as their King, and because His kingdom is invisible right now, they say, “Where is this king? I don’t see any reigning king.” In light of this, the task of the church is of cosmic political proportions.
In Acts 1:8, Jesus gave a mandate to His disciples: “And you will be my witnesses in Jerusalem and in all Judea and Samaria, and to the end of the earth” (Acts 1:8). They were to be witnesses, but witnesses to what? The immediate context of this verse is a discussion about the kingdom. Jesus was going to heaven, but He said, “In my absence you are to bear witness to the transcendent, supernatural truth of my ascension.” That’s why our first loyalty as Christians must be to our heavenly King. We are called to respect, honor, pray for, and be in subjection to our earthly authorities, but the minute we exalt the earthly authority over the authority of Christ, we have betrayed Him, and we have committed treason against the King of kings. His authority is higher than the authority of the president of the United States or Congress or the king of Spain or any ruler anywhere else.
If you don’t like the president of the United States, remember that the One who cast the deciding ballot in his election was almighty God. Of course, God doesn’t sanction or endorse everything that the president does; neither is it the case that God turns the authority over to the president and says, “Go ahead and rule these people however you want.” Every king is subject to the laws of God and will be judged accordingly. It may be that the president is completely ungodly, but for reasons known to God alone, God has placed him in that seat of authority.
This obviously raises the question of whether it is ever lawful to rebel against the appointed government. We will consider this question more in chapter six, but for now we should note that we ought to be wary of engaging in unlawful civil disobedience without just cause. Our fallen world is beset by evil, seen especially in lawlessness. The archenemy of the Christian faith is described as the “man of lawlessness” (2 Thess. 2:3). It was lawlessness—the sin of Adam and Eve—that plunged the world into ruin in the first place. They would not submit to the rule and reign of God. This is why I say that sin is a political matter—not in the sense of modern politics, but in the sense that God is the ultimate governor of our lives. Every time I sin, I participate in the revolt against God’s perfect rule.
Paul continues in Romans 13, “Therefore whoever resists the authorities resists what God has appointed, and those who resist will incur judgment” (v. 2). Paul is obviously talking about unlawful resistance against the powers that be. In the Old Testament account of the struggle between Saul and David, we see David as a man who didn’t want to unlawfully resist God’s authority structures. He had many opportunities to kill Saul, but he refused to lift his hand against him. As evil as Saul was, David knew that he was God’s anointed king.
When I was in seminary, I had professors who radically denied the central truths of Christianity, things such as the atonement, the deity of Christ, and the resurrection of Jesus. They had no proper basis for being professors in a theological seminary, and I held them in disdain spiritually. But I believed it was my absolute duty in that classroom to treat them with respect. As derelict as they were, they were in the position of authority and I wasn’t. That didn’t mean I was supposed to believe everything they thought or slavishly accept their teaching, but from God’s perspective I owed them my respect.
It is important to note that Peter and Paul do not speak of the authorities to be obeyed as necessarily being godly authorities. But they do say that God has appointed them. God raises governments up and God brings them down. The Old Testament is filled with incidents (such as that recorded in the book of Habakkuk) in which people are rebellious against God, and God punishes them by giving them wicked rulers that cause them to struggle in oppression and pain until they repent.
God as the supreme authority delegates authority for the rule of this world to His Son, Jesus Christ. Then, under Christ we have kings, parents, schoolteachers, and everyone else in authority. Thus, if I am disobedient to any authority that God has put in place, I am disobedient to Him. That’s what Peter means when he says, “Be subject for the Lord’s sake to every human institution” (1 Peter 2:13). We are obedient to human institutions as a means of bearing witness to the ultimate seat of cosmic authority.

What Is The Relationship Between Church and State?
by R. C. Sproul



segunda-feira, 26 de março de 2018

ABATIDOS MAS NÃO DESTRUÍDOS!


Sem sombra de dúvida já nos sentimos para baixo em alguns momentos de nossa trajetória, os puritanos chamavam esses momentos de "A noite escura da alma", isso acontece quando somos levados à prostração pelo desânimo, quando parece que o céu esta de bronze, e o terreno onde pisamos está movediço. Esses momentos são terríveis na experiência de qualquer homem ou mulher! É algo inexplicável e singular na vida das pessoas. Cada um enfrenta dimensões e aspectos que lhe é peculiar!
É comum nesses momentos nos vitimizar e achar que somos os únicos que enfrentamos tais aflições, todavia um breve olhar pelo retrovisor perceberá que grandes e profundas batalhas foram enfrentadas por nossos irmãos.
O apóstolo Pedro nos lembra de que não somos os únicos a passar por estes momentos. Ele escreveu em 1ª Pedro 4.12: “Amados, não estranheis o FOGO ARDENTE que surge no meio de vós, destinado a provar-nos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo”. A vida e o ministério cristão no aspecto ordinário são marcados pelo FOGO ARDENTE que se levanta no meio de nós para nos provar.
Paulo certamente pode ser lembrado, como alguém que enfrentou batalhas, como disse, além de suas forças (2Co 1.8), sua trajetória foi marcada por perseguições, "entre, falsos irmãos" batalhas internas, externas (2Co 11,23-28).
As afirmativas de Paulo, aqui demonstrando seus dissabores, apenas afirmam que a caminhada da fé cristã não é um convite a um parque de diversão, mas a uma arena de luta; não é um passeio a cristolândia da fé, mas é ser lançado na cova dos leões. No texto de 2ª Coríntios 4.8-9, Paulo utiliza-se de quatro afirmativas: atribulado, perplexo, perseguido, abatido. Ele, Paulo foi "perseguido" que no grego traduz a ideia de alguém que esta sendo caçado como um animal; "abatido" um pugilista como Paulo foi nocauteado muitas vezes, nesse grande ringue da vida, ouviu o juiz iniciar a contagem, mas jamais até dez. Nós podemos ate ser nocauteados, mas jamais estamos fora de combate. Ele sempre foi “atribulado”, mas não se deixou abater até ficar deprimido a ponto de tirar a própria vida. Ele até ficou “perplexo”, ou seja, “sem saber o que fazer”, mas Paulo sabia que Deus estava no controle de todas as coisas, inclusive de sua vida e ministério.
Não desista! Você pode ser abatido, mas Deus não permitirá que você seja destruído!
A História mostra alguns homens que foram abatidos, mas não destruídos.
Lutero dizia "eu sou contra a igreja, a favor da igreja". Ele foi duramente perseguido por seus pares, mas capitaneou a maior reforma da historia.
Calvino foi expulso da igreja onde pastoreava, e, anos depois, foi convidado pela mesma igreja para pastorear de novo, e quando assumiu o púlpito continuou a mensagem de onde havia parado.
George Whitefield dedicou-se por mais de 30 anos com a pregação Bíblica, eficaz, morreu em plena atividade, e como dizia ele, prefiro esgotar-se a enferrujar.
John MacArthur, uma das maiores referencias atuais, diz, eu quero morrer com as botas nos pés.
Impossível é envolver-se com a obra de Deus, sem ser ferido, mas assim como Paulo, que Deus nos dê graça, para seguir sem desanimar.
Ivan Teixeira
Soli Deo Gloria

O DIA DA MORTE DE JESUS


Jesus Morreu Numa Quarta-Feira ou Numa Sexta-Feira?


Meu objetivo aqui é trazer alguns esclarecimentos sobre o dia da crucificação e morte do Senhor Jesus. Já que estamos na conhecida Semana da Paixão ou Semana Santa, vale a pena estudarmos as Escrituras sobre esta última semana da vida e ministério terrenos do Senhor Jesus.
No entanto, meu ponto é elucidar a questão se Jesus morreu na quarta-feira ou na sexta-feira conforme a tradição milenar do Cristianismo aponta.
Tomando o texto de Mateus 12.40, começaremos nossa exposição. O texto diz: “Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra”.
Ainda bem novo na caminha cristã (nos anos 90) deparei-me com uma argumentação que dizia que Jesus não morreu na sexta-feira, mas possivelmente numa quarta ou quinta-feira, visto que na NOSSA forma de contar para ele passar três dias e três noites, conforme Mateus 12.40, Ele deveria ter morrido ou na quarta-feira ou na quinta-feira para então ressuscitar no domingo.
No entanto, tal assertiva negligencia um dos princípios da exegese e hermenêutica importantes para compreenderem-se os textos sagrados: Nós devemos tomar as palavras no seu sentido usual e comum da época e, não cometer o erro do “anacronismo semântico”, ou seja, dá a uma palavra ou a uma expressão um significado que ela não tinha na época. Em suma, devemos entender o texto em seus contextos (imediato, parágrafo, livro, cultural, histórico e etc.,).
Quando Jesus falou que ressuscitaria após três dias e três noites não estava usando o método moderno de referir-se ao tempo.

Em nossos dias “três dias e três noites” seriam 72 horas. Com base nisto, alguns tem suposto que Jesus morreu na quarta feira à tarde e ressuscitou no sábado à noite. Mas Jesus estava usando o método judeu de contagem do tempo. Os judeus utilizavam o método inclusivo de contagem do tempo. Uma parte de um dia era contada como um dia.
Por exemplo:
Se um rei começasse a reinar no mês de novembro, e morresse no mês de março do ano seguinte, para os judeus, ele teria reinado dois anos. [Nos tempos modernos seriam apenas cinco meses]. Veja alguns exemplos bíblicos acerca deste método de contagem do tempo:
1º) 1 Samuel 30:12 e 13 declara “[...] pois havia três dias e três noites que não comia pão nem bebia água”. “Então, lhe perguntou Davi: De quem és tu, e de onde vens? Respondeu o moço egípcio: Sou servo de um amalequita e meu senhor me deixou aqui, porque adoeci há três dias”. Note bem as expressões diferentes para o mesmo período de tempo.

2º) Outro exemplo concludente se encontra em Ester 4:16 e 5:1: “[…] e jejuai por mim e não comais nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia [… ] Ao terceiro dia Éster se aprontou […].”.  É claro que o período de três dias não havia chegado ao fim quando ela se apresentou perante o rei, se fosse diferente, estaria: no quarto dia.

3º) As crianças em Israel eram circuncidadas ao terem 8 dias (Genesis 17:12), porém a circuncisão ocorreria no oitavo dia devido à contagem inclusiva (Levítico 12:3; Lucas 1:59).
Portanto, quando Jesus morreu na sexta-feira à tarde e ressuscitou no domingo de madrugada ele esteve morto três dias, apesar de terem sido aproximadamente 36 horas, se fossemos contar nos dias atuais. Sendo assim, é perfeitamente aceitável, para o pensamento judeu dos dias de Jesus, computar parte da sexta-feira, o sábado inteiro, e parte do domingo, como três dias e três noites.
Como disse o pastor John MacArthur “Todo tipo de planos elaborados já foram traçados para sugerir que Cristo possa ter morrido numa quarta ou quinta-feira, simplesmente para se acomodar ao significado extremamente literal [sem entender expressões idiomáticas] dessas palavras. Mas o significado original não teria exigido esse tipo de interpretação canhestra”[1].
Outro comentarista faz as seguintes observações:
Jonas passou “três dias e três noites” no ventre do peixe (Jn 1.17). Contudo, se a sequência normal da semana da Paixão está correta (Mt 26.17-30), Jesus ficou na tumba apenas cerca de trinta e seis horas. Uma vez que esse período de tempo inclui parte de três dias, Jesus, pelos cálculos judaicos, ficou enterrado “três dias” ou, para apresentar de outra maneira, Ele ressuscitou “no terceiro dia” (Mt 16.21). Mas isso não cobre mais que duas noites. Alguns defendem uma crucificação na quarta-feira (Mt 26.17), mas essa data, embora permita os “três dias e três noites”, encontra dificuldade na expressão “no terceiro dia”. No pensamento rabínico, o dia e a noite formam um õnâh, e uma parte de um õnâh é como o todo (cf. SBK, 1:649, para referências; cf. mais 1Sm 30.12,13; 2Cr 10.5,12; Et 4.16; 5.1). Assim, de acordo com a tradição judaica, “três dias e três noites” não precisam representar mais que “três dias” ou a combinação de alguma parte de três dias separados[2].

Outro conceituado exegeta explica: “há uma discrepância no fato de que Jesus estava no túmulo apenas trinta e seis horas, desde o anoitecer de sexta-feira até o amanhecer de domingo. No entanto, a contagem judaica considerou um dia parcial como um dia inteiro (cf. Gn 42: 17-18; 1 Sm 30: 12-13; Est 4:16; 5: 1), então Jesus estava na sepultura sexta-feira, sábado e domingo; e a terminologia se encaixa”[3].
O comentarista Michael J. Wilkins ainda explica:
Porque, assim como Jonas esteve “três dias e três noites” no ventre de um peixe enorme, assim o Filho do Homem estará “três dias e três noites” no coração da terra. A expressão “três dias e três noites” não é incompatível com a imagem sinótica de Jesus sendo enterrado na tarde de sexta-feira e ressuscitando no domingo de manhã. Jesus repetidamente disse que seria ressuscitado “no terceiro dia” (Mt 16:21; 17:23; 20:19). Se Ele ficasse literalmente três dias e três noites no túmulo, Ele teria sido ressuscitado no quarto dia. Mas o Antigo Testamento regularmente considerava uma parte do dia como um dia inteiro, e no pensamento rabínico, uma parte do dia era considerada um dia inteiro. “Três dias e três noites” é quase uma expressão proverbial e não significa mais do que a combinação de qualquer parte de três dias separados[4].

Ivan Teixeira
Soli Deo Gloria!




[1] MACARTHUR, John F. A Bíblia de Estudo MacArthur, p.1229. Barueri, SP, Brasil: Sociedade Bíblica do Brasil, 2010.
[2] CARSON, D. A. O Comentário de Mateus, p.351. São Paulo, SP, Brasil: Shedd Publicações, 2010.
[3] OSBORNE, G. R. (2010). Exegetical Commentary on The New Testament: Matthew (Vol. 1, p.486). Grand Rapids, MI: Zondervan.
[4] WILKINS, M. J. (2004). The NIV Application Commentary: Matthew (p.451–452). Grand Rapids, MI: Zondervan Publishing House.

O RUMO DA POLÍTICA E DA RELIGIÃO BRASILEIRA


UMA CRÍTICA TEOLÓGICA

Cada um de nós devemos entender que “ideias importam”. Pois a ideologia se torna um programa político. Quando pessoas e grupos adotam uma cosmovisão antiteísta (uma visão do mundo anti-Deus), seus programas políticos irão esfrangalhar lares, casamentos, crianças e igrejas. A moralidade judaico-cristã é pisoteada. A fidelidade conjugal é caricatura como um monstro da era patriarcal. As feministas, tanto na política quanto na religião, tripudiam a liderança masculina como se fosse obra do diabo e não um princípio bíblico.
Infelizmente, em muitas igrejas “politicamente corretas” de “paz e amor” o relativismo, o compromisso com a tolerância a todo tipo de pecado e a civilidade sem princípio têm substituído o pensamento antiético e claro das Escrituras. Líderes evangélicos loucos por poder têm-se mancomunados com as obras infrutuosas das trevas e se aliado a uma agenda política imoral e anti-Deus. E cristãos desavisados têm apoiado partidos e políticos cujo viés ideológico joga lama nos princípios da ética judaico-cristã. E muitos o fazem por um prato de lentilhas!
É lamentável que muitas igrejas, líderes religiosos e políticos, antes defensores dos grandes valores da cultura cristã ocidental, estão cambaleantes, e perigosamente feridos por uma ideologia radical de “permissividade”, do direito de escolha e da autonomia pessoal. Muitos cederam ao a velho cântico da serpente: “vocês serão deuses”. Em outras palavras, “se vocês rejeitarem a visão de Deus e imporem suas próprias, serão vocês que comandarão, serão vocês que ditarão as ordens e não um livro antigo que possui uma visão antiquada e patriarcal do mundo”. Vocês serão deuses! Essa é a sedutora proposta de Satanás em que muitos líderes religiosos e políticos têm sucumbido. Tirem Deus e Seu livro do caminho e tudo é permitido!
Há um ensino irracional e pernicioso de que tudo é relativo, tanto na política e como na religião, que flutuam nas brisas agradáveis da unidade política e religiosa.
Minhas perguntam são:
Como um cristão pode tolerar o erro ou a igreja uma ideologia que nega cada elemento da fé cristã evangélica?
Como certos cristãos apoiam políticos e partidos de esquerda que claramente surrupiam e denegrem a sociedade lançando-a num caos moral e religioso?
Como líderes evangélicos podem andar de mãos dadas com líderes políticos que são TOTALMENTE contra os princípios da fé evangélica?
Como uma liderança que deveria instruir a igreja nos retos caminhos do Senhor para a evangelização do mundo, hasteando a bandeira da ética judaico-cristã está brincando na lama relativista e promíscua da nova espiritualidade da Nova Era com líderes políticos e religiosos favoráveis ao aborto, a homossexualidade, feminilização e a desconstrução da família tradicional?
Alguém me explica!?

A “Nova” Revolução Brasileira
Muitos líderes políticos, infelizmente, aliados com alguns líderes religiosos, estão com as mãos nas alavancas do poder e querem impor um projeto para um experimento social e espiritual, prontos para introduzir uma revolução que desafia a imaginação.
Sabemos que:
A Revolução Americana quis eliminar a imposição de impostos sem representação;
A Revolução Francesa imaginava Paris sem aristocratas;
A Revolução Russa sonhava com o desaparecimento dos empregadores e da propriedade particular;
A Revolução Nazista esperava livrar o mundo das raças inferiores;
A REVOLUÇÃO BRASILIEIRA (propagada e apoiada abertamente pelo PT) promete uma sociedade SEM PATRIARQUIA e SEM MORALIDADE, isto é, sem a tradicional estrutura de família aliada com a imoralidade e a bestialidade, e, no final de tudo, sem Deus Pai (pois querem uma deusa-mãe), Criador dos céus e da terra. Conceitos tradicionais, já experimentados pela História, têm sido rejeitados. Classes de bandidos e sanguessugas dos trabalhadores (MST, CUT e CIA) são aplaudidos como os representantes da nação brasileira. Projetos de doutrinação para deformar nossas crianças são elencados, incentivados, aplaudidos e tagarelado pela turma da esquerda e Cia.
Esta Revolução penetra em cada lar e alma, redefinindo a sexualidade, a moralidade, a espiritualidade, Deus, a religião e a revelação. A nova ordem do mundo põe tudo o que conhecemos de cabeça para baixo – o bem se torna mal, a homossexualidade torna-se a expressão sexual preferida, e a família tradicional uma estrutura minoritária.
Como cristãos devemos ser fiéis a Deus e a Sua palavra. Como cidadãos devemos assumir nossas responsabilidades e lutar contra todo sofisma que se levante contra a família e os ideais éticos e morais de uma sociedade sob o bastão da verdade objetiva. Como cristãos e cidadãos que anelam uma sociedade mais justa, um governo mais sensato e uma sociedade mais educativa, segura e etc., nós devemos ativamente influenciar a política e o rumo do Brasil pela nossa vida, pelo voto, pela cidadania, pela honestidade, pelo respeito a cada cidadão (não bandidos e corruptos), pelo trabalho e acima de tudo pela oração e pela pregação da Palavra de Deus!

Em Cristo Jesus,
Pastor Ivan Teixeira
Minha consciência é escrava da Palavra de Deus!

sábado, 24 de março de 2018

MERAS VÍTIMAS DA SOCIEDADE ou PROTAGONISTAS RESPONSÁVEIS?


Direitos Humanos ou Direitos dos Bandidos?

A natureza humana não é basicamente boa!
Segundo o ensino da Bíblia Sagrada todos os seres humanos têm em seu coração propensões boas e propensões más. Por causa da Queda de Adão e Eva, todos os seres humanos têm uma propensão pecaminosa ou natureza pecaminosa (teologicamente falando) herdada do primeiro casal que desobedeceu a Deus. No entanto, cada ser humano tem uma consciência que, muitas vezes, reflete as leis morais de Deus. Paulo diz: “O que a lei exige está escrito no coração deles, tendo ainda o testemunho da sua consciência e dos seus pensamentos, que ora os acusam, ora os defendem” (Rm 2.15).
Os seres humanos por terem sidos criados à imagem e semelhança de Deus, apesar da Queda, possuem, pela “graça comum” (favor do Criador a todas as criaturas) de Deus, muitas bênçãos imerecidas nesta vida pelo Criador, inclusive a percepção de certo e errado. Logo, a conduta individual da pessoa pode ser boa ou má e, com frequência, é uma mistura de ambos. As pessoas escolhem entre as propensões boas e as propensões más de seu coração, de modo que, em última análise, o que leva alguém a fazer o bem ou mal é sua própria escolha e não outras pessoas ou mesmo a sociedade. O escritor inspirado Tiago pontou:
Quando tentado, ninguém deve dizer: Sou tentado por Deus, pois Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado quando atraído e seduzido por seu próprio desejo. Então o desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, após se consumar, gera a morte (Tg 1.13-15).

Esse princípio bíblico significa que o mal não é resultante apenas da influência da sociedade sobre a pessoa, e aqueles que praticam o mal não são apenas vítimas de influências externas. Sem dúvida, as pessoas sofrem influências nocivas e, sempre que possível, a sociedade deve procurar remover essas influências. Não obstante, praticar o mal ainda é resultado das escolhas perversas do indivíduo, de modo que ele deve ser responsabilizado pelo mal que pratica[1].
Em contraste com este ponto de vista, uma perspectiva secular tenderia a acreditar que os seres humanos são basicamente bons e, portanto, quando cometem erros, a razão primária deve ser porque algo na sociedade os prejudicou e os fez agir de maneira errada. Assim, uma parte da sociedade será responsabilizada pelos erros cometidos. Em contrapartida, o próprio malfeitor será provavelmente visto principalmente como uma “vítima”, não um criminoso. Essa diferença é responsável por muitas diferenças políticas em relação às respostas ao crime e à ameaça do terrorismo internacional.
Neste viés, o verdadeiro vilão é a sociedade, e o “herói” o malfeitor que faz tudo para sobreviver numa sociedade opressora.

Responsabilidade Humana
A implicação da seção anterior é que as pessoas devem ser responsabilizadas por suas ações, porque suas ações vêm de suas decisões de seguir tendências para o bem ou para o mal que são encontradas em seus próprios corações. Por outro lado, grande parte da sociedade secular tende a querer evitar responsabilizar as pessoas por suas ações erradas, porque elas acham que a culpa é atribuída às influências da sociedade, e não ao mal no coração humano.

Algum mal violento e irracional
A Bíblia reconhece que em algumas pessoas a tendência a fazer o mal se torna excepcionalmente forte e violenta, e nesses casos deve ser restringida pela força superior (isto é, pelo governo) a fim de proteger a sociedade de danos. É por isso que Paulo pode dizer: "Porque os governantes não são um terror para a boa conduta, mas para os maus" (Rm 13.3). Alguns exemplos desse mal violento seriam Adolf Hitler na Alemanha (que só foi parado por exércitos estrangeiros), ou terroristas, ou assassinos em série e estupradores. Esses personagens não são vítimas, mas deturpadores e violadores da ordem social e precisam ser parados. Deus instituiu o governo e as autoridades com esse propósito!
Alguns que possuem um ponto de vista puramente secular e acreditam na bondade básica de todos os corações humanos rejeitariam a ideia de que a melhor maneira de lidar com essas pessoas é o uso de força superior pelo governo. Eles ainda esperariam mudanças através de mais conversas e argumentos com as pessoas mais perversas e através da tentativa de abordar as “causas” de seu comportamento (como pobreza ou uma infância violenta ou opressão por um país mais poderoso). Mas um ponto de vista bíblico diria que em algumas pessoas o mal é tão forte que essas pessoas se tornam irracionais e violentas, e elas só podem ser detidas pela polícia ou pelo poder militar, pois elas não responderão à razão: “Mas se você errar, tenha medo, pois ele não carrega a espada em vão. Pois ele é o servo de Deus, um vingador que executa a ira de Deus sobre o malfeitor” (Rm 13.4).
A ideia de que há um mal violento e irracional em alguns seres humanos - o mal que só pode ser detido por uma autoridade mais poderosa - também tem implicações significativas para várias questões políticas, não apenas na defesa nacional, mas também na punição e dissuasão do crime e até na disciplina de crianças em uma família e nas escolas.
A conclusão é que certos indivíduos precisam ser parados por meio das forças divinamente ordenadas: O GOVERNO! Por isso, entendo que “Os Direitos Humanos” tal como visto no Brasil é um desserviço à ordem, à justiça e ao bem-estar da sociedade, visto que legisla, maiormente para os bandidos!

QUE DEUS NOS AJUDE!

IVAN TEIXEIRA
Minha Consciência é Escrava da Palavra de Deus!










[1] GRUDEM, Wayne W (2010). Politics according to the Bible: A Comprehensive Resource for Understanding Modern Political Issues in Light of Scripture (p.120–122). Grand Rapids, MI: Zondervan.

OPINIÃO DE PAULO OU PALAVRA DE DEUS?



Atualmente existem certos conceitos elaborados por “estudiosos” que numa ginástica interpretativa rejeita certas partes das Escrituras do Novo Testamento como se fossem meras opiniões dos apóstolos do Senhor.
Há também outros que fazem diferença da autoridade de certos escritos por meio da seguinte frase: “Isso aqui quem disse foi Jesus e não Paulo!”. Tais distinções de inspiração ou autoridade dos escritos não passam de mera engenhosidade daqueles que não aceitam a totalidade da inspiração, inerrância e infalibilidade das Escrituras Sagradas. Igualmente, muitos que esposam tais conceitos pretendem manipular ou rejeitar certas interjeições como se fossem não as Palavras de Jesus, mas uma mera opinião de um seguidor de Jesus. Doravante, rejeitam o ensino do apóstolo (ou apóstolos) pressupondo que seja mera opinião de um homem. No entanto, pela evidência escriturística (interna, Bíblia) e externa (documentos posteriores) entende-se que o que Paulo, Pedro e outros escritores do Novo Testamento escreveram possuem a MESMA autoridade das Palavras proferidas pelo Senhor Jesus. Os ensinos ou doutrina dos apóstolos não são meras opiniões pessoais sobre os acontecimentos da História da Redenção, mas a própria Palavra de Deus sobre estes eventos.
Digno de nota é a distorção dos textos bíblicos somado ao malabarismo hermenêutico de certas escolas teológicas. Quando a Bíblia é entendida em seus devidos contextos (imediato, parágrafo, livro, paralelo e geral) têm-se um equilíbrio e harmonia das grandes verdades ensinadas pelos profetas e apóstolos. No entanto, o desequilíbrio, a rejeição, a desvalorização e a distorção dos textos bíblicos têm levado muitos a formularem ideias absurdas a ponto de negarem a inspiração dos Escritos Sagrados. Neste caminho lançam-se Escritura contra Escritura, e autor sagrado contra autor sagrado afirmando que um escrito está acima do outro por este ou aquele ser mais próximo de Deus.

Liberalismo teológico!
Por “liberalismo teológico”, entende-se “um sistema de pensamento que nega a completa veracidade da Bíblia como a Palavra de Deus e nega a única absoluta autoridade da Bíblia em nossa vida”[1].
Seguindo esse viés muitos “estudiosos” têm negado a inerrância da Bíblia (que a Bíblia não tem erros), negado a infalibilidade da Bíblia (que ela é falha) e negado a inspiração dos textos bíblicos (ou seja, afirma-se que algumas partes é a Palavra de Deus, outras não). Em consequência, muitos pastores, pregadores e teólogos podem ensinar e abraçar o que é popular de acordo com a cultura atual em vez de proclamar a verdade da Bíblia como Palavra de Deus. Esses “estudiosos” rendem-se à pressão cultural. Nós sabemos que em cada geração há aspectos culturais que contradizem o que a Bíblia diz, e para muitos destes “estudiosos” e pregadores populares é mais fácil abandonar a autoridade da Bíblia e distorcê-la do que firmar-se na rocha eterna da Palavra de Deus. Eles preferem sapatear no lamaçal da cultura vigente a caminhar nos sólidos caminhos da verdade da Bíblia.
Alguns ensinos do liberalismo (e etc.) podem ser elencados:
1. Não há inferno;
2. Não há milagres, tudo é mito, ou seja, pensamento de uma era não científica;
3. Em consequência, nega o nascimento virginal de Cristo, Sua ressurreição e tudo que é sobrenatural. Para eles a Bíblia é apenas um dos muitos manuais da moralidade.
4. Abraça-se a “teoria da evolução” ou outra similar na comunidade científica porque isso é culturalmente popular. Ensina-se que todos “evoluíram” da matéria morta por meio da mutação randômica e não que surgiram mediante o projeto e criação direta de Deus.
5. Pressionados pela cultura vigente, muitos “teólogos”, “pregadores” e “líderes” se cansam de defender a singularidade das Palavras do Senhor Jesus em João 14.6: “Eu Sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim”. Afirma-se que “todas as religiões são caminhos diferentes para Deus”.
6. Esse caminho tem levado muitos para o “politicamente correto” e ao apoio de Partidos e políticos que negam os princípios da ética judaico-cristã. É lamentável que certos pastores, pregadores e teólogos têm abraçado esse viés, visto que é culturalmente popular.
7. O liberalismo teológico tem desencadeado, pela sua negação da veracidade bíblica, a aceitação de ideias como o feminismo evangélico, a socialização da Missão da Igreja (Teologia da libertação), a perda da identidade da liderança masculina no lar, na igreja e etc., a aprovação do aborto, do homossexualismo e outas coisas mais. A base de muitos é que não é fácil se posicionar contra a cultura. É muito mais fácil ceder.

Esses são apenas alguns pontos, pois poderíamos acrescentar outros. Porém, entendo que os leitores captaram minha preocupação e posição.
Lamento que muitas igrejas, pastores, pregadores e seminários estão escorregando em direção a liberalismo e negando descaradamente a inspiração total, veracidade, infalibilidade, autoridade e inerrância das Escrituras Sagradas. Eles colocam em movimento um processo de interpretação da Escritura que será usado cada vez mais para anular a autoridade da Bíblia em todas as áreas que ela cita. As denominações, os pregadores e teólogos começam a falar mais e mais como o mundo secular. Esse é um caminho trágico!
O grande pensador Francis Schaeffer fez a seguinte colocação: “É uma inversão direta e deliberada da Bíblia para se conformar com o espírito mundano da nossa era até o ponto em que o espírito moderno entra em conflito com o que a Bíblia ensina”[2]. E, é claro, muitos líderes preferem o politicamente correto!

Finalizando, afirmo que como cristãos nós devemos abraçar a Bíblia na sua totalidade por aquilo que ela diz ser: A PALAVRA DE DEUS! Não devemos como muitos fazem atualmente fragmentar o texto bíblico dizendo mau-me-quer e bem-me-quer selecionado os textos que nos agradam ou que é popular e aceitável pela nossa cultura. Nós não aceitamos a tradição só pela tradição. Não temos desejo pelo poder ou por manter o status quo da nossa denominação. No entanto, rejeitamos a hermenêutica das leituras seletivas da Bíblia apontando o que Jesus disse e a opinião de Paulo ou de Pedro. Entendemos que TODA A BÍBLIA FOI SOPRADA POR DEUS!

QUE DEUS NOS AJUDE!

Ivan Teixeira
Minha Consciência é Escrava da Palavra de Deus! 



[1] GRUDEM, Wayne. O Feminismo Evangélico: Um novo caminho para o liberalismo, p.15. São Paulo, SP, Brasil: Editora Cultura Evangélica, 2009.
[2] SCHAEFFER, Francis A. The Great Evangelical Disaster, p.137. Westchester, IL: Crossway, 1984).