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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

THEOLOGY QUEER (TeologiaGAY) INVADE OS ARRAIAS ACADÊMICOS E MINA NOSSAS IGREJAS

"THEOLOGY QUEER"

 

Aquela bendita expressão de Tertuliano: “o que tem Atenas a ver com Jerusalém? Que acordo existe entre hereges e cristãos? [...] Fora com todas as tentativas de produzir um Cristianismo manchado de composições estóicas, platônicas e dialéticas! Nós não queremos curiosas disputas após possuir Jesus Cristo, não queremos investigação depois de usufruir do evangelho! Com nossa fé, nós desejamos nenhuma outra crença. Pois essa é nossa [vitoriosa] fé, que não há nada que devemos crer além disso”, parece nos levar hoje a dizer: “O que tem a Igreja a ver com a Academia?”. À época da frase o grande Tertuliano, defensor da fé bíblica, questionava o namoro promíscuo entre a verdade bíblica e as filosofias humanistas. Tais filosofias foram peremptoriamente rejeitadas pelo apóstolo Paulo que poderia muito bem usá-las em sua chegada à Atenas e Corinto, no entanto, o grande apóstolo decidiu anunciar unicamente a teologia da Cruz no poder do Espírito Santo (1Coríntios 2.1-6). Segundo Paulo, a fé das pessoas deve estar fundamentada no poder do Espírito Santo e na pedra angular do Cristo crucificado. Pode-se dizer que a única defesa real e poderosa do evangelho e pregar o evangelho!

Particularmente eu amo o labor teológico, ler obras de grandes eruditos, estudiosos perspicazes e dos grandes defensores das verdades do santo evangelho. É prazeroso quando você pega um calhamaço como a obra do Dr. Gordon Fee, God’s Empowering Presence: The Holy Spirit in the Letters of Paul (Presença Poderosa de Deus: O Espírito Santo nas Cartas de Paulo), de quase 1000 páginas e você se depara com uma exegese saudável, uma exposição apaixonada de um erudito pentecostal que visa a edificação da igreja e a evangelização do mundo. Nesta obra, vemos o esforço de um grande erudito para compreender o que Deus diz, e não manipular o texto ou a mensagem do evangelho para torna-la mais palatável aos movimentos sociais contemporâneos ou mesmo às exigências do academicismo pueril. Dr. Fee é pentecostal e abraça a inerrância e infalibilidade das Escrituras Sagradas, acredita piedosamente no senhorio de Cristo Jesus e no poder carismático do Espírito Santo.

No entanto, nem sempre é assim na academia. Poderíamos citar muitos exemplos na erudição alemão (e noutros rincões acadêmicos) que configurou o liberalismo teológico trazendo uma enchente perturbadora para as igrejas locais da Europa a tal ponto que devastou várias delas. Hoje, se você visitar a Europa – como tive o prazer e a tristeza (muitas das vezes fiquei em lágrimas) –, presenciará a vacuidade espiritual nas grandes catedrais que foram outrora lugares de poderosos avivamentos por meio da exposição das Sagradas Escrituras. A situação é como já sabemos: Começa nas cátedras, vem para os púlpitos e depois desce para os bancos das igrejas e, consequentemente matar o rebanho. Como o discípulo dos profetas pode-se dizer: “Morte na panela, ó homem de Deus!” (2Reis 4.40). As colocíntidas malditas do liberalismo e doutras teologias distorcidas têm se misturado com o “cozinhado” profético de muitas igrejas atuais e muitos Seminários Teológicos, e muitos discípulos sem discernimento estão a manipulá-las em nossos banquetes teológicos e eclesiásticos.

Alegro-me com o crescimento da erudição pentecostal, mas também me preocupo com o rumo de certas alas da erudição que no afã da singularidade do fazer teológico acabam construindo uma teologia e uma hermenêutica Frankenstein, o Prometeu Moderno. Algo irreconhecível biblicamente! Essas questões de ênfase no leitor, negligência da intenção autoral dos escritores bíblicos acabam produzindo “teologias” de concha de retalhos dos mais variados: teologia negra, teologia feminista, teologia da libertação, teologia da Missão Integral, teologia dos pobres, teologia dos ricos, teologia disso e daquilo outro, e, pode-se dizer, a mais recente a TEOLOGIA QUEER (Theology Queer). É para essa última que faço breves observações. Meu objetivo é apenas alertar e fazer com que os pastores e teólogos acadêmicos atentem e se preparem para essa modalidade teológica dita acadêmica que sorrateiramente invade nossos arraiais apoiando um comportamento que a Bíblia peremptoriamente condena e chama de pecado. Paulo disse claramente que os tais não herdarão o Reino de Deus (1Coríntios 6.9-11). Mas, certos teólogos ou teólogas ou mesmo “teólogays”, em nome do “amor radical” de Deus afirmam que esse amor “[...] é um amor tão extremo que dissolve nossos limites existentes, sejam eles que nos separam de outras pessoas, que nos separam de noções preconcebidas de sexualidade e identidade de gênero”.

A tese do livro do Dr. Patrick S. Cheng, que é sacerdote episcopal e reitor associado da Igreja da Transfiguração, uma paróquia anglo-católica de Manhattan, ele também ensinou Teologia Histórica e Sistemática na Episcopal Divinity School, em Cambridge, é que “as conexões entre a teologia cristã e a Teoria Queer são realmente muito mais próximas do que se poderia pensar”. Ou seja, esse “amor radical” que não faz distinção de sexualidade ou identidade de gênero – aquela construção social em que uma pessoa passa a se identificar como homem ou mulher segundo suas inclinações e não segundo o Criador que os criou – está no coração da Teologia Queer, pois, segundo o Dr. Cheng “acreditamos em um Deus que [...] dissolveu as fronteiras [...] e desafia nossas fronteiras existentes com relação à sexualidade e identidade de gênero [...].

Deve-se notar que essa nova “Teologia Queer” elaborada por esses teólogos ou teólogas ou mesmo teólogays ou teólogoLGBT se baseia na “Teoria Queer”. Logo no primeiro capítulo o Dr. Cheng explica: ““Então, o que exatamente é a Teologia Queer? [...] há pelo menos três definições possíveis [...] Primeiro, a Teologia Queer é que as pessoas LGBT estão 'falando sobre Deus'. Segundo, a Teologia Queer é 'falar de Deus' de uma maneira conscientemente transgressora, especialmente em termos de desafiar as normas sociais sobre sexualidade e gênero. Terceiro, a Teologia Queer é "falar sobre Deus" que desafia e desconstrói as categorias binárias naturais de identidade sexual e de gênero ". (Pág. 9).

Ele também pontua que a doutrina da revelação pode ser entendida em termos de [...] teologia [negativa], na qual nosso conhecimento de Deus – como nosso entendimento da categoria de 'transgêneros' – está sempre em um estado de transformação e desconhecimento (Pág. 48). Ele elabora: “Como tal, Deus funciona da mesma maneira que as pessoas LGBT em relação ao amor radical. Na medida em que as pessoas LGBT quebram os limites da sexualidade e do gênero em nossos relacionamentos, Deus e as pessoas LGBT enviam um amor radical que quebra categorias e limites fixos. Para Deus, essas categorias incluem o divino e humano, e a vida e a morte. Para as pessoas LGBT, esses limites incluem as categorias de mulheres e homens, homossexuais e heterossexuais” (Pg.51).

Essa Queer Theology (Teologia Queer) pode ser entendida como:

(1) Teologia feito por e para LGBTQIA (lésbica, gay, bissexual, transgêneros, travestis, intersexuais, assexuados e CIA) indivíduos com foco em suas necessidades específicas.

(2) Teologia que propositalmente se opõe às normas sociais e culturais sobre gênero e sexualidade. Procura descobrir vozes ocultas ou perspectivas ocultas que permitam que a teologia seja vista sob uma nova luz, ou seja, à luz gay.

(3) Teologia que desafia e desconstrói fronteiras, particularmente no que diz respeito à identidade sexual e de gênero.

A Teologia Queer é inclusiva à identidade sexual e de gênero dos indivíduos e permite que a comunidade LGBTQ+ recupere seu espaço no Cristianismo[1]. Além disso, de acordo com Jennifer Purvis, “queer” significa não apenas uma variedade de gêneros variantes e sexualidades não heterossexuais, mas também uma postura de resistência, atitude questionadora e um conjunto de técnicas e abordagens. Por esse motivo, a teologia queer nos pede que pensemos além do que pode ser conhecido, disciplinado e controlado e nos pede para abraçar novamente nosso conhecimento queer[2].

Hugn William Montefiore chegou a falar na Conferência dos Clérigos Modernos em 1967 que Jesus possuía uma “natureza homossexual”. Ele diz que o não envolvimento de Jesus com mulheres é melhor explicado por ser um “homossexual”. Ele escreveu: “Se Jesus fosse homossexual por natureza (e esta é a verdadeira explicação de seu estado celibatário), isso seria mais uma evidência da auto-identificação de Deus com aqueles que são inaceitáveis ​​para os defensores do ‘Establishment’ [entenda-se como a teologia tradicional que postula o relacionamento heterossexual] e das convenções sociais”[3].

John J. McNeill que era um padre jesuíta abertamente gay e um defensor vocal da Queer Theology escreveu um livro intitulado Church and the Homosexual (Beacon Press, 1976), onde aborda a Teologia Queer em três seções: uma história da relação entre homossexualidade e a tradição católica, descobrindo onde a homossexualidade pertence a uma teologia moral tradicional reestruturada e as mudanças necessárias no mundo moderno. Ministério cristão que permitirá que cristãos gays, lésbicas e bissexuais prosperem em sua fé.

Essa Queer Theology é uma teologia “guarda-chuva” que em nome de um “amor radical” acolhe a galera que não são heterossexuais, mas cujos os desejos ou relacionamentos estão voltados para o mesmo sexo. Claro que esse “guarda-chuva” colorido e o “amor radical” só ama aqueles que pensam como eles e se comportam como eles. Neste ponto deve-se dizer que a tolerância dos ativistas desta “Queer Theology” é intolerante contra aqueles que discordam destes comportamentos.

Pode-se falar muita coisa sobre essa “Queer Thology”, mas creio que o ponto já ficou claro e como tal essa abordagem em nome do “amor radical” é perigosa para os nossos jovens, adolescentes e crianças. Eles pegam pesado na educação, não apenas na secular, mas na cristã também como podemos ver por meio desses teólogos e teólogas “cristãs”. Tais teólogos queers estão desconstruindo e reinterpretando as verdades bíblicas em nome de uma “nova hermenêutica”, que de nova não tem nada, mas é a velha artimanha da Serpente e de sua aliada apocalíptica: “A Mulher Montada numa besta escarlate, tendo na sua mão um cálice de ouro transbordante de abominações e com as imundícias da sua prostituição. Na sua fronte achava-se escrito um nome, mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA” (Apocalipse 17.4,5).

Paulo pregou sobre o evangelho da graça de Deus, revelado no amor do Filho no poder do Espírito Santo, foi muito claro sobre essa Queer Theology e seus pressupostos:

1Coríntios 6.9: Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem EFEMINADOS (gr. μαλακοὶ = malakoi = “o de andar delicado”, marcado pela efeminilidade), nem SODOMITAS (gr. ἀρσενοκοῖται = arsenokoitai = homossexuais, o que se envolve com atividades sexuais com o mesmo sexo), v.10: nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores HERDARÃO O REINO DE DEUS. V.11: Tais FOSTES alguns de vós; MAS vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.

 

Note que tanto os “efeminados” quantos os “homossexuais” não herdarão o Reino de Deus. E claramente Paulo sabia que alguns dos coríntios eram (“tais fostes alguns de vós”), NO ENTANTO, a graça amorosa de Deus no poder do Espírito Santo e em nome de Cristo Jesus havia-os libertados, santificados e justificados! Eles se tornaram novas criaturas em Cristo Jesus pelo poder regenerador e renovador do Espírito Santo (cf. 2Coríntios 5.17; Tito 3.5). A novidade de vida deve marcar todos aqueles que nasceram do Espírito Santo em Cristo Jesus para a glória de Deus!

Para mim, a Queer Theology já nasce morta logo em Gênesis. O escritor sagrado afirma claramente que Deus criou MACHO e FÊMEA abençoando seu relacionamento heterossexual. A lógica é bem simples: Se Deus quisesse ou aprovasse tal prática Ele teria criado um casal homossexual e não heterossexual. Querendo você ou não a benção de Deus está na relação sexual entre um homem e uma mulher, a relação aprovada e abençoado pelo Criador amoroso é: Macho com uma Fêmea, homem e mulher. A homossexualidade é um atentado à sabedoria, ao amor e ao plano soberano do Criador para Suas criaturas. É uma teologia elaborada no conselho de Satanás com seus mais inteligentes demônios e espíritos imundos.

 

A Declaração de Fé das Assembleias de Deus se posiciona claramente sobre essa questão:

Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança1 e fê-los macho e fêmea: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gênesis 1.27), demonstrando a sua, conformação heterossexual. A diferenciação dos sexos visa à complementaridade mútua na união conjugal: “Todavia, nem o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão, no Senhor1” (1Corínios 11.11); essa complementaridade mútua é necessária à formação do casal e à procriação. Reconhecemos preservada a família quando, na ausência do pai e da mãe, os filhos permanecerem sob os cuidados de parentes próximos (Ester 2.7,15; 1Timóteo 5.16). Rejeitamos o comportamento pecaminoso da homossexualidade por ser condenada por Deus nas Escrituras, (Levítico 18.22; Romanos 1.24-27; 1Coríntios 6.10) bem como qualquer configuração social que se denomina família, cuja existência é fundamentada em prática, união ou qualquer conduta que atenta contra a monogamia e a heterossexualidade, consoante o modelo estabelecido pelo Criador e ensinado por Jesus (Mateus 19.4-6)[4].

 

Soli Deo Gloria!



[1] ORR, Catherine M.; BRAITHWAITE, Ann; LICHTENSTEIN, Diane, eds. (2012). Rethinking Women's and Gender Studies. New York: Routledge. ISBN 9781136482564.

[2]  PURVIS, Jennifer (2012). "Queer". In ORR, Catherine M.; BRAITHWAITE, Ann; LICHTENSTEIN, Diane (eds.). Rethinking Women's and Gender Studies. New York: Routledge. pp. 189–206. ISBN 9781136482564.

[3] MONTEFIORE, H. W. “Jesus, the Revelation of God,” in Christ for Us Today: Papers read at the Conference of Modern Churchmen, Somerville College, Oxford, July 1967, edited by Norman Pittenger (SCM Press, London: 1968), p. 110.

[4] Declaração de Fé, p.203,204. Rio de Janeiro, RJ, Brasil: CPAD, 5ª impressão, 2018.