Igrejas Emergentes: O Perigo da
Ambiguidade.
Uma
Crítica ao movimento das Igrejas Emergentes e a muitos cristãos que surfam
neste movimento sem saber!
Hoje
as pessoas querem Jesus, mas não querem a doutrina de Jesus. Querem uma
experiência com Jesus sem ter e compreender as Palavras de Jesus. Elas querem
adorar a Jesus, sem se importar quem é Jesus. As pessoas querem experimentar
Jesus sem conhecer Jesus, pois o que importa é se sentirem bem, felizes em seus
relacionamentos, casamentos, empregos e etc.,
Tudo
isso é resultado de um movimento chamado “Igrejas Emergentes”. Definir a igreja
emergente é como pregar gelatina na parede. O “o que” e o “quem” do movimento
são praticamente impossíveis de definir. Isso se deve, em parte, ao fato de o
movimento ser novo (pelo menos em nome e estilo, ainda que nem sempre em
substância). Novos movimentos são sempre mais amorfos e menos codificados.
No
nível popular, “o termo igreja emergente tem sido aplicado a congregações de
nível elevado e voltadas a jovens que chamaram atenção por seu rápido
crescimento numérico, sua habilidade de atrair (ou reter) pessoas na faixa dos
vinte anos, sua adoração contemporânea, baseada em música de estilo popular, e
em sua habilidade de se promover entre a subcultura cristã por meio de websites e propaganda boca a boca.”.
Esse
movimento deseja que “se faça igreja de outro jeito”. Que a igreja seja
repintada (o livro de um dos proponentes tem na contracapa: “Repintando a Igreja”).
Para
muitos da igreja emergente, enraizados na espiritualidade do Ocidente, o
destino tem pouca importância. A jornada é o que vale. Eles são apaixonados e fissurados
na jornada e nas experiências, amizades, diversões e outras coisas mais que a
jornada possa oferecer, mas eles não saber com certeza para onde está indo. Não
têm um destino delineado.
Para
cristãos emergentes, a jornada da vida cristã tem menos a ver com a nossa
peregrinação por este mundo decaído que não é nosso lar, e mais a ver com a
aventura selvagem e sem censura do mistério e do paradoxo. Para eles não somos
guias turísticos que sabem onde estão indo e se fixam no curso. Somos mais
parecidos com viajantes que não sabem muito bem para onde vai, mas o que
interessa é curtir a jornada com seus mistérios e paradoxos.
Spencer Burke
um dos proponentes do movimento afirma: “Guias turísticos não se sentem livres
para desviar da “rota” que outros cristãos estabeleceram. Além do mais, são
aptos a impor o mesmo tipo de estrutura rígida aos outros. Tornar-se um
viajante, porém, o capacita a ser sincero consigo mesmo [...]. Como viajante,
sou livre para amar e ser amado. Não me preocupo com o fato de dar um passo
errado ou de perder minha posição. Sou apenas mais uma pessoa na jornada – um
filho amado de Deus.”. Eles são semelhantes àqueles andarilhos hippies que vemos de vez em quando nas
estradas andando a pé. De vez em quando, viajando de carro, vejo estes
andarilhos curtindo suas jornadas sem saberem para onde ir, conquanto que curta
as experiências proporcionadas pela jornada.
O
antigo conceito ortodoxo de peregrinação espiritual usou a ideia de jornada
para simbolizar nosso anseio pelo céu, nosso verdadeiro lar, e nosso lugar como
estrangeiros no reino deste mundo. Como estrangeiros e peregrinos no mundo, os
cristãos são chamados a se abster dos desejos carnais “que guerreiam contra a [nossa] alma” e a viver “entre os pagãos de maneira exemplar para que
[...] observem as [nossas] boas obras [...] e glorifiquem a Deus no dia da Sua
intervenção” (1Pe 2.11-12). Deveríamos viver em fé, esperando por uma “pátria melhor, isto é, a pátria espiritual”
(Hb 11.16). A jornada da vida cristã era o caminho do peregrino lutando contra
temores e dúvidas, tentando não ser forçado contra o molde deste mundo,
confiando que Deus tem algo melhor para nós, ainda que não tenhamos recebido
aquilo que foi prometido (cf. Hb 11.39-40).
Em
grande parte do pensamento emergente, porém, o destino é uma questão
secundária, como o é qualquer preocupação sobre estar no caminho certo. Peter Rollins argumenta que, em vez de
pensar em termos de destino (tornamo-nos cristãos, nos unimos a uma igreja,
somos salvos), deveríamos pensar em termos de jornada (estamos nos tornando
cristãos, estamos nos tornando igreja, estamos sendo salvos). Por conseguinte,
“precisamos ser evangelizados tanto quanto os que nos cercam, se não mais”.
Para
os emergentes o que importa não é doutrina, mas experiência. A jornada é mais
vaguear (experiência) do que seguir em direção definida (doutrina), é mais ação
do que crença, é mais ambíguo do que definida. Explicar e definir a jornada de
fé seria desvalorizá-la. Já ouvimos que a fé cristã não é um problema
matemático a ser resolvido. Afinal de contas, para citar Rob Bell e ignorar os primeiros apologistas e polemistas cristãos,
“você raramente defende as cosias que ama”. Diferente do que aprendemos com
Jesus e Paulo que ensinavam, explicavam e defendiam a verdade.
O
teólogo David Wells compara a noção
de jornada do livro O Peregrino de John Bunyan com a ideia contemporânea
dos emergentes de jornada. Ele destaca que Cristão tropeçou com frequência em
sua peregrinação. Mas, pela graça de Deus, sempre voltou para o caminho, seguiu
na direção correta, aprendeu o que outros deixaram de entender e continuou pelo
caminho. Wells escreve:
Essa é a real diferença
entre a noção de peregrinação espiritual de Bunyan e a ideia pós-moderna de
jornada espiritual [...]. A importância da espiritualidade está na experiência da jornada, não no propósito de alcançar o destino. Para
Bunyan, a peregrinação tem a ver com certo conhecimento que os cristãos possuem
da “pátria melhor” para a qual eles viajam e do caminho no qual eles devem se
conduzir na jornada de preparação para Aquele a quem eles estão viajando.
Pelo
fato de a jornada ser mais uma experiência do que um destino, a vida cristã,
para os pós-modernos das igrejas e cristãos emergentes, exige menos reflexão
doutrinária e mais introspecção pessoal. Essa é a geração da introspecção
psicologizada. É a geração narcisista. É a geração que despreza a doutrina e
eleva a experiência. Ela quer Jesus sem as Palavras de Jesus. Esta geração quer
buscar a Deus sem se encontrar com Deus. As pessoas querem uma experiência
ambígua, mística e frenética da religião e não uma exposição doutrinária das
grandes verdades bíblicas para viverem uma vida de santidade e produzir frutos
do Espírito, não se conformando com este mundo, mas sendo transformados pela
renovação da mente para experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de
Deus.
Muitos
cristãos influenciados por este movimento (conscientes ou não) estão clamando
“Jesus sim, religião não”; “Jesus sim, Cristianismo não”; “Jesus sim, doutrina
não”; “Adoração a Jesus sim, ensinamentos expositivos não”. “Não podemos
conhecer a verdade”. “Cada um tem sua interpretação dos textos bíblicos”. “A
única certeza é que não temos certeza”. “A verdadeira humildade está em não ser
dogmáticos na religião”. A lista poderia crescer conforme o tanto de pessoas
que há neste movimento.
Paulo
não afirmou entender plenamente a profundidade da sabedoria e misericórdia de
Deus que ele havia expostos nos primeiros dez capítulos de Romanos (cf. Rm
11.33-36), mas isso não o impediu de repreender seus colegas judeus por terem
um zelo por Deus que “não se baseia no conhecimento” (Rm 10.2). De fato, a
Bíblia inteira supõe que o cristianismo se baseia em certo conhecimento e na
aderência a asserções doutrinárias seguras sobre Deus e Seu Cristo. É por isso
que Paulo pregava em poder em plena convicção (1Ts 1.5).
O
mantra pós-moderno, “Deus é grande demais para se entender, e a verdade é misteriosa
demais para ser conhecida com certeza” não é apenas humildade confusa. Possui
perigosas implicações pastorais. A humildade, como nos advertiu Chesterton, não deveria ter se mudado
para o órgão da convicção. A incerteza à luz de nossas limitações humanas é uma
virtude. A incerteza diante da Palavra de Deus não é. Para citar MacArthur, é incredulidade.
Os
emergentes e os que seguem suas ideias (mesmo inconscientes) são avessos às
definições, doutrinas, teologias e proposições. Eles querem espiritualidade sem
teologia. Eles almejam buscar a Deus sem conhecer Deus em Sua revelação. Eles
querem a Pessoa de Cristo sem as Palavras de Cristo.
Martyn Lloyd-Jones,
escrevendo em um contexto diferente (moderno), poderia estar falando sobre a
igreja emergente (pós-moderno) quando disse “primeiro, essas pessoas geralmente
são avessas a definições claras; elas não gostam de clareza ou certeza. Nesse
ponto, não precisamos abordar as razões específicas para isso. Penso que se
opõem à clareza de pensamento e de definição por conta de suas exigências. O
tipo mais confortável de religião é sempre uma religião vaga, nebulosa e
incerta, atravancada por tantas formas e rituais.”.
Não
fomos feitos para ser deixados em um estado de dúvida e temor, de incerteza e
infelicidade. Somos salvos para termos a certeza de que Deus Se revelou em
Cristo e ilumina Sua revelação pelo ministério da Unção que nos ensina todas as
coisas (o Espírito Santo).
Estas
pessoas veem com a mentalidade “quero apenas Jesus” como um tipo de visão oposicionista
ao campo teológico. Para elas, pessoas que pensam mais teologicamente parecem
ser pessoas de mente fechada e julgadoras. Estas pessoas esquecem ou
negligenciam que para conhecer ao Senhor é conhecê-Lo através de proposições
(declarações) que Ele mesmo fez e está registrado nas Escrituras Sagradas. Para
ter um relacionamento ou estar em um relacionamento com alguém, é imperativo
que você conheça coisas específicas e coisas verdadeiras sobre a pessoa com
quem você tem esse relacionamento.
A
mensagem e a literatura emergente são bastante atraentes para os não-cristãos.
Visto que eles (os emergentes) são pós-modernos não dogmáticos e de
espiritualidade ambígua e vaga, interessados em fazer que o mundo seja um lugar
melhor. Mas, a questão é onde está a menção aos espinhos da fé cristã – a
santidade e ira de Deus, o julgamento divino, a singularidade de Jesus Cristo,
a depravação humana, a necessidade de um novo nascimento?
Onde
está a ofensa do evangelho que Paulo tanto falou e defendeu? O teólogo J. Gresham Machen observou “Este fato
curioso: quando os homens falam dessa forma sobre propagar o cristianismo sem
defendê-lo, aquilo que estamos propagando certamente não é de modo algum
cristianismo. Eles estão propagando um modernismo anti-intelectualístico e não
doutrinário; a razão de ele não exigir nenhuma defesa é simplesmente o fato de
estar completamente de acordo com a corrente desta era.”. Ninguém se opõe a um
cristianismo não doutrinário porque não há nada a que se opor.
Infelizmente,
esta é a nossa geração de crentes e pregadores que preferem mantras, slogans, chavões, truques de eloquências
e frases de efeito a exposição bíblico-doutrinária e teológica das verdades do
Cristianismo. Eles dizem que a única coisa de que precisam não é de doutrinas,
teologias, pastores (pois não querem se submeter a autoridade constituída por
Deus) e igrejas, mas precisamos só de Jesus. Só que esse Jesus que eles querem
e de que precisam não é o Jesus bíblico. Não é o Jesus Deus-Homem que exige
santidade, tomar a cada dia sua cruz. É mais um Jesus psicologizado,
politizado, socializado e adaptado às preferências subjetivistas de cada um. É
um Jesus simulacro. É um Jesus domesticado. Um Jesus que se parece mais um
bicho de estimação. Um ursinho de pelúcia. Do que o Jesus descrito no
Apocalipse. O Cristo que é Cordeiro e Leão e Leão que é Cordeiro. O Salvador
que Reina e domina e o Rei que salva e nos liberta de nossos pecados. É o Leão
que é digno de abrir o Livro e o Cordeiro que abre os sete selos e derrama Sua
santa ira sobre os rebeldes pecadores.
As
pessoas querem um Jesus bacana. Um Jesus hollywoodiano. Um Jesus que traga
diversão e felicidade. Um Jesus que me ajude nas provas da faculdade. Um Jesus
que me ajude a pagar minhas contas (como disse um amigo meu de Paranaguá – o
Dr. Fábio: “por que as pessoas só pedem para Jesus pagar suas contas e não para
ajuda-las a gastar o dinheiro?”.).
O
apóstolo Paulo escreveu nos alertando sobre a possibilidade de estarmos
abraçando um Jesus não bíblico. Um Jesus segundo nossas ideias e desejos. Veja
o que ele escreveu para os cristãos corintos (2Co 11.1-4):
Quisera eu me suportásseis um pouco mais na minha loucura. Suportai-me,
pois.
Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para
vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo.
Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia,
assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza
devidas a Cristo.
Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado,
ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho
diferente que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais.
Veja
que quando as Escrituras não são centrais perdemos o Cristo bíblico e abraçamos
uma versão secularizada, humanizada e psicologizada de Jesus. Perdendo as
verdades doutrinarias perdemos Jesus que é central na doutrina bíblica da
revelação de Deus.
Tal
como seu “evangelho” os falsos apóstolos tinham um “Jesus” triunfalista. Talvez
enfatizassem apenas Seu poder e Sua glória, “sem deixar lugar para a
experiência das fraquezas e do sofrimento”. Nosso Senhor já havia repreendido
dois de Seus discípulos sobre essa ideia errada de Sua pessoa quando disse em Lucas 24.25-26: “[...] Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas
disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na Sua
glória?”. Ou seja, não existe glória sem sofrimento. O ministério cristão é
cheio de glória, mas também cheio de sofrimento para alcançar a glória eterna.
Os sofrimentos da era presente antecedem a glória que há de vir (2Co 4.17).
No
texto do Evangelho do Senhor Jesus Segundo João (14.7-14), nós temos uma
clássica exposição de nosso Senhor mostrando (revelando) quem Ele é. Nosso
Senhor revela quem realmente Ele é em termos inconfundíveis, incontestáveis e
aurifulgentes: “Quem Me vê a Mim vê o Pai”
(v.9); “[...] Eu estou no Pai e que o Pai
está em Mim” (v.10).
O
que o Senhor Jesus revelou aos Seus discípulos e a nós neste texto? Uma coisa é
certa: ELE É DEUS! Eles tinham ouvido as Suas afirmações de deidade antes e
haviam presenciado a prova disso em Suas obras. Ele tinha acabado de dizer que
era o caminho para Deus, a verdade sobre Deus e a própria vida em Deus (v.6).
E, agora, Ele vai um passo adiante nos versículos 7 a 10 e afirma em termos
inequívocos ser Deus. Suas Palavras devem ter sido surpreendentes porque a
declaração era tremenda para os judeus.
Nenhuma
pessoa razoável vai simplesmente desconsiderar a alegação de Jesus de ser Deus
(só Augusto Cury e outros estudiosos). A simples, central e mais importante de
todas as questões sobre Jesus é a que trata da Sua deidade. Qualquer pessoa que
estude a vida de Jesus tem de confrontar esse assunto, por causa do que o Novo
Testamento ensina. Alguns concluem que Jesus era um insano, que tinha mania de
grandeza. Outros acreditam que Ele era uma fraude. Outras ainda tentam dizer
que Ele era apenas um bom mestre (olá Dr. Cury!), mas isso na realidade não é
uma solução, porque bons professores não afirmam ser Deus. Se não fosse Deus
encarnado o Emanuel Ele seria um insano, ou uma fraude e ainda um mestre da
moral louco. Em vista dessas opções, o ensaísta cristão, C. S. Lewis, corretamente observou que “a única coisa que nós não
podemos dizer” sobre Jesus é que Ele foi “um grande mestre de moral”, mas não
Deus. Lewis mais adiante anotou:
Um
homem que fosse meramente um homem e dissesse as coisas que Jesus disse não
seria um grande mestre de moral. Seria um lunático – como o homem que diz ser
um ovo frito – ou então seria o Diabo do Inferno. Você tem que fazer a sua
escolha. Esse homem era, e é, o Filho de Deus ou então é um lunático ou alguma
coisa pior.
Sabélio,
um herege e o precursor da seita dos unitarianos, ensinou que Jesus era somente
uma radiação, uma manifestação de Deus. Mas Ele não é meramente uma
manifestação de Deus; Ele é o Deus bendito eternamente. O Senhor Jesus é o Deus
bendito que Se manifestou e se tornou em carne. Como disse o grande defensor da
divindade do Senhor Jesus na História da Igreja, Atanásio: “Ele tornou-Se o que não era (Homem, não simples homem,
mas teologicamente falando, DEUS-HOMEM); mas continuou sendo o que sempre foi
(DEUS!)”. Existe uma significante diferença. Jesus é, de modo único, um com,
mas distinto de, o Pai – Deus evidente em carne humana.
Em
João 14.7-10 o Senhor Jesus faz a
muito simples, indisfarçada reivindicação de que Ele é não menos que o próprio
Deus.
A
minha exortação a todos é fazer coro a voz do profeta Oséias que falou destemidamente em alguns textos: “O Meu povo está sendo destruído, porque lhe
falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também
Eu te rejeitei, para que não sejas sacerdote diante de Mim; visto que te
esqueceste da Lei do teu Deus, também Eu Me esquecerei de teus filhos” (Os
4.6). Que tragédia quando um pastor, líder ou cristão ficam inventando
conhecimento em vez de se debruçarem na revelação da Palavra de Deus!
“[...] o povo que não tem entendimento corre
para a sua perdição” (Os 4.14).
E
isto eles fazem celeremente!
“Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao
SENHOR: como a alva a Sua vinda é certa; e Ele descerá sobre nós como a chuva,
como a chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3). É certa a manifestação de
Deus quando prosseguimos em conhecer a Deus!
Que
o nosso anseio possa ser: “Pois
misericórdia quero, e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que
holocaustos” (Os 6.6).
É
o Deus da Bíblia que precisa ser conhecido e não o “nosso” deus. É o Deus da
revelação que precisa ser conhecido e não o deus da invenção psicológica,
filosófica ou qualquer logia de
qualquer homem. Precisamos conhecer a Autobiografia de Deus (As Escrituras) e
não alguma “biografia” de um homem a respeito de Deus. Queremos e precisamos de
Deus que fale conosco e não de alguém que exponha suas ideias sobre Deus. O que
estou querendo dizer é que somente nas Escrituras Sagradas temos a infalível e
inerrante revelação que Deus deu de Si mesmo por meio de Cristo e pelas
Palavras ensinadas do Espírito Santo. E esta revelação é uma revelação clara,
convincente e infalível.
É
exatamente isso que o ensino teológico produz na vida daqueles que se esmeram
no estudo das verdades da Palavra de Deus. Uma contemplação da grandeza de Deus
revelada em Cristo Jesus nosso Senhor. O estudo sistemático das doutrinas
bíblicas nos dá convicções inabaláveis das verdades reveladas de Deus.
Precisamos
da mesma fome da pesquisa que tiveram os bereanos.
Precisamos da paixão pela pregação expositiva que brilharam nos puritanos. Precisamos da seriedade e humildade
exegética que permeou João Calvino.
Precisamos da paixão pelos perdidos de David
Brairned. Anelamos o grito de John
Knox: “Dá-me a Escócia para Cristo ou morrerei!”. Precisamos compartilhar
do mesmo sentimento de John Piper
pela supremacia da glória de Deus por meio de Cristo em todas as coisas para
Sua glória e nossa alegria. Precisamos do zelo e defesa pela verdade de John MacArthur. Precisamos da coragem
de Martinho Lutero. Precisamos da
paixão por uma igreja santa, bíblica e avivada do rev. Hernandes Dias Lopes. Precisamos da teologia cristocêntrica de Heber Carlos Campos. Precisamos da
visão da soberania de Deus sobre os novos deuses no mercado de Augustus Nicodemus. Precisamos de
teólogos historiadores como Alister McGrath.
Precisamos nos voltar para a Bíblia que é a Palavra de Deus para nós, sumamente
revelada na Palavra Viva que é Cristo Jesus, iluminada pelo Deus Espírito
Santo.
Soli Deo Gloria!