A COISA MAIS IMPORTANTE: O EVANGELHO!
Introdução: Acredito pelo testemunho
das Escrituras que a coisa mais importante para uma pessoa não crente e para um
crente é o evangelho: as boas novas de Deus.
A mensagem do
evangelho é a mais necessária, a mais importante, a mais preciosa e a mais
sublime e transcendente de todas as mensagens, de todas as palestras e de todas
as informações que um ser humano precisa receber. Pois dela depende o estado
eterno de sua alma.
Se me pedissem
para resumir o evangelho em duas palavras não hesitaria em dizer: DEUS FEZ! (Rm
8.3). Isso mesmo! O evangelho não é o que uma pessoa faz para ser salva (para
tristeza de muitos), mas, sim, o que Deus fez para nos salvar (para alegria dos
pecadores). Quando falei “para a tristeza de muitos”, é porque estou ciente de
que muitas pessoas queriam que o evangelho fosse a história de suas vidas. Mas não
é!
Evangelho não é
a história de nossa vida, mas a História da vida, da morte e da ressurreição e
exaltação de Jesus Cristo. É exatamente isso que é o evangelho! As boas novas
de que Deus nos salva pela vida e obra de Seu Filho, Jesus Cristo!
Evangelho não
relata nossas obras e nossas proezas, mas a obra de Deus Pai por meio de Deus
Filho para nos salvar pelo poder de Deus Espírito Santo.
Vejo dois conceitos errôneos sobre o
evangelho:
1. Eu sou o evangelho: Já tenho
afirmado que não somos o evangelho. Não somos as boas notícias de Deus. Pelo
contrário, somos uma má notícia. Pois, todos pecaram e estão destituídos da
glória de Deus. Somos culpados diante de Deus. Nossas justiças são como um
trapo de imundícia. Tal como o publicano, se nós quiséramos ser justificados e
exaltados por Deus, nós deveríamos bater em nosso peito e clamar: “Ó Deus, sê
propício a mim, pecador” (Lc 18.13).
2. Minha vida prega melhor do que minhas
palavras: Esse erro é consequência do anterior. Pois, se sou o evangelho,
então minhas obras/vida pregam melhor do que minhas palavras ou pregam melhor
do que quando prego as Palavras de Deus E exponho os Atos de Deus em Cristo.
No entanto, as
Escrituras não ensinam isso. A fé salvífica não é produzida pelas minhas obras
ou pelo meu testemunho pessoal, mas pela pregação da Palavra de Cristo (Rm
10.17).
Adornando o evangelho sem ser o evangelho!
Porém, mesmo
que a nossa vida não seja o evangelho, nossa vida deve adornar a doutrina do
evangelho. Paulo escreveu: “não
furtem; pelo contrário, deem prova de toda fidelidade [produto da fé, pistis, verdadeira], a fim de ornarem, em todas as coisas, a
doutrina de Deus, nosso Salvador” (Tt 2.10, grifo nosso).
A palavra grega
que Paulo usa é kosmosin, literalmente é “adorno”, “algo atraente”. Como as pessoas
serão encantadas pelo evangelho que pregamos se nossa vida não embeleza ou
adorna a doutrina que cremos? Minha vida e obras podem ser um tropeço ou um adorno
para o evangelho, mas nunca é o evangelho. Minha vida precisa ser um resultado
do evangelho, mas não é o evangelho.
Paulo escreveu no versículo 5 de Tito 2 sobre
as mulheres casadas crentes que devem ser “sensatas, honestas, boas donas de
casa, bondosas, sujeitas a seus próprios maridos, para que a Palavra de Deus não seja difamada” (grifo nosso). A vida
destas mulheres deve adornar o evangelho, a Palavra de Deus.
Como foi bem
colocado por um comentarista:
Paulo quer dizer que os cristãos de
Creta façam contraste com a reputação cretense, exemplificada pelos
insubordinados (1.10-16); que viam de tal modo que os de fora não apenas não
“blasfemem” o evangelho (2.5), mas na verdade sejam atraídos a ele pelo bom
comportamento (2.10)[1].
As pessoas
precisam ver os frutos de santificação de uma vida justificada e transformada
pelo poder do evangelho de Deus.
[1]
FEE, Gordon D. Novo Comentário Bíblico
Contemporâneo: 1 e 2 Timóteo, Tito, p.204. São Paulo, SP, Brasil: Editora
Vida, 1994. – (Editor do Novo Testamento, GASQUE, W. Ward).
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