domingo, 28 de maio de 2017

NAÇÃO O QUÊ MESMO? PERIGO DO INSTITUCIONALISMO!

DESABAFO DE UM CRISTÃO, PASTOR E PREGADOR

Altissonantemente eu declaro meu amor pela igreja de Cristo e sua expressão visível numa denominação ou igreja local que esforçar-se a ser fiel a Deus e ao Seu evangelho revelado em Cristo Jesus sob a égide do Espírito Santo. Porém, tenho repugnância ao institucionalismo (sacramentalismo ou ao denominacionalismo) – que trata as variadas regras, costumes e sistemas de autoridades de uma organização como sendo mais importantes do que as próprias pessoas. Isso mesmo, as pessoas são sacrificadas não por causa do evangelho, mas pela instituição ou denominação em si.
Vemos esse denominacionalismo quando a espiritualidade e a moralidade se tornam embutidas na estrutura impessoal e autoritária de uma instituição, e certas pessoas se auto-instituem-se inspetoras sagradas para impor as regras sobre os ombros das pessoas para que vivam em conformidade à instituição e não ao evangelho.
O código da denominação é sagrado e não há lugar para ação de Deus Espírito Santo para renovação, reforma e avivamento por meio da Palavra, pois o que deve prevalecer é o costume denominacional. A bola da vez, por assim dizer, não é O QUE DIZ A BÍBLIA, mas, sim, O QUE DIZ NOSSA INSTITUIÇÃO (ou líder, bispo, papa, apóstolo e etc.).
Os homens e as mulheres que demonstram uma habilidade maior para se conformarem aos códigos da instituição (será que posso dizer: PUXAR-SACO!?) crescem e obtêm cargos maiores e imerecidos na dita instituição. Enquanto os homens e mulheres que são incapazes, segundo eles, de se manterem corretos, robotizados, politicados, dentro dos limites bestiais das ideias denominacionalistas, recebem reprimenda e são tachados como rebeldes, ou, pior, são excluídos do grupo e nunca vão crescer no ministério ou na dita instituição ou denominação. Com tudo isso, a graça e a misericórdia se esvaem, e o amor e a beleza são eliminados e, pior, o evangelho é rejeitado pelo orgulho institucional ou denominacional.
A palavra de ordem hoje é: você precisa se adaptar ao sistema, em vez de ser: você precisa se conformar a Cristo!
Quando fui levado à ordenação ministerial tive que preencher uma ficha que trazia uma opção: VOCÊ SERÁ FIEL AO MINISTÉRIO/CONVENÇÃO ATÉ A MORTE? Confesso que fiquei confuso, atordoado, pois não queria entender o que estava tão claro. Na época com 21 anos de idade, pensei: será que erraram o versículo? Não seria VOCÊ SERÁ FIEL A CRISTO ATÉ A MORTE? Indaguei ao pastor ao lado, ele me disse: ASSINA LOGO!!!! Assinei com a mão (caneta), mas não assinei com o coração!!! Os inspetores do sistema me diziam: queres crescer aqui, então se adapte! Sim, EU respondia! E então? Diziam eles. Mas quero me adaptar ao Reino de Deus e a Cristo! – replicava. E o olhar deles era indescritível!
Hoje, 15 anos depois, continuo amando mais e mais a igreja de Cristo e sua expressão visível na igreja local, mas DETESTO o denominacionalismo, o sacramentalismo e o denominacionalismo. Estes têm matado e arruinado filhos de obreiros e pastores, destruídos relacionamentos por amor a este denominacionalismo doentio e diabólico. Esposos e esposas, filhos e pais têm sido sacrificados no altar do sistema das denominações, pois a organização é mais importante do que as próprias pessoas.
Vejo pastores desanimados, desviados, derrotados, massacrados e alvejados com artilharia pesadas pelos chefes e ditadores denominacionais.
Diante de tudo isso (e muitas outras coisas que poderiam descrever) eu tenho orado a Deus para que meu coração não azede. Tenho buscado renovação para continuar pregando o evangelho e amando meus irmãos e irmãs numa igreja local. Não tenho abandonado a igreja local (e nem pretendo, pois sei de sua importância); não me tornei um desviado-descontente ou mesmo um desigrejado. Congrego, oferto e entrego prazerosamente meu dízimo na igreja local e trabalho arduamente no ensino e pregação do evangelho para a edificação, crescimento e maturidade das igrejas locais. Mas, confesso: JÁ QUIS DESISTIR E LARGAR TUDO, E ISSO MUITAS VEZES! Estou cansado de ver líderes manipulando o povo, roubando e tripudiando o rebanho do Senhor. Eu já disse bem alto para Deus: NÃO AGUENTO MAIS! Todavia, confesso que penso que nosso Senhor nunca irá abandonar Sua noiva por ela ter sujado suas vestes. Isso me fortalece, pois sei que Ele é poderoso para fazer infinitamente mais além daquilo que nós pensamos ou imaginamos a favor de Sua querida e amada noiva. Simplesmente não posso desistir daquela por quem Cristo morreu. Não posso me dá ao luxo de mim enclausurar nos meus sentimentos e decepções e deixar de fazer aquilo para o qual fui chamado. Como disse Paulo, "o amor de Cristo me constrange". Veja que não é o meu amor por Cristo, mas é o AMOR DE CRISTO que me impulsiona a não desistir! O amor de Cristo é a mola propulsora para a vida e o ministério cristão. Acredito, como diz a Escritura, que o amor de Deus está sendo derramado em nossos corações pelo Espírito que nos foi dado. Por isso, mesmo nocauteado não ficamos prostrados.
Entretanto, não vou deixar de lutar contra o denominacionalismo (institucionalismo ou sacramentalismo). Pois, acredito e sonho com uma igreja pautada na doutrina, na oração, na comunhão e no partir do pão. Creio numa liderança bíblica sob a égide do Espírito Santo. Creio que Deus levantará pregadores não ansiosos pelos aplausos, reconhecimentos, famas, congressos institucionalizados e reconhecimento da mídia, mas homens e mulheres que dobrarão seus joelhos e clamarão como John Knox: DAI-ME A ESCÓCIA OU MORREREI! Sim, pessoas que amam as almas para reconciliá-las com Deus por meu de Cristo Jesus.
Termino esta breve reflexão afirmando que as instituições foram feitas por causa das pessoas, não as pessoas por causa das instituições.
Deixemos, pois estas babaquices infantis e idiotas: NAÇÃO MADUREIRA, NAÇÃO MISSÃO, NAÇÃO CGADB, CONAMAD, CGADM e etc., E sejamos “raça eleita, sacerdócio real, NAÇÃO SANTA, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9).

Em Cristo,
Ivan Teixeira
Minister Verbi Divini

Minha consciência é escrava da Palavra.

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