sexta-feira, 9 de junho de 2017

VOCÊ É SALVO?

Você é verdadeiramente salvo em 

Cristo Jesus?

Leitura Seleta: 1 João 1.1–2.6.

Introdução: Como posso saber que sou salvo? Quais evidências revelam uma verdadeira conversão? Há provas de um novo nascimento na vida de uma pessoa? Há marcas que destacam uma pessoa crente em Jesus Cristo? O que distingue uma pessoa crente de outra descrente?
Deus falou por meio do profeta Malaquias 3.18:
Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve.

Tais perguntas parecem fora de moda. Não são perguntas que se ouve hoje em dia. Você nunca ouviu falar de uma campanha que traga um título sobre, por exemplo, “como saber que sou verdadeiramente cristã?”; “quais sinais de um novo nascimento?”.

Exortação ao autoexame
Folheando as Escrituras Sagradas encontramos exortações para um exame de nossa profissão de fé.
Paulo escreveu em 1 Coríntios 11.28:
Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice.

Ele escreveu em 2 Coríntios 13.5:
Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.

Também escreveu em Gálatas 6.3-4:
Porque se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana.
Mas prove cada um o seu labor, e então terá motivo de gloriar-se unicamente em si, e não em outro.

Paulo exorta-os a considerar a possibilidade da reprovação, pois caso sejam reprovados eles perecerão eternamente mesmos sendo membros de uma igreja local. A reprovação conduz ao endurecimento do coração, o endurecimento a morte espiritual.
Declínio espiritual é caracterizado por falta de oração, desobediência ao claro ensino das Escrituras, não frequência a igreja e isolar-se dos outros crentes.

No século XVIII, o teólogo Jonathan Edwards chegou a conclusão de que “prova máxima da verdadeira conversão é o que ele chamou de “afeições santas”, ou seja, um zelo pelas coisas santas e um desejo de Deus e da santidade pessoal”.
Segundo Edwards, a verdadeira salvação sempre produz uma constante mudança de natureza no verdadeiro convertido. Ele escreveu: “Nunca se deve desfrutar da certeza com base em uma experiência do passado. É necessária a obra presente e contínua do Espírito Santo [...], dando certeza”.
O apóstolo João, como os escritores do Novo Testamento, se preocupou sobre a questão da verdadeira conversão. Ele dedicou sua primeira Carta ao assunto, afirmando seu tema no final:
Estas coisas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o Nome do Filho de Deus.

Nesta Carta de João encontramos uma série de testes que determinam se temos realmente a vida eterna, ou seja, se somos realmente salvos.

1. Você desfruta de comunhão com Cristo e com o Pai?
O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo (1Jo 1.3).

É característicos dos incrédulos odiar a Cristo Jesus.
Nosso Senhor disse:
Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a Mim (Jo 15.18).
Quem odeia, odeia também a Meu Pai (Jo 15.23).

É característico de todo verdadeiro cristão amar a Cristo e o Pai.
Lemos em 1 João 5.1-2:
Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que Dele é nascido.

Você ama a Jesus acima de tudo e de todos?
Mateus 10.37-39:
Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a Mim não é digno de Mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a Mim não é digno de Mim;
E quem não toma a sua cruz, e vem após Mim não é digno de Mim.
Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por Minha causa achá-la-á.

Lucas 14.26:
Se alguém vem a Mim, e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda a sua própria vida, não pode ser Meu discípulo.

Lucas 10.27:
A isto ele respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento [...].

Cristo Jesus nosso maior tesouro e deleite
Se eu amo a Cristo por causa de alguma coisa (bens, diversão e etc.,) não estou amando-o de verdadeiramente. Ninguém pode amá-Lo verdadeiramente mediado por qualquer coisa. Sendo assim, amor a Cristo por causa do que Ele pode me oferecer e não por causa de Quem Ele é.

Agostinho
“Fizeste-nos para Ti, e inquieto está nosso coração, enquanto não repousa em Ti”[1].
Aquele que tem Deus é feliz. Não porque Deus dá saúde, prosperidade e propriedade, mas porque Deus é o lugar de descanso da nossa alma. Tornar isso conhecido e experimentado por meio de Jesus Cristo é o alvo do evangelismo e das missões mundiais.
“Aquele que Ti ama junto com outra coisa, ama-Te mui pouco; pois não ama tal coisa por amor de Ti”.
Nos salmos Deus é o bem mais precioso e o maior deleite dos salmistas (cf. Sl 34.8; 84.2; 42.1,2).

Onde está o nosso tesouro aí estará o nosso coração (cf. Mt 6.19-21). Pergunte ao homem o que ele ama e não o que ele faz para conhecê-lo. Ao jovem rico faltava-lhe um tesouro no céu (cf. Mc 10.21).
O alvo de Paulo deve ser o nosso alvo (cf. Fp 3.7-14)

O que é esta comunhão com Cristo?
Paulo a descreveu com as seguintes palavras:
Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo;
Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo se entregou por mim (Gl 2.19-20).

O mundo só me encanta quando Cristo não vive em mim; quando não vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo se entregou por mim. Paulo também salientou:
Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo (Gl 6.14).

2. Você é sensível ao pecado?
Ora, a mensagem que, da parte Dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há Nele treva nenhuma.
Se dissermos que não mantemos comunhão com Ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.
Se, porém, andarmos na luz, como Ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo pecado (1Jo 1.5-7).

Luz e trevas não coexistem!
 É característico dos incrédulos para os pecados em suas vidas.
Os cristãos, por outro lado andam na luz, como Ele está na luz (v.7). Nós andamos em um caminho virtuoso e, além disso, confessamos os nosso pecados (v.9).
Os verdadeiros cristãos têm uma noção correta do pecado. Sabem que se quiserem ter um relacionamento com Deus, eles têm de ser santos. Quando o pecado ocorre em suas vidas, eles sabem que têm de confessá-lo.
Os verdadeiros cristãos percebem que não devem pecar. Mas, quando pecam, eles sabem a quem recorrer – Jesus Cristo, o Advogado do cristão (1Jo 2.1-2).
A pessoa realmente salva é sensível a realidade do pecado em sua vida (Rm 7.14-25).
Se você está lutando diariamente contra o pecado é sinal de que você nasceu de novo, afirma John Owen.

3. Você obedece a Palavra de Deus?
Temos uma declaração clara em 1 João 2.3-6:
Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os Seus mandamentos.
Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso, e Nele não está a verdade.
Aquele, entretanto, que guarda a Sua Palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos Nele:
Aquele que diz que permanece Nele, esse deve também andar assim como Ele andou.

Você quer saber como pode dizer se é um verdadeiro cristão? Não é pelo sentimento, mas pela obediência.
Se você obedece a Palavra de Deus é sinal de que você ama a Cristo:
Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos (Jo 14.15).
Se guardardes os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor; assim como também Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai e no Seu amor permaneço (Jo 15.14).

4. Você rejeita este mundo perverso?
Leiamos 1 João 2.15-17.

5. Você espera ansiosamente a volta de Cristo?
Leiamos um grandioso texto em 1 João 3.1-3.


Soli Deo Gloria!



[1] Confissões, Livro I – 15. Op. Cit.,

Nenhum comentário:

Postar um comentário