O que é um discípulo
de Jesus?
Leitura Seleta: Lucas
14.25-33.
Introdução: Quando Jesus disse isto
estava em caminho a Jerusalém. Sabia que ia em direção da cruz; mas as
multidões que estavam com ele pensavam que ia a caminho de um império. Por esta
razão falou assim. Na forma mais vívida possível disse que o homem que o
seguisse não obteria poderes nem glória terrestres, mas sim devia estar
disposto a ser fiel até o sacrifício das coisas mais apreciadas da vida, e a
sofrer a agonia de um homem sobre a cruz.
Não devemos
tomar as palavras de Jesus literalmente, em forma fria e sem imaginação. A
linguagem oriental é sempre tão vívida como pode ser a mente humana. Quando
Jesus nos diz que devemos odiar a nossos seres mais queridos, não o diz em
sentido literal. Quer dizer que nenhum amor da vida pode ser comparado com o
que devemos a Ele (William Barclay).
Acompanhar Jesus não significa ser
discípulo de Jesus (v.25).
John MacArthur escreveu: “O objetivo de
Cristo não era reunir multidões contemplativas, mas fazer discípulos
verdadeiros”.
As pessoas
querem seguir a Jesus porque Ele é popular!
As pessoas
gostam de se identificarem com os famosos. Estas pessoas se aproximar por causa
da fama.
As pessoas
querem seguir a Jesus por causa do que Ele pode oferecer!
Grandes
multidões seguiam a Jesus por causa da multiplicação dos pães. Ou seja, elas
procuram alívios de suas aflições e necessidades.
1. Um discípulo é aquele que tem um
profundo e exclusivo amor pelo Senhor Jesus (Lc 14.26).
Ele diz às
pessoas que a devoção a Ele deve ser tão completa e sincera que nem a lealdade
aos pais e outros membros da família devem ser interpostas.
O que aborreceu
muitas pessoas é a palavra “ódio” que Jesus usa aqui. O Mestre realmente quis
dizer que o verdadeiro discípulo deveria sentir desgosto, odiar, odiar, odiar o
pai e a mãe, sua esposa e filhos, seus irmãos e irmãs?
Uma boa regra a
seguir é sempre esta: “Deixe a Escritura ser sua própria intérprete”.
Você deve juntar
as duas passagens paralelas.
Comparação de Mateus 10.37 com Lucas 14.26.
Mateus 10.37 O que ama pai ou mãe mais
do que eu não é digno de mim; Aquele que ama filho ou filha mais do que eu não
é digno de mim.
Lucas 14.26 Se alguém vem a mim e não
odeia seu pai, mãe e esposa e filhos e irmãos e irmãs ... ele não pode ser meu
discípulo.
Portanto, é
claro que a sensação de odiar na passagem de Lucas é amar menos. Em todas as
coisas Cristo deve sempre ter a preeminência (Cl 1.18).
2. Um discípulo é aquele que avalia o custo
de tomar a cruz e seguir a Jesus (Lc 14.27-32).
Em outras
palavras, um discípulo sabe o que estar fazendo. Ele não segue a Jesus por
meras emoções momentâneas. Ele realmente conhece e segue. Sabe o que está
fazendo e para onde vai.
John MacArthur escreveu: “Ele nunca
adaptou Sua mensagem às preferências da maioria, mas sempre declarou
abertamente o alto custo do discipulado”.
3. Um discípulo é aquele que renuncia a
tudo quanto tem (Lc 14.33).
Esse é o
versículo mais impopular da Bíblia! E talvez o versículo que mais recebe distorção
dos pregadores.
4. Um discípulo insípido para nada mais
presta (Lc 14.34-35).
Jesus enfatizou
que Seus seguidores deveriam ser devidamente dedicados a Ele. Eles não deveriam
ser apenas discípulos nominais. Eles devem ser sal genuíno, sal que não perdeu
seu sabor.
O que Jesus diz
aqui é o seguinte: quando uma coisa perde sua qualidade essencial, e deixa de
cumprir a tarefa essencial para a qual foi criada, torna-se inútil e não serve
mais que para ser desprezada. Nesta passagem Jesus utiliza o sal como um
símbolo da vida cristã.
Quais são, pois,
suas qualidades essenciais? Na Palestina o sal tinha três usos característicos.
(1) Utilizava-se para preservar.
O sal é um dos
primeiros elementos utilizados para conservar. Os gregos estavam acostumados a
dizer que o sal podia pôr uma alma nova nas coisas mortas. Sem sal o objeto se
apodrecia e estragava; com sal conservava sua frescura. Isto deve significar
que o verdadeiro cristianismo deve atuar como um preservativo contra a
corrupção deste mundo.
(2) O sal se utilizava para amadurecer.
A comida sem sal
pode ser repugnantemente insípida. O cristão, pois, deve ser o homem que dê
sabor à vida. O cristianismo que atua como uma sombra de tristeza e um pano
úmido não é verdadeiro cristianismo. O cristão é o homem que, por sua coragem,
sua esperança, sua alegria e sua bondade dá um novo sabor à vida.
(3) O sal era utilizado como abono.
Era usado para
fazer mais fácil o crescimento das plantas boas. O cristão deve ser tal que
permita que seja mais fácil às pessoas serem boa e mais difícil serem más.
Soli
Deo Gloria!