Movimento dos desigrejados não surgiu da
Bíblia!
O movimento dos desigrejados não surgiu da
Bíblia, mas da conveniência de alguns! Não é um movimento (como muitos outros
do passado) que surgiu da leitura e compreensão dos textos bíblicos. Esse
movimento não surgiu de um estudo detido das Escrituras, mas do capricho de
certas pessoas decepcionadas com as denominações. Esse movimento não é produto
da obra do Espírito Santo, mas consequência de uma sociedade “líquida” (para
citar Sigmund Bauman), sem solidez, sem fundamentos, sem compromissos fundamentais
e avessos às autoridades!
A mudança de Agostinho de Hipona se deu pela leitura do texto de Romanos
13.13-14.
O movimento dos valdenses surgiu da sede que Pedro Valdo tinha para que o povo
tivesse acesso a Palavra de Deus.
A reforma protestante surgiu da análise de Martinho Lutero do texto de Romanos
1.17.
O movimento holiness (santidade) surgiu
quando o grande John Wesley foi
impactado pela leitura que os cristãos morávios faziam do prefácio do
comentário de Romanos escrito por Lutero.
O movimento pentecostal surgiu sob os
auspícios de estudos do Livro de Atos dos Apóstolos. Charles Fox Paham e alguns alunos entenderam que a experiência
registrada no livro de Atos sobre o “batismo com Espírito Santo” não era mero
registro histórico, mas normativo para todos os que creem.
Porém, o movimento dos desigrejados surgiu do
que chamo de experiências decepcionantes e utópicas. Boa parte de seus proponentes
são pessoas que se decepcionaram com a instituição, a organização, a
denominação. Muitos deles tiveram uma mentalidade utópica sobre a realidade das
denominações quando vieram congregar que por fim foi estilhaçada quando
contemplaram as falhas, os pecados, os escândalos e etc., dos líderes e dos
membros. Tempos atrás o teólogo J. I.
Packer tinha chamado este grupo de desviados
descontentes. Assim ele descreveu:
[...] desviados descontentes [são] os feridos
e os desistentes do moderno movimento evangélico [particularmente incluo: os
movimentos de campanhas com suas promessas utópicas; neopentecostalismo;
teologia da prosperidade e CIA], muitos dos quais agora voltam-se contra o
mesmo a fim de denunciá-lo como uma perversão neurótica do Cristianismo[1].
Ele então indaga: “Quem são eles?”. O Dr. Packer continua:
São pessoas
que, no passado, viam-se como evangélicos, mas que acabaram desiludidos com o
ponto de vista evangélico, voltando-lhe as costas e sentindo que o mesmo os
enganara. Alguns abandonaram [as denominações locais] porque tinham sido levadas
a esperar que, como crentes, eles desfrutariam de saúde, riquezas materiais, circunstâncias
sem perturbações, imunidades aos problemas de relacionamento, traições,
fracassos e de equívocos nas suas decisões – em suma, um mar de rosas de
facilidades, que os levaria felizes ao céu. Mas essas grandiosas expectações,
com o tempo, foram refutadas pelos acontecimentos. Magoadas e irados, por
sentirem-se traídos em sua confiança, agora acusam o evangelicalismo que
conheceram de haver falhado e de havê-los enganado; assim, ressentidos,
desistem; e é pela misericórdia que não acusam e abandonam o próprio Deus[2].
Um antídoto para isso é juntos lutarmos por
uma igreja mais bíblica, santa, corretiva, realista, disciplinada,
evangelística e terapêutica para sarar os decepcionados e feridos.
[1] PACKER, James I. Entre
os Gigantes de Deus: Uma visão puritana da vida cristã, p.30. São Paulo,
SP, Brasil: Editora Fiel, 1996.
[2] PACKER, 1996, p.30.
Parabéns guerreiro continua nesta fosa. profeta de Deus
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