PREGADOR
“PLACA DE SINALIZAÇÃO” E PREGADOR “GUIA DE MUSEU”
Vou usar estas analogias para compor
certas verdades sobre dois tipos de pregadores. Aqui, vemos o pregador “placa
de sinalização”. Esses tais como as placas estão cheios de informações, e até informações
precisas, claras e bastante interessantes, no entanto sem vida, sem graça e etc.
Assim, pode-se detectar muitos pregadores hoje, ortodoxos, mas sem ânimo, sem
vida, sem entusiasmo, sem graça, sem unção, sem aquele poder da demonstração do
Espírito. Como as placas eles exibem as verdades, porém as verdades não
banhadas pelo óleo do Espírito Santo. Dedicam-se ao estudo, mas não buscam a
vitalidade que só o Espirito Santo pode dá. Arrisco-me a dizer que a Bíblia só
é suficiente se tiver banhada pelo óleo do Espírito Santo. Caso contrário,
teremos apenas somente placas de sinalizações. É claro, que tais placas têm
suas utilidades, mas, por favor, entenda meu ponto da analogia. Todos sabem que
não devemos levar a analogia ao extremo.
Por outro, lado vejo aqueles
pregadores “guia de museu” ou “guia turísticos”. Esse têm conhecimento, sabem
sinalizar bem e falam com propriedade e acima de tudo eles dão vida, por assim
dizer, às peças do museu ou àqueles pontos turísticos (claro que há certos
guias desarticulados, imprecisos e sem graça nenhuma). O guia é mais importante
ainda quando as pessoas não tem muitas informações sobre os locais ou os
objetos. Falo isso por experiência própria. Certa ocasião estive na Wesley
House (Casa de Wesley) em Londres, Inglaterra, e tive o privilégio de ser
conduzido pela casa deste grande pregador por um senhor, diácono da igreja que ficava
ao lado, e confesso que ele deu vida ao ambiente. Ele falou detalhes sobre a
biblioteca de Wesley e outras coisas. Mas o que me chamou a atenção foi seu
quarto de oração, o guia nos falou certas coisas que deu vida aquele ambiente. E,
confesso, naquele momento fui transportado para aquela época memorável e senti
algo extraordinário. Olhei para os pastores que estavam comigo e eles também
estavam como que tomados por algo sobrenatural. Deixamos o guia prosseguir e
ficamos mais um pouco no quarto de oração e nos ajoelhamos com lágrimas nos
olhos e uma poderosa presença de Deus se manifestou que todos nós, sem falar
uma palavra um ao outro, começamos a chorar e a orar profusamente. Que experiência
gloriosa! Você notou o que quero dizer quando falo de um pregador ser um “guia
de museu ou guia turístico”? Os guias dão vida! Principalmente aqueles que
falam com emoção. Eles fazem você ser transportado para aquela história. Foi isso
que aquele bendito diácono da igreja de John Wesley fez. Ele era instruído, ele
nos informou, mas também nos impactou dando vida aquele “velho” quarto de
oração. É isso que precisamos hoje, pregadores que dão vida ao texto e não nos
transmita meras informações. Essa vida só é possível quando o pregador é cheio
do Espírito Santo, quando eles são banhados com o óleo do Espírito, quando eles
se dedicam a buscar o orvalho do céu sobre os seus sermões. Nós já sabemos que
sermões mortos matam. Sermão sem fogo é gélido. Sermão sem vida só mantém sua
forma e estrutura. Nós precisamos de pregadores que como os guia levem as
pessoas a entender, mas também a sentir as verdades do evangelho.
Um pregador eficaz fará isso por seus
ouvintes!
Há muitos pregadores que não se
envolver com a mensagem que pregam. Parecem mais placas de sinalizações. Eles têm
as informações, mas sem vida, sem lágrimas, sem emoção. São até bem “bonitinhos”,
polidos, mas não tem vida. Mantêm suas formas, posições e estruturas, mas não
têm vida.
Mas o pregador “guia de museu”,
gesticula, aponta, fala baixo e alto, às vezes chora, se emociona, curva a cabeça
em reverência ao que está falando, dá aquela pausa, pois sente a grandeza da mensagem
que transmite. Ele dá vida, pois a mesma flui por ele sob os auspício da unção do
Espírito Santo.
O pregador deve realizar o ministério
com algum nível de entusiasmo. Gerald
Kennedy, um popular líder metodista da última geração, escreveu sobre um
bispo que visitou a igreja de um de seus jovens pastores e o ouviu
falar. Depois, sentaram-se juntos no escritório do pastor. "Vou deixar
você descansar", disse o bispo. "Você deve estar cansado depois
de pregar."
“Não”, respondeu o pastor, “nunca me
canso quando prego”.
O bispo respondeu: “Filho, quando um
homem prega, alguém se cansa.”.
O cansaço depois de uma mensagem não
garante que a pregação tenha sido eficaz, mas se o pregador envolver força
emocional no “parto”, ele provavelmente se sentirá emocionalmente esgotado
quando terminar.
Que Deus nos ajude neste preciosa
tarefa ministerial a sentir as “dores de parto” da intercessão em prol da graça
e unção do Espírito Santo!
IVAN TEIXEIRA.
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