A igreja contemporânea sofre da dor da
memória que resultou em amputação e ausência pneumatológica na homilética,
noutras palavras, os pregadores e as igrejas atuais esqueceram-se ou estão
negligenciando na arte da pregação a capacitação do Espírito Santo. De
fato, o Espírito Santo foi rebaixado ao status de enteado da Trindade,
especialmente na pregação. Uma pletora de pregadores famosos se junta a um
coro de acusação eclesiástica sobre a igreja por demarcar a importância da obra
do Espírito Santo na vida da igreja. James
Forbes em seu livro de 1989, The
Holy Spirit and Preaching = O Espírito
Santo e Pregação, denuncia a igreja por ser “tímida do Espírito
Santo”. Stephen Olford em sua obra Spirit-Anointed Expository Preaching = Pregação
Expositiva Ungida pelo Espírito diz que o pecado do Antigo Testamento foi a
rejeição de Deus Pai, o pecado do Novo Testamento foi uma rejeição de Deus o
Filho, e o pecado da igreja contemporânea é a rejeição de Deus o Espírito.
C.H.
Dodd
em seu trabalho divisório em 1936 The
Apostolic Preaching and Its Development = A Pregação Apostólica e Seu
Desenvolvimento lista seis elementos do kerygma, a mensagem do
evangelho dos primeiros apóstolos. O quinto elemento é metanoia – O
arrependimento acompanhado pelo Espírito Santo, como evidenciado em Atos
2:38:
“Arrependam-se e sejam batizados, cada um de vocês, em nome de Jesus Cristo,
para o perdão dos seus pecados. E você receberá o dom do Espírito Santo.”.
O profeta eclesiástico A. W. Tozer
supôs que se Deus decidisse tirar o Espírito Santo da igreja, a igreja depois
de vinte e cinco anos ainda estaria fazendo a mesma coisa e nem mesmo notaria a
diferença!
O pastor Greg Heisler em seu livro Spirit-Led
Preaching: The Holy Spirit’s Role in Sermon
Preparation and Delivery =
Pregação Conduzida pelo Espírito: O Papel do Espírito Santo na Preparação e
Entrega do Sermão observou precisamente que “Mesmo Jesus, que tinha o
Espírito Santo sem medida e é a face humana de Deus – Deus com pele, representando
Deus sem pele – que enviaria o Espírito Santo para ser Deus em nossa pele,
disse em seu sermão inaugural em Nazaré: Espírito do Senhor está sobre mim,
porque Ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres” (Lucas
4:18). Se
Jesus, o Filho de Deus, o infinito, o remetente do Espírito Santo para a igreja
no dia de Pentecostes, declarou que o Espírito do Senhor estava sobre Ele para
pregar, podemos nós pregadores, que são frágeis, fracos e embarcações finitas,
se contentar com qualquer coisa menos? Ver a obra de Deus demonstrada em
nossa pregação exige o poder interior do Espírito Santo”.
Uma pregação capacitada, ungida e
empoderada pelo Espírito Santo não deve fica nas cátedras de nossos seminários,
mas descer para os púlpitos para que os bancos possam ser alcançados. Esclarecendo
ponto: a pregação capacitada pelo Espírito Santo não deve ser apenas uma
matéria de nossas escolas teológicas, ela precisa estar presente na vida dos
pastores e pregadores que assumem o púlpito de nossas igrejas para que o povo
de Deus seja impactado com essa pregação empoderada pelo Espírito Santo.
O Dr. Heisler nos lembra que a pregação tem uma dupla responsabilidade: “é
a mão do pregador humano e a Mão de Deus através do Espírito Santo que torna a
pregação efetiva”. Isso reverbera a alegação de Agostinho de que “devemos
trabalhar como se tudo dependesse de nós e orar como se tudo dependesse de Deus”.
A pregação não deve ser um mero evento planejado e calculado realizado através
da mera preparação humana, mas um acontecimento inexplicável e sobrenatural
executado pelo poder do Espírito Santo através da ação humana do pregador.
O pregador pentecostal entende a definição
famosa de Philips Brooks: “Pregar é
trazer a verdade através da personalidade” (Lectures
on Preaching = Palestras sobre Pregação). Porém, nós pentecostal ampliamos
a ideia e dizemos: “a pregação é a verdade de Deus mediada e derramada através
da personalidade do pregador pelo poder do Espírito Santo”. John A. Broadus escreveu: “Depois de
toda a nossa preparação, geral e especial para a realização do culto público e
para a pregação, nossa dependência para o sucesso real está no Espírito de Deus”
(A Treatise on the Preparation and
Delivery of Sermons = Um Tratado Sobre a Pregação e Entrega de Sermões).
Pregadores, nós precisamos ser cristãos
cheios do Espírito Santo antes de sermos pregadores capacitados pelo Espírito.
IVAN TEIXEIRA.
Amém meu querido irmão,é uma grande verdade o que esta ocorrendo nas denominações nestes últimos anos. Grande parte dos pregadores deixaram de depender do Espírito Santo em seus sermões por isso a Igreja tem se tornado uma casa de shows ao invés de um hospital para as almas..Deus te abençoe muito meu querido irmão,tamo juntos.🙏🙏🙏👍👍❤️❤️
ResponderExcluirPastor Dimas José de Oliveira
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