Os eleitores
cristãos devem votar somente em candidatos cristãos? Essa é uma pergunta que
inquieta a muitos e que a resposta para outros é um retumbante SIM! No entanto,
creio que não devemos ter uma resposta apressada para esta importante questão.
Não é porque
um candidato se diz evangélico que somos obrigados a votar nele. Primeiro,
porque ele não está se candidatando a um cargo na igreja, mas sim um cargo
público que demanda projetos que beneficie não unicamente os cidadãos de uma
religião, e, sim, a todos os cidadãos da cidade, Estado ou país.
Particularmente
entendo a importância da influência cristã expressiva sobre o governo. No
entanto, isso não significa que os cristãos devem votar somente em cristãos
para cargos públicos, nem que cristãos devem, em geral, preferir um candidato
evangélico a outros candidatos.
Sei que esta
é uma situação controvérsia e de difícil compreensão. Porém, creio que se nos
esforçarmos entenderemos um pouco sobre isso.
Como cidadão
brasileiro eu entendo que mesmo tendo diferenças teológicas com certos
candidatos a cargos públicos posso concordar com suas propostas políticas e o
considerar devidamente qualificado como meu candidato.
O que vejo
atualmente em muitos lugares de nosso país são candidatos evangélicos sem
propostas alguma, sem conhecimento algum de políticas e muito menos
qualificados para os cargos públicos. Simplesmente são crentes e que, por
conseguinte se tornam fantoches de igrejas, Conselhos de Pastores e de
Convenções. Muitos deles não legislam ou trabalham em prol da população
brasileira, mas em prol dos interesses de muitos líderes evangélicos.
E o que me
irrita é que muitos candidatos evangélicos usam distorcidamente a Bíblia para
desesperadamente conseguir apoio dos crentes. Isso sem falar das manobras
prometidas caso ganhe a disputa eleitoral: oferecimento de cargos no gabinete,
certas verbas para interesses dos líderes e muitas outras coisas imorais. Muitos
deles usam o dinheiro público para manobras dos interesses de certos líderes
evangélicos. Dinheiro esse que deveria ser investido na cidade, na educação, na
saúde e etc. Aí fica um bando de sanguessugas se divertindo com o dinheiro
público! Falam dos descrentes, mas são piores do que eles!
Como cidadão
brasileiro eu posso apoiar um candidato cujas ideias sejam conservadoras mesmo
que ele não seja evangélico. Nenhuma religião é qualificação essencial ou
requisito para cargo público.
Por exemplo,
para um cristão, apoiar um candidato mórmon ou católico seria o mesmo que
apoiar um candidato judeu conservador ou até mesmo um espírita ou alguém que
não consideramos cristão, mas que vem de uma tradição cultural que acredita em
valores morais absolutos como a família, o casamento e coisas que se assemelham
a herança cultural judaico-cristão.
Outro
detalhe, eu não sou OBRIGADO a votar SOMENTE em candidatos que se consideram
cristãos, porque em momento algum a Bíblia afirma que é necessário um indivíduo
ser cristão evangélico para constituir-se em uma autoridade governamental
grandemente usada por Deus para Seus propósitos.
Deus usou o
faraó, rei do Egito (Gn 41.37-57).
Deus usou
Nabucodonosor, rei da Babilônia (Dn 2.46-49).
Deus usou
Ciro, rei da Pérsia (Ed 6.1-12).
Deus usou
Xerxes, rei da Pérsia (Et 6.10,11; 8.1,2,7-15).
Nesse ponto,
vale lembrar que todos estes reis tiveram uma forte influência de crentes
piedosos. Deus usou crentes que eram altos funcionários públicos para
influenciar nas decisões destes monarcas.
Na era do
Novo Testamento, Deus usou a paz imposta pelo Império Romano secular, a Pax Romana, para permitir que os
primeiros cristãos viajassem livre e desimpedidamente e propagassem o evangelho
por todo o mundo mediterrâneo.
A Bíblia diz
que devemos orar não apenas pelos cristãos que por acaso ocupam cargos
públicos, mas “pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que
tenhamos uma vida tranquila e serena, em toda a piedade e honestidade” (1Tm
2.2). Não apenas as autoridades cristãs, mas todas as autoridades que existem
são descritas como tendo sido “ordenadas por [Deus]” (Rm 13.1) e Paulo chama
toda autoridade civil de “serva de Deus para o teu bem” (Rm 13.4)[1].
A ORIENTAÇÃO É: os cristãos devem apoiar os candidatos que
melhor representem valores políticos e morais coerentes com o ensino bíblico,
não obstante suas origens religiosas ou suas convicções.
Nós também
devemos atentar para a ideologia que fundamenta os partidos políticos.
Entendemos que ideologias de esquerda que refletem o marxismo, o socialismo, o
leninismo e semelhantes não devem ter apoio dos cristãos. Partidos esses que
usam as pessoas como massas de manobras e as aprisionam em favores sociais
tornando-as em “idiotas úteis” para seus fins egoístas e maléficos. CUIDADO!
É claro que
não sou utópico pensando que exista aquele candidato perfeito. No entanto, nós
devemos procurar aquele que seja ou, que se ESFORCE a ser sincero, honesto, e
que abrace os valores morais, que valorize a família, e que tenha uma
perspectiva de crescimento para todo cidadão de bem; que não apoie a bandidagem,
que fortaleça nossos policiais, seja patriota e que não legisle para grupinhos
especiais (dividindo assim os brasileiros), mas que faça uma política em que
todo trabalhador seja honrado.
Particularmente,
até o momento, meu voto é para o Capitão Jair Bolsonaro!
IVAN
TEIXEIRA!
[1] GRUDEM, W. A. (2010). Politics according to the Bible: A
Comprehensive Resource for Understanding Modern Political Issues in Light of
Scripture (p.67). Grand Rapids, MI: Zondervan.
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