terça-feira, 17 de abril de 2018

TRÊS MOVIMENTOS ECLESIÁSTICOS CENTRAIS DOS ÚLTIMOS DIAS



 Acredito que seja oportuno falar sobre alguns movimentos que minam representação convencional da Igreja Invisível (ou seja, a igreja local), porque tem surgido durante os idos do século XX e início do século XXI alguns movimentos estranhos que são dignos de nossa atenção, estudo e crítica.
Pelo menos três movimentos gerais podem ser detectados no evangelicalismo moderno.


(1) User-Friendly Church: literalmente traduzida seria “igreja fácil de usar” ou comumente conhecidas como “Igrejas Amigáveis”.
Estas são igrejas locais que querem ganhar o mundo tornando-se amigas do mundo. A filosofia norteadora destas igrejas é o marketing e o pragmatismo. Popularmente podemos destacar as campanhas mirabolantes.



(2) Igreja Emergente: Esse é o nome popular de uma associação informal de comunidades cristãs, de alcance mundial, que deseja restaurar a igreja, alterar o modo de os cristãos interagirem com a sua cultura e remodelar a maneira de pensarmos a respeito da própria verdade[1]. O ataque deste movimento é contra a verdade do evangelho.
A verdade para este movimento é admitida como algo inerentemente obscura, indistinta e incerta. Tal como seu pai secular, o pós-modernismo, este movimento desacredita ou diz que é impossível termos uma verdade clara, definida e certa.


(3) Os Desigrejados: Pelo fracasso da igreja institucional e organizada, e dos movimentos envolvendo ela, e dos escândalos ocorridos nas igrejas locais, e ainda da profissionalização do ministério pastoral, e também da busca por diplomas teológicos reconhecidos pelo Estado (perda da identidade evangélica; entrada do liberalismo teológico e etc), e ainda mais pela infindável variedade de métodos de crescimento de igrejas que fracassaram, tudo isto tem levado muitos a se desencantarem com a igreja institucional e organizada.
Converso com muitas pessoas que não acreditam mais na igreja local – essa igreja que deveria ser um reflexo fiel da igreja invisível. Estas pessoas desencantadas com a igreja institucional e organizada formam um grupo que podemos chamar (muitos se autointitulam) de “os desigrejados”.
Alguns simplesmente abandonaram a igreja e a fé (estes são os desviados descontentes). Mas, outros, querem abandonar apenas a igreja e manter a fé (alguns se intitulam de “igrejas orgânicas”). Querem ser cristãos, mas sem ir à igreja institucional. Muitos destes estão apenas decepcionados com a igreja institucional e tentam continuar a ser cristãos sem pertencer ou frequentar nenhuma.
O extremo deste pensamento “anticonstitucional” é a descarada rejeição do padrão de institucionalização ou organização já presenciado no Novo Testamento. Ou seja, os cristãos do século 1, começaram a se organizar em muitos aspectos: liderança principal, liderança de apoio, grupos administrativos; organização nas coletas, inscrições das viúvas que recebiam ajudas das congregações; requisitos para se tornar um obreiro e muitos outros aspectos que configuram uma instituição. Então, rejeitam completamente a instituição da igreja local por haver nela erros é ir contra o Novo Testamento.
Estes são os três movimentos que tentam minar a vivacidade e missão da igreja do Senhor na face da terra. Diante destes movimentos a igreja tem enfrentado diversas crises. Aqui e acolá as crises se avizinham da igreja tentando drenar suas forças, descaracterizá-la, tirá-la do foco de sua missão e secularizá-la. E em muitos lugares, infelizmente, muitas instituições se tornaram tudo para todos, menos a igreja eleita de Deus por meio de Cristo.
Precisamos buscar uma reforma, um avivamento, uma revitalização e ajuda do Alto, mas nunca recuar ou fugir amedrontados. Tomemos como exemplos os grandes homens e mulheres do passado que buscavam a Deus para restauração de suas vidas e das igrejas locais.

Ivan Teixeira
Servo de Deus e de Sua Igreja!


[1] John MacArthur em A Guerra Pela Verdade, pg.9. Editora Fiel.

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