terça-feira, 18 de dezembro de 2018

A HERMENÊUTICA PARADIGMÁTICA DA MISSIOLOGIA PENTECOSTAL


A MISSIOLOGIA ESCATOLÓGICA DO MOVIMENTO PENTECOSTAL

A influência do pentecostalismo inicial na missiologia não pode ser ignorada. Essa obra do Espírito Santo no início do século XX, na vida e ministério de William Seymour e na congregação da Rua Azusa, Los Angeles, USA, são de grande importância nas missões e conquistas de vidas para Cristo no século XX. Tais influências missionárias estão na raiz de como os pentecostais se definem. A ênfase da congregação da Rua Azusa no evangelismo e na missão resultou em mais de vinte e cinco missionários enviados a mais de vinte e cinco nações em dois anos. Missões e evangelismo estão no centro do auto-entendimento do pentecostalismo. O pentecostalismo é um movimento significativo de reavivamento motivado pela crença de que toda pessoa deve e pode ser salva. Eles são ainda mais motivados pela crença de que o retorno de Jesus é iminente.
Essa postura e ênfase missiológica (testemunhar de Jesus) e escatológica (precisamos evangelizar por que Jesus voltará a qualquer momento!) são de suma importância para se compreender a hermenêutica paradigmática do pentecostalismo clássico.
Os pentecostais acreditam que o Espírito Santo tem sido derramado sobre a Igreja como um revestimento de poder para o discipulado de Cristo e dos apóstolos. Os pentecostais entendem que em Atos 1.8, Cristo declara que o enchimento com o Espírito Santo aconteceria para que houvesse testemunho d’Ele até aos confins da terra. Os pentecostais encorajam os crentes a serem cheios com o Espírito Santo para que a igreja possa evangelizar o mundo antes do retorno de Cristo. A orientação do movimento pentecostal em essência é cristológica. Para os pentecostais, o poder do Espírito Santo é dado para pregar a Cristo.
Nós pentecostais entendemos a importância de permanecer em “Jerusalém” esperando em oração e súplica o revestimento do Alto para nos tornar ousadas testemunhas de Jesus à todas as nações (cf. Lc 24.49; At 1.4-5,8). Os pentecostais entendem que o batismo com o Espírito Santo nos proporciona e nos introduz num âmbito espiritual de manifestações de dons para a edificação da igreja e ousadia para evangelizar os perdidos. Esse é um pressuposto paradigmático da hermenêutica pentecostal. Interpretamos que as experiências de revestimentos de poder desfrutadas pelos primeiros cristãos e que os tornaram fieis testemunhas de Jesus nos servem de paradigmas para nossa busca por experiências de poder ante o iminente retorno de Jesus Cristo. Cremos, como eles também criam, que Jesus pode voltar a qualquer momento. E por isso, em vez de ficar especulando sobre “tempos e estações”, nós devemos esperar nosso pentecostes, pois a promessa também diz respeito a nós que fomos chamados pelo Senhor. Nossa hermenêutica postula uma ponte entre os tempos apostólicos e nossos dias, pois Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente! Nessa linha elencamos o Quadrilátero da Hermenêutica Pentecostal, um Quadrilátero Hermenêutico que sem dúvidas é missiológico e escatológico, sem, contudo, negligenciar tanto uma soteriologia COMPLETA (pois, acreditamos na cura do corpo também) quanto uma eclesiologia poderosa (dons distribuídos pelo Espírito Santo à igreja)! Nesse Quadrante Hermenêutico afirmamos que: Jesus SALVA, Jesus CURA, Jesus BATIZA COM O ESPÍRITO SANTO e Jesus VOLTARÁ!
Aqui, concluo, é claro, dando uma pincelada, que o movimento pentecostal além de ser missiológico e escatológico é também soteriológico e eclesiológico em seu paradigma hermenêutico. Desenvolveremos oportunamente, querendo Deus!

IVAN TEIXEIRA.

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