Qualquer
pessoa que nega essa verdade é inimiga do Evangelho!
(Introdução
da visão de Santo Ireneu sobre a Divindade do Senhor Jesus)
Certos
hereges atualmente tentam manipular e omitir dados históricos quando afirmam
que a ideia de que Jesus é Deus foi uma postulação posterior no IV século com
Constantino e outros de Roma – já ouvimos muitos dizerem: “Trindade é coisa da
Igreja Romana e de Constantino” e etc.,. Esses hereges dão um salto gigante e
manipulador em 200 anos iniciais de História da Igreja, ignorando vários Pais
da Igreja propositalmente, para enganar os incautos e desavisados com suas
afirmações esdrúxulas e heréticas.
Para
deixar claro a manipulação dos dados históricos pelos hereges atuais, citou Santo Ireneu, um dos grandes Pais
apologistas (defensores da Fé Bíblica) na defesa da plena Divindade do Verbo.
Santo Ireneu (Irineu) não era romano,
mas foi um bispo grego, teólogo e escritor, nascido em Esmirna(?) na Ásia Menor
(atual Turquia de hoje). Nasceu em 130 d.C., e morreu na atual cidade de Lyon,
na França, em 202 d.C., onde foi bispo. Foi discípulo de São Policarpo, que, por sua vez, conviveu diretamente com o
Apóstolo São João, o Evangelista. Santo Ireneu foi um dos grandes
defensores da fé evangélica, combateu assídua e corajosamente o gnosticismo e
os hereges como Valentim (100–160 d.C).
Para
vocês terem uma ideia do que o grande Santo
Ireneu combateu, nota-se que os valentinianos defendiam, por exemplo, que
havia um lugar de plenitude chamado PLEROMA,
que era habitado por seres divinos, os Éons. Um desses Éons teria criado o
mundo corruptível e mortal, o mundo visível, tal como o conhecemos. Pois bem,
Jesus Cristo, para os valentinianos, teria recebido, no momento de seu batismo
(quem lembra que certo pregador dos Gideões ensinou isso?), a infusão de outro
Éon, que teria um plano salvador para os homens. Nas palavras de Cristo
reproduzidas nos Evangelhos, esse Éon teria deixado as “pistas”, o “caminho”
para se conhecer o Pleroma, isto é, para se poder habitar o mundo da plenitude
dos seres perfeitos.
O
grande apologista destacou que o Verbo encarnou não numa pessoa qualquer, mas
numa natureza preparada e gerada pelo Espírito Santo. Pois, como disse Santo Ireneu: “[...] como poderia uma
criatura separada e infinitamente distanciada do Pai, sustentar o Verbo?”;
Desbancando os hereges gnósticos e os valentinianos, Santo Ireneu escreveu: “Como poderia uma criação exterior ao Pleroma
conter Aquele que contém todo o Pleroma?” (Adv. Haer. V, 18.1). Aqui Ireneu, no meu ver, faz eco as palavras
do apóstolo Paulo e do apóstolo João: Colossenses
1.19: “porque aprouve a Deus que n’Ele residisse toda a PLENITUDE (gr.
πλήρωμα)”;
João 1.16: “Porque todos nós temos
recebido da Sua PLENITUDE (gr. πληρώματος), e graça sobre graça”.
Jesus, o Cristo, meus irmãos não era um mero Éon do Pleroma, mas Aquele que contém TODO
o Pleroma da Divindade. Ele não é apenas
divino ou como alguns sorrateiramente dizem: “Filho de Deus [apenas]”, ou mesmo
uma fagulha do Pleroma, mas o próprio Deus-Pleroma. JESUS É DEUS EM SUA
PLENITUDE!
Santo
Ireneu identificou nos argumentos
valentinianos uma série de graves consequências. Uma delas foi a pressuposição
de duas divindades rivais, o criador do mundo corruptível e o salvador. Essa
posição dos gnósticos precisava ser refutada, segundo Ireneu, porque eram contrárias, por exemplo, ao dogma da Trindade,
que admite a coexistência de Três Pessoas na figura de UM SÓ DEUS, e também ao
dogma da Encarnação e da Ressurreição, que admite que o Ser Divino na Pessoa do
Verbo (Logos) encarnou no mundo perecível e abriu, neste mundo, a via da
redenção dos pecados.
Santo Ireneu afirmou a encarnação do
Verbo na carne humana da virgem Maria, Sua morte física e ressurreição corporal
no Seu tabernacular entre nós. Ensino negado pelos gnósticos de sua época, bem
como da época do apóstolo João (1João 5.6-12). Ele escreveu também que: “Assim
como Eva foi seduzida pela fala de anjo e afastou-se de Deus, transgredindo a Sua
Palavra, Maria recebeu a boa-nova pela boca de anjo e trouxe DEUS em seu seio,
obedecendo à sua palavra” (Adv. Haer. V, 19.1). Jesus é claramente Deus!
Santo Ireneu escreveu concordando que
Jesus era Deus citando o apóstolo João: “[...] Também João, o discípulo do
Senhor, afirma tudo isso, quando diz no seu Evangelho: “No princípio era o
Verbo, e o Verbo estava com Deus, e O VERBO ERA DEUS. No princípio, Ele estava
com Deus. Tudo foi feito por meio d’Ele e sem Ele nada foi feito” (Adv. Haer.
V, 18.2).
No
Volume V de sua grande obra Contra as
Heresias 18.3, Santo Ireneu
escreveu: “O verdadeiro Criador do mundo é o Verbo de Deus. Este é nosso Senhor,
que nos últimos tempos se fez homem, Ele que já estava no mundo e
invisivelmente sustenta todas as coisas criadas e está impresso em toda a
criação, como Verbo de Deus que tudo governa e dispõe; [...]”(Adv. Haer. V,
18.3).
Concluo
com as claras palavras de Santo Ireneu
postulando que Jesus não é meramente um filho de Deus, mas Deus: “Esta vinda
visível do Verbo, Davi a anunciou, quando disse: “O nosso DEUS virá de maneira
manifesta e não se calará.” E depois anunciou o julgamento que ELE traria, dizendo:
“O fogo arderá diante d’Ele e à Sua volta se lançará a tempestade. Chamará os
céus do alto e a terra para julgar o seu povo” (cf. Salmo 50.2,3,4) (Adv. Haer.
V, 18.3).
Claramente
para o grande bispo Ireneu Jesus era Deus, o Verbo que esteve entre nós por
meio da Virgem que nela o Espírito Santo gerou a humanidade da encarnação. Ele
não recebeu nenhum Éon no batismo. O Verbo não tinha nenhuma fagulha do
Pleroma, mas Ele é o Pleroma da Deidade. Negar a Divindade de Jesus Cristo é
negar uma das doutrinas pelas quais o Cristianismo está de pé ou caído.
Como
cristão rejeito peremptoriamente qualquer ensino que distorça a verdade
fundamental de que Jesus é Deus. Tenho como inimigos do evangelho qualquer
pastor, bispo, presbítero e seja lá o que for que nega o claro ensino da Bíblia
sobre a plena Divindade do meu Senhor Jesus!
Só
Deus é digno de toda adoração! Jesus é o Cordeiro digno de toda adoração nos
céus (Apocalipse 5)!
Ivan Teixeira
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