quarta-feira, 31 de março de 2021

Escatologia derrotista e futurismo pessimista?

 

Particularmente é difícil acreditar que estudiosos como Harold R. Eberle & Martin Trench (preteristas parciais) acusem descaradamente os que creem na doutrina do arrebatamento iminente de derrotismo, negligência, pessimismo, indiferença social e etc., afirmando que “Precisamos de uma mudança que conduza a Igreja de uma mentalidade de arrebatamento a uma teologia de colheita”. Tal crítica é por demais infundada. Por que devemos mudar a mentalidade de arrebatamento? Ela não é bíblica? Claro que é! É difícil acreditar nas palavras encontrada no livro: “Os cristãos que estão focados na colheita não têm realmente muito tempo para se preocupar com o arrebatamento. Seu objetivo é levar tantas pessoas quanto possível para o Reino nessa preparação para as bodas [olá, não existe bodas sem arrebatamento da igreja!]. Uma escatologia vitoriosa deixará a mentalidade de arrebatamento para trás e colocará a obra da colheita diante de você”[1]. Como assim? Não devo me preocupara com o arrebatamento da Igreja? Os autores tentam nos fazer acreditar que a “mentalidade de colheita” é incompatível com a “mentalidade de arrebatamento”! Isso é ridículo! Por exemplo, hoje o Movimento Pentecostal, mentalidade de arrebatamento pré-tribulacional, é a maior força missionária, principalmente no Sul Global. É fundamental sobre a nossa crença de um arrebatamento a qualquer momento que façamos missões hoje no poder do Espírito Santo, pois não sabemos a que horas virá o Senhor! É fundamental à crença na doutrina do arrebatamento da igreja que “vivamos no presente século, sensata, justa e piedosamente, enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo” (Tito 2.12, ARA e 13, NVI).

Com os autores eu afirmo altissonante que nós que acreditamos num arrebatamento a qualquer momento não somos uma “Igreja fracassada, que foge pela porta dos fundos enquanto o diabo entra com violência pela porta da frente”[2]. Pelo contrário, os pentecostais invadem até mesmo as periferias e os mais distantes lugares para destronar Satanás, expulsar demônios, impor as mãos sobre os enfermos e até a falar novas línguas em nome de Jesus Cristo!

A visão destes dois preteristas parciais sobre o dispensacionalismo pré-tribulacional é absurdamente incorreta, falsa e criadora de um espalho para eles mesmos esbofetear. Ridícula exposição destes dois teólogos!

Se eles analisassem o impacto do Movimento Pentecostal – cuja o pivô evangelístico e avivalista advém da crença na Vinda do Senhor pré-tribulacional –  nas vidas e na sociedade como um todo teriam uma abordagem diferente ou honesta e mais respeitosa. Eles deveriam entender a visão de vitória dos pentecostais, o vitorioso Cristo venceu e é poderoso para salvar. Os pentecostais creem que Jesus continua o mesmo ontem, hoje e eternamente, e por isso pregam que Ele continua curando e libertando as pessoas. Quantas vidas e famílias inteiras não foram salvas e ressocializadas? As igrejas pentecostais pré-tribulacionistas estão bem presentes nas periferias mais do que outras (poderia traçar uma dura crítica aqui a outras denominações, mas não o farei!). As pregações autenticamente pentecostais trazem impacto no ser humano demandando aos que creem uma vigilante santificação, bem como uma viva esperança no arrebatamento da Igreja. Isso não tem nada de derrotismo e pessimismo, pelo contrário, a escatologia pentecostal é triunfante, pois o Cristo glorificado continua fazendo milagres poderosos pelo Espírito Santo na Igreja e através dela no campo evangelístico e missional.

Acusar os pré-tribulacionistas e, consequentemente pentecostais que creem no arrebatamento da Igreja a qualquer momento de “escapismo” e “derrotismo” é ser bastante ignorante do impacto eclesial, santificante, missional e social que estas verdades causaram, estão causando e podem causar, mormente quando os pentecostais começarem a rejeitar ensinos alienígenas ao seu curriculum histórico e, concomitantemente a retomar no poder do Espírito os cinco pilares do querigma (pregação) e da disdakalia (ensino) pentecostal.

É claro que nós pentecostais também acreditamos que “a Igreja se levantará em vitória e poder antes da volta de Jesus Cristo”[3]. Isso tem sido verdade no Movimento Pentecostal, apesar dos seus devaneios!

Nossa escatologia também é vitoriosa, pois cremos que Cristo virá pessoalmente para implantar o Seu Reino com poder e glória. Cristo, não a Sua Igreja, diferentemente da crença dos autores, é quem irá estabelecer o Reino de Deus aqui na Terra (cf. Daniel 2.34,35,44,45; João 18.36; 2Timóteo 4.1; Apocalipse 2.26—28; 19.11–20.9). Nenhum cristão edifica o Reino de Deus, e nem a igreja implanta o Reino de Deus. É o Cristo que o faz! Posso dizer que uma “escatologia vitoriosa” é cristológica e não eclesiológica. Noutras palavras, a vitória escatológica da igreja encontra-se e resulta da cristologia, do Cristo vitorioso (Apocalipse 3.21). E, como pentecostal, creio e ensino que a vitória cristológica é evidenciada pneumaticamente na igreja. O Espírito de Deus sempre conduz a Igreja no cortejo triunfal de Cristo (2Coríntios 2.14).

Cristo é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores (19.16). A igreja é mais do que vencedora por meio daquele que a amou! (Romanos 8.37). Temos uma escatologia vitoriosa não porque a igreja irá implantar o Reino, ou rejeitar a “mentalidade de arrebatamento”, mas porque Cristo já venceu na cruz, foi assunto aos céus, está a destra do Pai, derramou o Espírito Santo e voltará outra vez pessoalmente para estabelecer o Seu reino aqui na terra, e, juntamente com Sua eleita, a igreja, Ele regerá as nações como o Rei dos reis e Senhor dos senhores com vara de ferro (Daniel 7.13,14,18,22,27; Apocalipse 2.26-28; 12.5; 19.15; 20.4). Isso é escatologia vitoriosa!

Como pentecostal subscrevo uma escatologia vitoriosa como cristológica em sua natureza (morte e ressurreição de Cristo), pneumática em sua realização (revestimento de poder missional) e eclesial em sua instrumentalidade (a igreja como instrumento do Espírito na implantação do Reino de Deus).

Nós pentecostais não adotamos uma escatologia derrotista, uma “mentalidade de arrebatamento” sem missões ou mesmo uma “visão pessimista do futuro” como afirmam os autores Eberle & Trench sobre aqueles que adotam a doutrina do arrebatamento da Igreja. Nós não negamos, juntamente com Paulo, que “os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados” (2Timóteo 3.13), e que nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis (3.1), e que ainda os homens serão mais “amigos dos prazeres que amigos de Deus” (v.4), e, afirmamos que nos últimos dias as pessoas “não suportarão a são doutrina” (4.3), todavia, nós também cremos que Deus nos últimos continua derramando o Seu Espírito sobre os Seus filhos e filhas para exercerem um ministério carismático e de poder testemunhal do Cristo que virá (Atos 2.17,18). Isso, senhores, não é escatologia pessimista e derrotista, mas realista, esperançosa e pneumática!

Assim é uma escatologia de um pentecostal pneumático!



[1] EBERLE, Harold R. & TRENCH, Martin. Escatologia Vitoriosa: Uma Visão Preterista Parcial, p.12. Brasília, DF, Brasil: Editora Chara, 2014.

[2] EBERLE, Harold R. & TRENCH, Martin. Escatologia Vitoriosa: Uma Visão Preterista Parcial, p.12. Brasília, DF, Brasil: Editora Chara, 2014. Essa frase vem de Cal Pierce no Prefácio, mas claramente reflete a ideia dos autores.

[3] EBERLE, Harold R. & TRENCH, Martin. Escatologia Vitoriosa: Uma Visão Preterista Parcial, p.11. Brasília, DF, Brasil: Editora Chara, 2014.

segunda-feira, 8 de março de 2021

MULHERES, ABRACEM O DOM DA FEMINILIDADE BÍBLICA


Em homenagem às mulheres da minha vida (mãe, esposa, filha, irmã, tias, primas e a todas as irmãs que oram por mim!; A todas as demais!).

O CENÁRIO!

Lamentavelmente, hoje em dia é completamente impopular e até um chamado a guerra defender a visão bíblica da feminilidade.  Isso não se passa apenas na cultura mundana, mas também no movimento evangélico brasileiro. No entanto, precisamos resgatar uma visão bíblica de mundo da feminilidade.

SÁBIAS PALAVRAS DE UMA MULHER CRISTÃ!

Para começar cito as penetrantes palavras e Elisabeth Elliot. Ela escreveu que a palavra “feminilidade”, já não se ouve com frequência. Tem se ouvido muito a palavra “feminista”. Tal palavra descreve um movimento antibíblico.

Alguns pensamentos que ela escreveu são dignos de nota. Ela coloca a “feminilidade” dentro de um contexto cristão.

Eu me encontrei muitas vezes na desconfortável posição de ter de atacar o óbvio e apoiar exemplos de feminilidade com relação a mulheres que quase se sentiam culpadas por serem femininas ou por serem mulheres. Lembro a você que a “feminilidade” não é maldição. Não é sequer uma banalidade. É um dom, um dom divino, para aceitar-se com as duas mãos e pelo qual agradecer profundamente a Deus, porque, lembre-se foi ideia de Deus [...].

Os dons de Deus são a masculinidade e a feminilidade dentro da raça humana, e jamais foram criados para ser motivo de qualquer competição entre eles. O filósofo russo Bergiath fez esta declaração: “A ideia da emancipação da mulher é baseada em uma profunda inimizade entre os sexos, em inveja e imitação”.

Quanto mais femininas formos, mais masculinos os homens serão e mais Deus será glorificado. Por isso digo a você, mulher: “Seja mulher. Seja apenas mulher. Seja uma verdadeira mulher em obediência a Deus”.

Sim, sua feminilidade é um dom de Deus, por isso abrace com as duas mãos e agradeça a Deus por ter sido criada por Ele para um propósito sublime e majestoso tanto na Criação quanto na Redenção. Benditas as mulheres!

A DECADÊNCIA!

A decadência da feminilidade começou no início dos anos 60, com a publicação do livro de Betty Friedan que defendia a ideia que mulheres fortes buscam o poder que determina o caminho para a auto-realização e a felicidade. Gloria Steinen perpetuou os ensinamentos de Friedan nos anos 70 e levou as ideias feministas para às mães e etc. Depois as ideias feministas se infiltraram no movimento evangélico. Hoje, lamentavelmente muitas mulheres nas igrejas têm substituído uma visão bíblica pela visão cultural e contemporânea da feminilidade. É triste, mas o movimento feminista tem crescido em nossas igrejas. Temos até Bíblias feministas que diluem muitos  textos bíblicos.

A VELHA SERPENTE!

No entanto, não foi nem Friendan nem Steinen que criaram a filosofia de que o poder provê auto-realização e felicidade; quem criou essa forma de pensamento foi Satanás, o maior inimigo das mulheres, ao sugerir essa mentira a Eva no Jardim do Éden (Gn 3.1-8) e a instigou a desafiar a ordem de Deus e abraçar suas próprias ideias para se tornar uma deusa.

O movimento feminista é uma deusa concebida pela filosofia de Satanás no Éden. Tal movimento tem trago grande danos nas igrejas evangélicas. Muitas mulheres em vez de obedecerem ao claro ensino das verdades bíblicas têm sucumbido ao canto da serpente para se tornarem as próprias deusas da história da humanidade. Para não dizer “as próprias deusas das igrejas: pastoras, apóstolas, bispas, papas e etc.” – (sei que isso vai levantar sobrancelhas, MAS NÃO ABRO MÃO DA VERDADE BÍBLICA SOBRE ESTES ASSUNTOS!).

Mulheres cristãs que desejam abraçar a feminilidade bíblica precisam entender as pressuposições de que Deus (1) a criou à Sua imagem (Gn 1.27) e (2) a projetou para cumprir funções específicas (Gn 2.18).

MULHER, PROMESSA DE DEUS!

A mulher foi a primeira promessa de Deus feita e cumprida. Após um período de nomeação dos animais e vendo que não encontrava “uma auxiliadora que lhe fosse idônea” (2.20), Deus cumpriu Sua promessa transformando a costela que tirara de Adão numa mulher (2.21,22).

As mulheres são frutos da promessa de Deus para o homem. Deus avaliou e viu que o homem não ficaria em bom estado só, pois o companheirismo, a comunhão e o amor recíproco entre iguais fazem parte da constituição da humanidade como criado a imagem e semelhança de Deus.

UM CHAMADO PASTORAL!

Conclamo as mulheres a se submeterem às Escrituras Sagradas!

Uma das características singulares da Bíblia é o modo que ela exalta as mulheres (O MOVIMENTO FEMINISTA DIMINUE AS MULHERES, TORNANDO-AS TOLAS E IMBECIS). Longe de diminuir ou desprezar as mulheres, a Escritura, muitas vezes, não poupa esforços para homenageá-las, enobrecer o seu papel na sociedade, família e não igreja, reconhecendo a importância de sua influência e exaltando as virtudes das mulheres que foram grandes exemplos de piedade.

As Escrituras estão repletas de orientações claras que instruem a mulher cristã a demonstrar sua feminilidade para que seja uma ajudadora idônea (Gn 2.18 – homens precisam disso!), exibindo graça (Pv 11.16), vivendo uma vida pura (1Pe 3.1,2), vestindo-se modestamente (1Tm 2.9; 1Pe 3.3), desenvolvendo “um espírito manso e tranquilo” (1Pe 3.4), submetendo-se a seu marido (Ef 5.22), e ensinando mulheres mais jovens (Tt 2.3-5). Provérbios 31.10-31 é uma passagem que apresenta um esboço literário completo da mulher, definindo o que é a feminilidade cristã.

Deus não mudou Sua opinião sobre as mulheres, Sua Palavra é eterna e tem autoridade no que revela. Essa Palavra é suficiente para que homens e mulheres encontrem a verdadeira identidade e estejam realizados na glorificação do bendito Criador que os fez segundo a Sua imagem e semelhança.


Que você seja bendita entre as mulheres!


IVAN TEIXEIRA

Minister Verbi Divini

Soli Deo Gloria!

sábado, 6 de março de 2021

NÃO TORNE A FRASE “PARA A GLÓRIA DE DEUS” NUM CLICHÊ VAZIO!

É triste observar como as pessoas usam a frase “para a glória de Deus” como desculpa para fazer coisas que realmente não santificam o Nome de Deus. Tal atitude se torna um escudo que usamos para proteger qualquer “coisa espiritual” que venhamos a fazer.

Conta-se que o grande pregador Charles Spurgeon dizia que fumava charutos para a honra e glória de Deus. Porém, Bramwell Booth, fundandor do Exército de Salvação, considerava suas palavras “uma desculpa irreverente e nada religiosa” que incentivava os jovens a usarem tabaco.

Lamentavelmente, vemos pessoas, teólogos, pregadores e certos professores de teologia reverberando este mesmo sentimento de Spurgeon e embotando o entendimento e discernimento da juventude que vive num mundo marcado pelo álcool, drogas e prostituição (Nas Escrituras estas práticas estão relacionadas e os profetas de Deus sempre chamavam o povo de Deus ao arrependimento. Uma coisa chama a outra!). Tal posição tem levado dezenas de pessoas a viver uma vida marcada pelo pecado com a desculpa de que o fazem para a glória de Deus. Muitos usam textos isolados, e.g., 1Co 10.31, para justificarem suas práticas. É perigoso psicologizar, racionalizar e desculpar o pecado, como também o é “glorificar” o pecado.

Pergunto-me se não estamos postulando um pretexto para driblar a consciência que nos acusa à luz da Palavra de Deus destes pecados com a frase: "Faço isso para a glória de Deus"? Corremos o perigo de "glorificar o pecado" Com a ideia errônea de pecar mais e mais para a glorificação da graça de Deus em Sua manifestação em nós. Isso é perigosíssimo e não honra ao Santo de Israel! 

Não é a toa que ouvimos e vemos pessoas que se dizem crentes elencando as seguintes proposições:

- Vou dançar carnaval para a glória de Deus!

- Vou ser modelo e expor meu corpo para a glória de Deus!

- Vou construir uma boate gospel para a glória de Deus! 

- Vou fazer uma tatuagem para a glória de Deus! 

- Sou homossexual para a glória de Deus!

- Vou me embriagar para a glória de Deus!

- Vou me prostituir para a glória de Deus, pois o que importa é o coração e meu sentimento para com Deus!

Isso parece no mínimo piada, mas é sério! Li num artigo de uma revista evangélica o testemunho de uma jovem que se dizia cristã e que ela usava seu corpo bonito para ganhar os jovens para Jesus. Sua tática era se prostituir com eles, pois estava escrito, segundo ela, que devemos oferecer nossos corpos como sacrifícios (uma obtusa distorção de Romanos 12!). Então, ela usava seu corpo para atrair os jovens para a igreja após se prostituir. Todavia, ela se esqueceu (ou ignorou) que o texto de Romanos 12 diz que o sacrifício do corpo é para Deus e não para os jovens ou para a prostituição.

Viver para a glória de Deus é ser santo!

Em Romanos 6, Paulo exorta-nos a viver em novidade de vida para a glória de Deus. Essa novidade de vida é resultado necessário de uma vida salva pela graça soberana de Deus. A graça de Deus não te conduz a desgraça do pecado, mas para uma vida de ação de graças por meio da santificação do Espírito e fé na verdade.

Paulo escreveu que devemos glorificar a Deus em nosso corpo, pois o corpo pertence a Ele: “Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1Co 6.20, ARA).

Nossos membros já não são instrumentos do pecado, mas sacrifícios vivos que oferecemos a Deus como ressurretos dentre os mortos e como instrumentos de justiça (cf. Rm 6.13).

Quando Paulo escreveu em 1ª Coríntios 10.31, ele não quis dizem que devemos nos embriagar e fumar ou se prostituir para a glória de Deus. Pelo contrário, notem que no contexto ele combate exatamente a embriaguez dos coríntios e suas participações em festas pagãs onde havia orgias de tudo que era jeito. Ele disse que você não pode beber o cálice do Senhor (a Ceia) e o cálice dos demônios (1Co 10.21).

Então, cuidado para não profanar o santo nome de Deus com um suposto conhecimento teológico que te dá sinal verde para você pecar!

Vamos santificar o Nome de Deus renunciando os prazeres deste mundo. Paulo escreveu em Tito 2.11-14:

Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens; educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a Si mesmo Se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade, e purificar para Si mesmo um povo exclusivamente Seu, zeloso de boas obras.

A graça pedagógica de Deus gera em nós a justiça de Cristo pelo Espírito de santificação que em nós habita!


IVAN TEIXEIRA

Minister Verbi Divini

terça-feira, 2 de março de 2021

TRISTEZA DE CORAÇÃO: Sentimento que Levou Neemias a Fazer uma Grande Obra

Leitura Seleta: Neemias 2.1-2

INTRODUÇÃO: Tenho lamentado profundamente a indiferença dos cristãos atuais. A apatia tem sido um sentimento predominante no meio dos cristãos. Refiro-me a apatia e indiferença para com Deus e Sua obra. Muitos cristãos são indiferentes e não têm nenhum compromisso com as igrejas locais e suas necessidades.


Aparentemente os que se dizem cristãos não têm mais sentimentos de empatia ou estão tão insensíveis às coisas de Deus que não mais se entristecem ao verem a miséria, a ruína e os destroços prevalecendo em nosso meio.

O cenário é estarrecedor!

A situação é desestimulante para qualquer pastor, pregador ou líder que preza pela honra de Deus e pela edificação do povo de Deus.

O Nome de Deus está sendo blasfemado e negado, e nós estamos de braços cruzados.

A casa de Deus que deveria ser um lugar de oração, ensino e adoração têm se tornado um covil de pecadores obstinados.

Em muitos lugares a igreja local têm se tornado um circo. A palavra de ordem é: Divirtam os bodes, negligenciem as ovelhas!

É duro dizer, mas somos conclamados pelos líderes populares a maquiar nossa tristeza com um falso sorriso. Como podemos manter um sorriso se a casa de Deus está em ruínas? Como devemos fingir que as coisas estão bem se as portas estão queimadas a fogo e os muros derribados? Como iremos festejar se as torres do discipulado cristão estão inconclusas?

Ó meus irmãos, os muros doutrinários estão derribados!

Os limites teológicos foram removidos!

As portas da liberdade cristã estão queimadas a fogo!

Lamentavelmente, as torres do discipulado estão inconclusas.

Há igrejas locais que estão se arrastando domingo após domingo. Outras já fecharam as portas, pois a ruína toma conta do cenário eclesiástico e ministerial.

Miséria, desprezo e ruínas são as palavras da vez!

Porém, o mais doloroso e terrível do que os muros derribados, portas queimadas, torres inconclusas tem sido a apatia dos que se dizem povo de Deus. Esses estão mais preocupados com seu ventre e seus pequenos reinados de sucesso do que com Deus e Sua obra.

Muitos dizem que servem a Deus, mas, como disse Paulo, o deus deles é o próprio ventre, visto que só pensam nas coisas terrenas (Fp 3.19: “O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia; visto que só se preocupam com as coisas terrenas”).

É triste, pois, muitos são mais “amigos dos prazeres que amigos de Deus” (2Tm 3.4).

Há pessoas que veem tal cenário no evangelicalismo atual e isso não os inquieta e nem os entristece.

Há pastores que não mais se importam com o bem-estar do rebanho de Deus.

Há muitos líderes que já não amam mais a obra de Deus. Eles não perguntam mais sobre o estado de Jerusalém como Neemias perguntou.

Muitos pastores já se tornaram profissionais do púlpito.

Também enxergamos cristãos que já não lhes interessa o bem-estar da casa de Deus.

Muitas igrejas locais estão em ruínas e as pessoas não ficam tristes com isso.

Enquanto muitos estão pulando e dançando na presença do rei, Neemias estava triste diante do rei por causa da miséria em que se encontrava a cidade de Deus.

O amor de Neemias por Deus e pelo Seu povo era tão grande que ao saber da miséria e desprezo do povo, dos muros derribados e das portas queimadas ele não acreditou nisso e assentou-se e chorou, e lamentou por alguns dias (1.4).

Aí lemos no capítulo dois que ele estava triste diante do rei (v.1). A tristeza era tão profunda que o rei disse: “Tem de ser tristeza do coração” (v.2).

A tristeza de Neemias não era superficial e nem falsa, era uma tristeza de coração. Essa tristeza vinha do profundo do seu ser. Todo seu ser estava envolto de tristeza porque ele não suportava ver a cidade e o povo de Deus em miséria e ruínas.

Tal situação o incomodava sobremaneira.

Neemias não teve aquele sentimento momentâneo que vemos em muitos durante as festas e congressos. Muitos prometem mil coisas durante o congresso de final de semana, porém quando a segunda-feira começa tudo ficou pra trás. Isso era puro emocionalismo banal.

A tristeza de Neemias era profunda e duradoura. Ele não ficou apenas um dia, mas ele chorou e lamentou por alguns dias. Era uma real e permanente preocupação com a honra de Deus e com o bem-estar do povo de Deus.

Um homem de Deus não consegue ficar alegre enquanto a restauração do povo de Deus não acontece. Paulo o expressou desta maneira: “meus filhos, por quem de novo sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós” (Gl 4.19).

É claro que Neemias era uma pessoa falha como nós, porém existem algumas verdades sobre ele que são dignas de nota. Tais verdades explicam a profunda tristeza que solapava o coração deste servo de Deus.

Creio que você que é homem e mulher de Deus se identificará com Neemias. Creio que você se entristece como Neemias se entristeceu ao contemplar o cenário do cristianismo brasileiro em termos gerais.

Ah, que o Deus de Neemias seja conosco e restaure o Seu povo e reconstrua nossos templos! 


IVAN TEIXEIRA

Minister Verbi Divini