Salvos
ou Salváveis?
Não creio que
Cristo pela Sua obra na cruz me tornou uma pessoa salvável ou mesmo me deu um
exemplo para seguir e, consequentemente por mim mesmo, alcançar e conquistar a
salvação de meus pecados e tornar-me livre da ira de Deus.
Tenho que
discordar das palavras do grande teólogo dispensacionalista Lewis Sperry Chafer: “A morte de Cristo
não salva verdadeiramente ou potencialmente; em vez disso, ela torna todos os
homens salváveis”. Ele também rejeita a visão de “que a obra de Cristo na cruz
foi eficaz por si só”.
Também não
posso crer, como disse Charles Finney,
que a expiação é simplesmente “um incentivo à virtude” e que a “expiação, por
si mesma, não assegura a salvação de ninguém”.
Não creio que
Cristo morreu para tornar possível, mas não certa e eficaz, a salvação de cada
pessoa. Não creio num Salvador que não salva verdadeira e eficazmente.
Infelizmente
vivemos numa crescente cultura da “terapia do sinta-se bem” e de uma “sociedade
consumista” que odeia a mensagem da cruz, e que rejeita o ensino de que Cristo
sofreu em lugar dos pecadores, lavando consigo a justa ira de Deus e nos
reconciliando com Ele pela Sua morte substitutiva e vicária. A salvação
torna-se subjetivista (dependendo de mim) e não objetivista (dependendo de
Cristo).
Em muito do
evangelicalismo hoje, a ênfase recai na pergunta: “O que Jesus faria?” em nosso
lugar em vez de “O que Jesus fez?” por nós. No primeiro, Jesus apenas provê um
modelo para imitarmos a fim de conquistarmos uma transformação pessoal e
social. No segundo, temos as BOAS NOVAS (evangelho) de que o Senhor Jesus
levou, como Cordeiro, sobre Si uma sentença que nós merecíamos.
A boa notícia
(evangelho) anunciada em todo lugar nas Escrituras é que Deus nos reconciliou
consigo mesmo por meio da morte de Cristo, que isso aconteceu na cruz com
Cristo derramando Seu sangue, e que isso assegurou um perdão de pecados
objetivo (leia: Is 53.10; Mt 26.28; Jo 1.29; 3.17; 4.42; 1Tm 1.15 e etc.,). ELE
NOS SALVOU!
“Quanto mais agora,
tendo sido reconciliados, seremos salvos por Sua vida!” (Rm 5.10). Todos por
quem Cristo morreu foram redimidos, reconciliados e salvos da ira de Deus. Por
meio da fé recebemos essa salvação que foi consumada no Gólgota. A realização
“única e de uma vez por todas” de Cristo em Sua obra expiatória, propiciatória
e redentora na cruz não deixa nada a ser completado pelos pecadores por meio de
suas próprias ações, quer sua decisão quer seu esforço – tudo é pela graça do
início ao fim! (cf. Ef 2.1-10; Rm 9.12-16).
Minha salvação
é completa em Cristo. Tudo de que preciso para salvação e santificação está em
Cristo (leia a Carta de Paulo aos Colossenses!).
Confesso
altissonantemente: NÃO SOU SALVÁVEL! NÃO ESTOU ME SALVANDO! EU FUI SALVO, ESTOU
SENDO SALVO E SEREI SALVO PELA COMPLETA E PERFEITA OBRA DO DEUS TRIÚNO!
Ivan Teixeira,
Minister Verbi Divini
SOLI DEO GLORIA!
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