O Que Está Acontecendo Com o
Movimento Pentecostal?
Numa era de
indefinições e pluralismo, onde as pessoas abraçam teologias híbridas,
doutrinas “Frankenstein”, pregações “colchas de retalhos”, liturgias esdrúxulas
e campanhas mirabolantes, sou pela graça de Deus, um cristão com convicções e
com uma teologia definida (procuro crescer a cada dia). Considero-me um teólogo
pentecostal-reformado. Creio e prego que o Senhor Jesus cura e distribui Seus
dons pelo Seu Santo Espírito; mas também abraço o que Charles Spurgeon
chamou de “doutrinas da graça”. Amo e me delicio na literatura Reformada e
Puritana, sempre me assento aos pés dos grandes teólogos e pastores do passado
e do presente para atinar e absorver as verdades teologais.
No momento,
tenho uma pergunta em mente sobre o meu contexto pentecostal: ATÉ QUE PONTO O
MOVIMENTO E AS IGREJAS PENTECOSTAIS SÃO REALMENTE PENTECOSTAIS, TANTO NO
SENTIDO BÍBLICO QUANTO HISTÓRICO?
Qualquer observador
atento compreenderá que as igrejas do movimento pentecostal clássico já não
são, em sua maioria, verdadeiramente pentecostais. Muitas, senão a maiorias das
igrejas locais pentecostais, sucumbiram ao canto da sereia do
neopentecostalismo e em especial se encantaram com o movimento carismático com
suas campanhas mirabolantes e seu golpismo de shows e loucuras gospel.
Dificilmente
você ver igrejas pentecostais falando sobre o derramamento do Espírito Santo e
a manifestação e buscas dos dons espirituais para a edificação da igreja. Hoje,
nas ditas igrejas pentecostais, há pouca ou nenhuma busca pelo derramamento do
Espírito Santo. Também há uma negligência da pregação pentecostal – sob a unção
do Espírito Santo. Há muitos palestrantes motivacionais e poucos pregadores do
Cristo crucificado.
Você não ouve
mais notícias de jovens buscando o poder de Atos 1.8 para se tornarem
grandes evangelistas e missionários para proclamar o Cristo ressuscitado aos
perdidos. Isso foi marcante na década de 90 quando eu era novo convertido.
A cruz de
Cristo ou o Cristo crucificado já está ausente de nossos cânticos e pregações,
em sua maioria.
Nossas
liturgias se tornaram palco de campanhas cada uma mais doida do que a outra –
sempre digo: não confundam a loucura dos evangélicos com a loucura do evangelho
que Paulo pregava.
A bendita
esperança do arrebatamento está ausente da maioria dos temas dos congressos
pentecostais. A volta de Cristo para implantar Seu reino milenar foi
substituído por pregações sobre o reino dos homens aqui e agora – nossa conquista,
nossa vitória, marcha pra declarar que tudo nos pertence!
O império dos
homens tem substituído o Reino de Deus.
As políticas
das Convenções tem substituído as diretrizes bíblicas para pastores e igrejas.
O que uma Convenção decide, mesmo que esteja contra o claro ensino das
Escrituras, é recebido com aplausos e honrarias.
Os bons
costumes (que não são maus em si, contanto que sejam moderados e que não sejam
confundidos com doutrina) foram substituídos pelos maus costumes de uma geração
sensual e promíscua.
As liturgias
pentecostais que eram marcadas pela oração, louvor a Deus e pregação poderosa
da Palavra de Deus, agora são marcadas por sal ungidos, água benta, passos para
a vitória, as muralhas de Jericó, as chaves da benção, o voo dos supermans
gospels e a lista é ENORME....
Como crente,
pregador e pastor (nessa ordem) luto a cada dia para ser um pentecostal no
sentido bíblico (Atos dos Apóstolos) e Histórico (1901 – Charles Fox Parham;
William J. Seymour e outros); mas também levo minha mente e coração para
sentar-me aos pés dos grandes mestres do passado: John Huss, Wycliffe, Knox, Calvino,
Lutero, Agostinho, Atanásio, Lloyd-Jones, Spurgeon e muitos outros; e do
presente: MacArthur, Piper, Sproul, Stott, Horton, Wiersbe, Packer, Barclay,
Frame, Grudem, Erickson e muitos outros.
MINHA PERGUNTA
PERSISTE: ATÉ QUE PONTO AS IGREJAS PENTECOSTAIS SÃO REALMENTE PENTECOSTAIS? ARRISCO-ME: ATÉ QUE PONTO SÃO BÍBLICAS?
Ivan Teixeira
Minister Verbi Divini
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