TOLERANDO OS IRMÃOS FRACOS, MAS NUNCA
OS FALSOS IRMÃOS!
A DOR DA FALSA AMIZADE!
Continuamos
vivendo num mundo em que as pessoas gostam de esconder sua verdadeira
identidade. Há pessoas que pensamos que estão do nosso lado por estarem andando
conosco, mas no final elas estavam seguindo outras pessoas e ideologias.
Muitos
dentre nós já não nos decepcionamos com aqueles que se diziam nossos amigos e
por fim, só andavam conosco, mas não eram realmente nossos amigos.
Hoje
encontramos pessoas machucadas por causas de falsas amizades. Talvez não haja
algo que mais nos solapa do que uma falsa amizade ou um falso irmão. É
decepcionante quando abrimos sinceramente nosso coração para pessoas que depois
estarão nos martirizando. Às vezes nos sentimos como Davi, sendo alvo de tiro
ao alvo pelos Saul’s da vida que tanto ajudamos. É cruel sabermos que aquele
que andava conosco objetivava nos massacrar.
Creio
que umas das coisas que mais machucou o coração de Paulo, não foram os açoites,
os naufrágios, a fome, ou os perigos, mas foram os falsos irmãos. Aqueles que
ele havia se dedicado. Aqueles por quem ele havia arriscado sua vida, abrido
seu coração, escancarado a porta de sua alma, dedicado seus esforços e tempo,
foram os que mais lhe golpearam.
Pelo
menos em duas ocasiões Paulo escreveu sobre esta grande tristeza:
2a Coríntios 11.26: em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos
de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre os gentios, em
perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos (grifo
nosso).
Aqui
Paulo está elencando as marcas de seu apostolado e nos capítulos 10, 11, 12 e 13 ele defende seu apostolado. E por
incrível que pareça e indo contra as ideologias reinantes de ministérios
atuais, sua vida e ministério foram marcados por muitos sofrimentos e perigos,
dentre eles “perigos entre falsos irmãos” (11.26).
A
palavra grega usada por Paulo em ambas às referências é yeudade/lfouj (pseudadélfhous),
ou seja, “alguém que professa ostentosamente ser um cristão, mas é destituído
de conhecimento e piedade cristã”[1].
A
outra ocasião encontra-se em:
Gálatas 2.4: E isto por causa dos falsos
irmãos que se entremeteram com o fim de espreitar a nossa liberdade que
temos em Cristo Jesus e reduzir-nos à escravidão (grifo nosso).
Os falsos
irmãos na Galácia “sugere que fingiram ser crentes para poderem entrar na
igreja, mas não eram na verdade cristãos verdadeiros”[2]. Estes falsos irmãos
pretendem obliterar nossa liberdade em Cristo Jesus. São pessoas que como
agentes secretos (“espreitar”) se intrometem em nossas vidas objetivando nos
tornar escravos de suas falsas ideias e falsas interpretações da Bíblia. São os
famosos legalistas, partícipes da turma dos fariseus.
Como Paulo,
devemos nem ainda por uma hora nos submeter a estes penetras, para que a
verdade do evangelho permaneça entre nós (Gl 2.5). Não devemos nos submeter e
tolerar falsos irmãos. Somos exortados pela Bíblia para tolerar e ajudar
pacientemente os irmãos FRACOS, mas NUNCA os irmãos FALSOS.
Com muita
propriedade o Bispo Lightfoot
destaca que as pessoas às quais Paulo fazia concessões eram irmãos fracos, não falsos[3]. Não devemos
sucumbir diante da pressão dos falsos irmãos e dos falsos líderes, mas ser
fiéis à mensagem do santo evangelho. Aos irmãos fracos e imaturos devemos ser
tolerantes e encaminhar os tais com toda sabedoria dada por Deus para que sejam
edificados e cresçam na graça e no conhecimento de Deus. Quantos aos falsos e
facciosos irmãos devemos repreendê-los uma ou duas vezes, mas se não se
arrependerem devemos evita-los (cf. Tt 3.10-11).
A Escritura
não nos ordena a tolerar falsos irmãos, mas aos irmãos fracos na fé. Isso deve
ser feito com toda longanimidade. Paulo
disse para Timóteo “prega a Palavra, insta, quer seja oportuno, quer não,
corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4.2, grifo nosso).
NÃO AOS
FALSOS IRMÃOS; SIM, AOS IRMÃOS FRACOS!
Ivan Teixeira
Minha
consciência é escrava da Palavra de Deus!
Nenhum comentário:
Postar um comentário