Santificação
Uma Vida Feliz que Glorifica a Deus
Leitura Seleta: Mateus
5.1–16.
Comentário:
A verdadeira felicidade é um reflexo de uma vida santa para com Deus. E uma
vida santa para com Deus o glorifica. Santificação é a base para uma verdadeira
felicidade, e uma vida verdadeiramente feliz glorifica a Deus. E Deus é mais
glorificado em nós e por nós quanto mais nos deleitamos Nele, e quando
procurando Nele somente a verdadeira felicidade. Pois, santificação é
deleitar-se na presença de Deus. A grande tragédia do mundo é procurar
satisfação naquilo que não pode satisfazê-lo. O erro dos homens não é a busca
pelo prazer e felicidade, mas a busca pelo prazer e felicidade carnais, em
coisas superficiais e efêmeras. Só a Pessoa de Deus pode nos satisfazer. Só
Deus pode nos fazer verdadeiramente felizes. Só procurando a glória de Deus é
que encontramos nossa verdadeira alegria. Pois, procurar nossa alegria em Deus
é procurar glorificar a Deus. E quanto mais você anseia satisfazer sua alegria
em Deus mais Deus será glorificado em sua satisfação Nele. E esta busca pela
verdadeira felicidade só poderá ser satisfeita na comunhão diária com Deus e, esta
comunhão diária com Deus só é alcançável pela santificação. As bem-aventuranças
é o caminho seguro para tal alvo. Nas bem-aventuranças temos a descrição dada
pelo nosso Senhor do caráter daqueles que são cidadãos do Reino de Deus. Nelas
(bem-aventuranças) temos o caráter de uma vida santa que anda em comunhão com o
Deus que é santo.
Todos
que são escolhidos por Jesus Cristo são chamados para viver uma vida de
santificação alegre que glorifique a Deus.
Então,
a Verdadeira Felicidade é produto de
uma vida santa que anela ter comunhão diária com um Deus santo visando sua
alegria e a glória de Deus somente. Santificação é um meio de nos manter em
comunhão diária com Deus aqui e agora e, por fim, nos levar a deleitar em Sua
eterna presença na eternidade. Pois, nos diz a Bíblia, que somente os de
coração puro verão a Deus.
A
maior recompensa de uma vida santa é deleitar-se em Deus somente. A maior
recompensa da santificação aqui é
uma vida feliz, pois o texto em foco diz “bem-aventurados”, ou seja, felizes,
alegres; mas a recompensa na eternidade
é a maravilhosa recompensa de ver a Deus, ou seja, de se deleitar nEle somente.
A Escritura diz: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mt 5.8). Em Hebreus 12.14 está escrito: “Segui a
paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. Em 1Jo 3.2,3
também está escrito a maravilhosa promessa: “Amados, agora somos filhos de
Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando Ele
Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque havemos de vê-Lo como Ele É. E a si mesmo se
purifica todo o que nEle tem esta esperança, assim como Ele é puro”. Sejamos,
pois santos em toda a nossa maneira de viver! (1Pe 1.15,16).
Onde encontrar a verdadeira felicidade? A única e verdadeira resposta é: No Sermão do Monte!
No
Sermão do Monte, como disse João Calvino,
nosso Senhor “ensinou onde a verdadeira felicidade humana pode ser encontrada”[1]. John MacArthur nos diz que “o negócio
de Jesus é a felicidade”[2]. J. Dwight Pentecost esclarece que nas
“bem-aventuranças, nosso Senhor descreveu as características da pessoa justa e
lançou os fundamentos de uma vida feliz”[3].
Ainda corroborando esta verdade John
Stott conclui dizendo: “Diversos comentaristas têm explicado que essas
palavras constituem a receita de Jesus para a felicidade humana”[4].
No
Sermão do Monte nosso Senhor está nos indicando como viver uma vida feliz que
glorifica a Deus. A verdadeira felicidade está conectada com a vida, obra e
ensinamentos do Senhor Jesus. O Senhor Jesus viveu para que possamos viver como
Ele viveu. Ele morreu para que tenhamos vida. Ele ensinou para nos mostrar o
caminho da verdadeira felicidade que glorifica a Deus. Uma vida que possui a
verdadeira felicidade que glorifica a Deus é aquela vivida para Deus. Paulo
disse: “Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus; logo, já não
sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na
carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por
mim” (Gl 2.19).
Os
filósofos pagãos e aqueles voltados para a cosmovisão deste mundo afirmam que
os felizes são os que vivem sem dor e, aqueles que podem satisfazer todos os
prazeres físicos possíveis. Aristóteles
chegou à conclusão de que a vida abençoada/feliz era para pouquíssimas pessoas.
Não era para os pobres, os escravos, os doentes, os mendigos, nem para aqueles
que morreram jovens.
Guatama, o Buda,
ficou obcecado com a idéia de que a própria autoconsciência por si mesma era o
mal fundamental, a origem da desgraça, e que a verdadeira bem-aventurança/felicidade
era a extinção paulatina da própria vida, ou personalidade[5].
Certo
filósofo francês disse recentemente:
“Todo o mundo está buscando loucamente a certeza e a felicidade”. O presidente da Universidade de Harvard disse: “O mundo está procurando uma religião em
que possa crer e uma canção que possa cantar”. Um milionário do Texas confessou isto: “Pensei que com dinheiro
pudesse comprar a felicidade, mas acabei
miseravelmente decepcionado”. Famosa estrela
do cinema exclamou: “Tenho
dinheiro, beleza, fascinação e popularidade. Deveria
ser a mulher mais feliz deste mundo, mas sou infeliz e miserável. Por quê?”. Um dos mais conspícuos líderes britânicos disse: “Perdi toda a
vontade de viver, e, no entanto tenho que viver. Que é que acontece
comigo?”. Um casal de velhinhos abandonados pelos familiares disse que a maior
consolação para eles seria a morte. Não por que esta os levaria para perto de
Deus, mas porque o casal perdeu a vontade de viver. Eles não têm mais
felicidade. A vida perdeu todo o significado. Para eles é melhor morrer do que
viver porque a vida tornou-se um fardo e não uma alegria. Eles perderam o
significado da vida por isso não querem mais vivem. Eles apenas existem, mas já
não vivem, pois não desfrutam e não têm prazer um no outro e nas coisas desta
vida. Uma vida sem contentamento roga pela morte como um meio de aliviar a dor
e o sentimento terrível do abandono.
Certo
senhor foi consultar um psiquiatra,
e lhe disse: “Doutor, sinto-me vencido, sozinho, e muito infeliz. O senhor me
poderá ajudar?” O médico especialista lhe
receitou que fosse ao espetáculo de um famoso circo, e visse e ouvisse
um palhaço extraordinário que tinha a fama de fazer rir os mais tristes e
desanimados deste mundo. O consulente respondeu: “Eu sou o dito palhaço”.
Certo
acadêmico disse: “Tenho 23 anos. Já
passei por experiências que fizeram de mim um velho e estou farto da vida”. Famosa bailarina grega do século XX disse: “Nunca tenho estado só, mas
sinto que minhas mãos tremem, que os olhos se me enchem de lágrimas e que se me
confrange o coração em busca de uma paz e felicidade que jamais achei”. Um dos
grandes estadistas do mundo hodierno
certa vez afirmou a Billy Graham: “Estou velho, e para mim a vida já perdeu
todo o encanto e significado. Estou pronto a saltar fatalmente para o
desconhecido. Jovem, o senhor me poderá dar um raio de esperança?”[6].
Onde encontramos a
verdadeira felicidade?
É
somente em Cristo Jesus onde encontramos a verdadeira felicidade. Paulo disse
em Filipenses 4.4: “Alegrai-vos
sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos”. A verdadeira alegria é
encontrada na Pessoa, na obra e nos ensinamentos de Cristo Jesus.
John MacArthur
afirma: “Você só alcança a verdadeira felicidade quando sabe que os padrões de
justiça de Cristo são a direção essencial para a qual a sua vida deve se
voltar”[7].
Em
uma palavra: O segredo da felicidade é a
santificação! É por isso, que posso afirmar: “Santificação é uma vida feliz que glorifica a Deus”.
É
no Sermão do Monte que encontramos os meios para uma vida santa e feliz que
glorifica a Deus. É no Sermão do Monte que vislumbramos o tipo de vida a que
nosso Senhor Jesus nos chama, uma vez que aceitemos o Seu chamado, para
glorificar a Deus. As bem-aventuranças são o átrio que nos introduz para o
santuário de uma vida feliz que glorifica a Deus. As bem-aventuranças são os
alicerces do Reino de Deus e da felicidade humana.
É
no Sermão do Monte que nosso Senhor revela a santidade de Deus e as exigências
e recompensas que tal santidade impõe aos que desejam andar em comunhão com
Deus.
John Stott[8]
afirma que o Sermão do Monte, como uma “nova lei”, por assim dizer, tem dois
propósitos divinos:
Primeiro,
mostrar a quem não é cristão que não pode agradar a Deus por si mesmo (porque
não consegue obedecer à Lei), conduzindo-o, então, a Cristo para ser
justificado.
Segundo propósito,
é mostrar ao cristão, que já buscou a Cristo para ser justificado, como deve
viver para agradar a Deus.
Martinho Lutero
deixa este segundo propósito mais explícito quando diz:
“Cristo
nada diz neste Sermão sobre como nos tornamos cristãos, mas apenas sobre as
obras e os frutos que ninguém pode produzir se já não for um cristão e não
estiver em estado de graça”[9].
Na
mesma linha de pensamento temos Homer A.
Kent, Jr, que diz: “[As Bem-aventuranças] não mostram ao homem como ser
salvo, mas descrevem as características manifestas por aquele que nasceu de
novo”[10].
E Charles C. Ryrie também nos diz
que: “O Sermão do Monte não apresenta o caminho para a salvação, mas o caminho
da vida justa para os que fazem parte da família de Deus, contrastando o novo
Caminho com o caminho “antigo” dos escribas e fariseus”[11].
Um
resumo destes dois propósitos divinos citados acima está mais simplesmente
expresso na síntese dos reformadores puritanos: “a lei nos envia a Cristo para sermos justificados, e Cristo nos manda
de volta à lei para sermos santificados”. A lei nos serviu como aio para
nos levar a Cristo Jesus (cf. Gl 3.24). Na mesma sintonia Agostinho observou que a lei foi concedida por Deus para que
busquemos a graça, e a graça nos é oferecida para que possamos cumprir a lei[12].
Nota Teológica:
A lei nos revela como incapacitados para cumprir as exigências da Santidade de
Deus e aponta que somente em Cristo somos justificados pela fé somente. Depois
deste encontro glorioso com Cristo, Ele nos envia de volta à lei para sermos
santificados pela fé acompanhada de boas obras, pois a fé sem obras é morta. Em
outras palavras, justificação sem santificação não nos garante evidência
nenhuma da obra de Deus. Fé sem obras é morta. A verdadeira justificação aponta
para a santificação. É claro que não fomos justificados por causa da
santificação, mas somos justificados para sermos santificados. A justificação é
um ato declaratório de Deus sobre nossa posição por causa de Cristo. Santificação
é um ato contínuo de Deus em nós que estamos em Cristo Jesus. E tudo isto é por
fé. Tanto nossa justificação quanto nossa santificação (e, por conseguinte, a
glorificação) são obras de Deus em nós por causa de Cristo pelo Seu Espírito
Santo. Ambas, justificação e santificação, são dádivas e obras de Deus por nós
e em nós. Ele é o Deus por nós e em nós, por isso, devemos ser e viver para Ele
somente.
Como
diz John Piper “A fé justificadora
também constitui a fé santificadora. A fé que justifica faz brota a vida de
obediência – não de perfeição, mas de santidade crescente. A justificação é um
acontecimento que ocorre num ponto no tempo, e não um ato contínuo de Deus como
o é a santificação”[13].
Não
objetivamos fazer uma análise de todo o Sermão do Monte (capítulos 5,6 e 7),
mas nos deter numa exposição do capítulo cinco e versículos do um ao dezesseis.
Nesta parte do Sermão do Monte nosso Senhor analisa primeiro os súditos do Reino (5.1–16), descrevendo-lhes o caráter
(vv.1–12) e sua influência (vv.13–16)[14].
O Caráter dos Súditos do
Reino de Deus.
A
pureza de caráter produz a verdadeira felicidade. Pois, ao falar de felicidade
nosso Senhor relacionou-a com a santidade. Uma pessoa verdadeiramente feliz é
uma pessoa santa. A felicidade é um estilo de vida santa que glorifica a Deus.
Felicidade
é um reflexo do caráter do santo Deus. A Bíblia descreve Deus como o único
verdadeiramente bem-aventurado, feliz (1Tm 1.11; 6.15). Dwight Pentecost afirma que “Só Deus é digno de ser chamado
bem-aventurado, bendito ou feliz por aquilo que Ele É em Seu caráter”[15].
Ser verdadeiramente feliz ou bendito é uma condição de caráter! É pela
santificação que os filhos e filhas de Deus são felizes. Maria era uma jovem
feliz por que creu na Palavra do SENHOR enviada pelo Seu anjo (Lc 1.45).
Bem-aventurado
vem do grego maka/rioj
dando a entender uma alegria que não depende das circunstâncias externas. Ser
bem-aventurado é uma questão de caráter e não de circunstâncias. A verdadeira
alegria não depende das circunstâncias, mas do caráter. Felicidade é uma vida
voltada para Deus em santidade.
A
felicidade apresentada pelo Senhor Jesus é um estado de alma, uma virtude
espiritual, uma condição de viver e desfrutar da comunhão com Deus, o que, sem
dúvida alguma, gera um compromisso ético e moral em favor do bem[16].
A
felicidade resulta da excelência do caráter. A felicidade resulta de uma vida
de comunhão com Deus. Felicidade resulta de uma vida de santificação.
Talvez
nosso Senhor tivesse em mente as idéias refletidas no texto do Antigo Testamento
para uma pessoa verdadeiramente feliz. Em outras palavras, na concepção divina
veterotestamentário, ser feliz é:
(1) Aquele que não
vive na prática do pecado (Sl 1.1; 32.1,2).
(2) Aquele que teme
ao SENHOR e tem prazer na Sua Palavra (Sl 1.2; 112.1;
119.1–3).
Agora
passaremos a descrever as características da pessoa santa. No Sermão do Monte
nosso Senhor descreve as oito características de uma pessoa santa e os
fundamentos de uma vida feliz. Estas oito características falam de uma vida de
santificação feliz que glorifica a Deus em comunhão com Ele.
Santificação
é um relacionamento certo para com Deus e com os homens. Talvez uma divisão
simples das bem-aventuranças seja considerar as quatro primeiras descritivas do
relacionamento do cristão com Deus, e as outras quatro, do seu relacionamento e
deveres para com o próximo. Nossa felicidade e a glória de Deus subjazem nestes
relacionamentos. É digno de lembrança que para João Calvino a verdadeira
piedade é um relacionamento certo com Deus e com os homens[17].
E nas bem-aventuranças vislumbramos esta verdade maravilhosa.
O
Novo Testamento usa pelo menos duas palavras gregas para pobre. Penace e ptokas. Penace significa
que você é tão pobre que tem de trabalhar apenas para sua sobrevivência. A
palavra usada pelo Senhor Jesus foi ptwxo/j
(ptõkós) que significa que você é tão pobre que precisa mendigar. Você não tem,
por você mesmo, recursos nem para viver. Você depende totalmente de outra
pessoa.
“Então”,
diz o Senhor Jesus, “eis aí um homem realmente feliz”.
O
texto não está falando de pobreza material. O dativo pneu~ma (pneûma) dá a esfera da
pobreza[19].
Os felizes não são os que mendigam materialmente, na carne, mas aqueles que são
totalmente desprovidos em seu ser interior e dependem completamente de Deus.
São pobres em seu espírito. São
aqueles desprovidos de méritos próprios e dependentes de Deus somente.
Quando
nosso Senhor disse: “Bem-aventurados os humildes de espírito”, estava
apresentando a primeira característica de santidade, geradora da verdadeira
felicidade, que glorifica a Deus.
Santificação
é o processo de reconhecimento de nossa total falência espiritual. Ser santo é
reconhecer que somos totalmente dependentes de Deus para uma vida feliz.
A
verdadeira santificação que leva a uma vida feliz que glorifica a Deus começa
com uma pobreza. O texto fala dos mendigos de espírito, os paupérrimos
espirituais, os espiritualmente destituídos. Segundo nosso Senhor bem-aventurados
são os falidos espiritualmente que se encolhem e se humilham por causa de seu
total desamparo; porque deles é o Reino dos Céus.
O
Senhor Jesus está condenando o orgulho espiritual, a auto-suficiência oriunda
do orgulho espiritual. O Senhor condena pessoas que pensam que conquistarão a
verdadeira felicidade e entrada no Reino de Deus pelos seus feitos e méritos
heróicos. Mas, o Senhor Jesus está dizendo que bem-aventurados são os falidos.
Os que não têm nada para o seu sustendo e que dependem totalmente dos outros.
Normalmente uma pessoa falida, além de não ter nada, pois faliu, e dependente
dos outros, está, acima de tudo, endividada com alguém.
Todos
nós somos falidos e estamos endividados para com Deus. Nós somos pecadores sob
a santa ira de Deus e nada merecemos além do juízo de Deus. E o Senhor Jesus
está dizendo que se quisermos ser felizes devemos reconhecer nossa pobreza e,
devemos despojar de toda auto-suficiência para clamarmos a Deus por ajuda. Nada
temos a oferecer, nada temos a reivindicar, nada temos com que comprar o favor
dos céus. Oh, como isto difere do cristianismo visto em nossas igrejas! O que
vemos hoje são uma cambada, me desculpem pelo termo, de crentes reivindicando
seus direitos para Deus. O que vemos é uma corja de falsos pregadores bajulando
pecadores obstinados a exigirem suas bênçãos de Deus. Oh, seus miseráveis
paroleiros, quem sois para reivindicar de um Deus santo a quem devemos tudo? O
que deveis fazer é vos despojardes deste vosso orgulho patologizado com o qual
chegais diante Dele! O que deveis fazer é vos humilhardes debaixo da poderosa
mão de Deus! O que deveis fazer é “tomar vergonha na cara” e voltardes para as
Escrituras Sagradas, especialmente para o Sermão do Monte, a fim de serem
despojados e dilacerados pela Espada do Espírito Santo e clamardes como Pedro: “Senhor,
afasta-Te de mim, pois sou pecador!” (Lc 5.8).
O
Senhor Jesus continua dizendo que bem-aventurados sãos aqueles que se despojam
de seus interesses egoístas e clamam pela misericórdia de Deus. Precisamos ter
o sentimento do salmista quando disse: “Clamou este aflito, e o SENHOR o ouviu e o livrou de todas as suas tribulações”
(Sl 34.6). O aflito, o homem pobre no Antigo Testamento, é aquele que está
sofrendo e não tem capacidade de salvar-se por si mesmo e que, por isso, busca
a salvação de Deus, reconhecendo que não tem direito à mesma. Esta espécie de
pobreza ou mendicância espiritual foi elogiada na descrição do profeta Isaías
quando disse: “Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e a sua
língua se seca de sede; mas Eu, o SENHOR, os ouvirei, Eu, o Deus de Israel, não
os desampararei” (Is 41.17). Deus nunca desamparará os que dependem totalmente
Dele. Todos aqueles que reconhecerem sua incapacidade receberão de Deus o
socorro em Cristo Jesus. É com estes que o Grande Deus habitará: “Porque assim
diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o Nome de Santo:
Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de
espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos
contritos” (Is 57.15). Caro irmão ou irmã em Cristo deguste-se nesta verdade e
promessa celestiais. Lembre-se que o Grande Deus, o Alto e Sublime, o
Santíssimo Deus habita com o pobre, falido, mendigo espiritual, sim, com
aqueles que dizem “Ó Deus nada tenho, tudo de que necessito vem de Ti!”. Estes
o Senhor dos Exércitos vivificará!
Esta
verdade é ilustrada no texto de Lucas
18.9–14, onde nosso Senhor fala sobre um fariseu controlado pelo orgulho e
um publicano totalmente despojado de méritos diante de Deus.
A
verdadeira restauração da auto-estima não é você olhar para um espelho e dizer:
“eu sou demais, eu sou campeão, eu sou o cara’, não é isso. Mas é você dizer:
“Ó Deus estou falido, sou pobre, sou um verme, sou paupérrimo, sou mendigo,
preciso de Ti!”. O céu não será uma sala de espelhos onde ficaremos nos
louvando pelos feitos realizados para o Senhor Deus. O céu é lugar dos
humildes! O céu é o lugar onde lançaremos nossas coroas diante Daquele que está
assentado no trono e do Cordeiro.
A
verdadeira felicidade é reconhecer nossa verdadeira condição de miseráveis
pecadores e clamar ao Deus santo por ajuda para nos suprir.
Esta
primeira bem-aventurança proclama maravilhosamente a salvação pela graça
somente e não pelas obras. Nela encontramos a promessa do Reino de Deus às pessoas
que são tão pobres (ptwxo/j)
espiritualmente que nada têm a oferecer para mérito seu[20],
como o publicano da parábola acima citada.
“Nada em minhas mãos
eu trago,
Simplesmente à Tua
cruz me apego;
Nu, espero que me
vistas;
Desamparado, aguardo
a Tua graça;
Mau, à Tua fonte
corro;
Lava-me, Salvador, ou
morro”[21].
Concordo
com o grande reformador genebrino, João
Calvino, quando disse: “Só aquele que, em si mesmo, foi reduzido a nada, e
repousa na misericórdia de Deus, é pobre
de espírito”[22]. O reformador alemão, Martinho Lutero, dizia: “Que Deus fez o
mundo do nada e, enquanto não nos tornarmos nada, nada Deus fará”. Somente
aqueles que se dobrarem diante de Deus em total dependência receberão com
dádiva suprema o Reino dos céus. A Bíblia diz em Tiago 4.6 que Deus concede graça aos humildes (1Pe 5.5). Os
humildes são alvos da eleição soberana de Deus (1Co 1.28). A porta de entrada
do Reino dos Céus é muito baixa e apenas as pessoas que rastejam podem entrar.
John MacArthur
diz acertadamente: “Deus Se identifica com pessoas que mendigam em seu
interior, não com pessoas que são auto-suficientes, que pensam que podem ganhar
sua própria salvação. Humilde de espírito não significa ser covarde no sentido
de perder o entusiasmo. Não significa ser preguiçoso, reservado, indiferente ou
passivo. Humilde de espírito é alguém sem auto-suficiência”[23].
(1) Deus Usa os Humildes de
Espírito.
Esta
verdade não se encontra apenas no Sermão do Monte. Tiago escreveu:
“Humilhai-vos na presença do Senhor, e Ele vos exaltará” (4.10). Pedro disse:
“Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo
oportuno, vos exalte, lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem
cuidado de vós.” (5.6,7).
Jacó
teve que reconhecer sua incapacidade e clamar por misericórdia (Gn 32). Isaías
não poderia ser usado poderosamente nas mãos de Deus se não reconhecesse sua
pobreza diante da santidade divina (Is 6). Gideão se conscientizou de sua
pobreza espiritual e foi usado por Deus (Jz 6).
Moisés
reconheceu sua pobreza de eloquência e clamou por ajuda (Ex 4.10). Davi também
expressou sua condição paupérrima quando disse: “Quem sou eu, Senhor Deus, e
qual é a minha casa, para que me tenhas trazido até aqui?” (2Sm 7.18). O mesmo
sentimento tomou conta de Pedro diante da santidade do Senhor Jesus quando
disse: “Senhor, retira-Te de mim, porque sou pecador!” (Lc 5.8). O grande paladino
do cristianismo disse: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo
desta morte?” (Rm 7.24). Este mesmo homem disse: “Fiel é a Palavra e digna de
toda a aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos
quais eu sou o principal”.
Antes
de sua conversão, Santo Agostinho se orgulhava tanto de sua inteligência que
dizia que era ela que o impedia de crer. Só depois de se esvaziar de seu
orgulho, ele conheceu a Deus e, por conseguinte foi usado poderosamente contra
o herege Pelágio.
O
grande Martinho Lutero, quando era jovem, entrou para um monastério para
conquistar a salvação por meio da piedade como os demais de sua época. Quando
percebeu um sentimento de constante fracasso, depois de muitos anos, foi
forçado a reconhecer sua própria incapacidade de agradar a Deus. Então se
esvaziou de si mesmo e baseou sua esperança na salvação oferecida por Deus por
meio da fé somente com base na graça de Cristo Jesus. Posteriormente ele disse
que era como se as portas do paraíso estivessem sendo abertas para ele.
Doravante nasceu a Reforma.
Se
você almeja ser usado por Deus para glória Dele, esvazie-se de todo orgulho e
clame a Deus por misericórdia, reconhecendo sua incapacidade.
(2) O Que Significa Ser
Pobre de Espírito?
Ser pobre de espírito é a base para o cultivo das demais
virtudes. Ser pobre de espírito é você se
esvaziar de tudo para ser cheio da plenitude do grande Deus. “Esta virtude é a
raiz as outras são os frutos”[24].
James
Hastings diz que esta
bem-aventurança é o rico solo em que as outras graças crescem e florescem. O
topo dos montes normalmente é estéril porque é lavado pelas chuvas; mas o vale
é fértil porque é para ali que as chuvas levam os mais ricos nutrientes. De
modo semelhante, o coração soberbo é estéril. Nele nenhuma graça pode crescer;
mas o coração humilde é solo fértil onde frutificam as mais sublimes virtudes
cristãs”[25].
Ser pobre de espírito é reconhecer nossa total
dependência de Deus.
Como
já deixamos transparecer nas palavras anteriores, o pobre de espírito é aquele
que depende totalmente de Deus. Ele olha para si e não encontra realização. Ele
olha para o mundo ao seu redor e não se vê satisfeito. O próprio Senhor Jesus
disse “Pois que aproveita o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua
alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” (Mt 16.26). A alma do homem
não pode está satisfeita com coisas transitórias. Gosto muito da expressão da
versão ARA quando diz em Eclesiastes 3.11: “Tudo fez Deus formoso no seu devido
tempo; também pôs a eternidade no
coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde
o princípio até ao fim”. O homem nunca será satisfeito com coisas temporais.
Somente o que é eterno pode satisfazer esta “eternidade” que está no coração do
homem. Nem a psicologia pode perscrutar em sua totalidade a alma do ser humano.
Somente um Ser eterno pode preencher esta eternidade da alma humana. Blaise Pascal já dizia que Deus, o
Criador, fez o homem com um grande vazio na alma que somente Ele pode
preencher.
William Hendriksen
acertadamente comentou: “Deus jamais fez uma alma tão pequena que fique
satisfeita com o mundo inteiro”[26].
Sim, a alma do homem é grande e somente o Deus Altíssimo pode satisfazê-la. A
alma do homem nunca se satisfará com as coisas transitórias desta vida. Ela
nunca achará significado na cosmovisão sociológica, filosófica ou mesmo
psicológica. A alma do homem só ficará satisfeita no seu Criador. Só encontraremos
significado em nossas débeis vidas na dependência do Deus Todo Poderoso das
Escrituras. Nós fomos criados para honrar a Deus em uma vida que dependa
inteiramente dEle. Enquanto não reconhecermos nossa total dependência de Deus
nada preencherá nossos vazios e anseios. Nenhum ser humano encontrará
significado em sua vida a parte de Deus. Somos eternos dependentes.
Os
pobres em espírito são aqueles que se convenceram de sua pobreza espiritual.
Tornaram-se conscientes de sua miséria e necessidade seu velho orgulho foi
quebrado. Puseram-se a clamar: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador” (Lc 18.13).
São de um espírito contrito e tremente diante da Palavra de Deus (Is 66.2; cf.
57.15). Percebam sua total incapacidade (Rm 7.24), não esperam nada de si mesmas,
e, sim, esperam tudo de Deus[27].
Os pobres em
espírito (Mt 5.3): Estes são os totalmente
dependentes de Deus. São os despidos de toda presunção e egoísmo. São
semelhantes ao publicano da parábola contada pelo nosso Senhor que disse: “Ó
Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lc 19.9–14).
Enquanto
não reconhecermos nossa total miserabilidade e dependência de Deus nunca
seremos verdadeiramente felizes nas palavras do Senhor Jesus.
Os
pobres em espírito são aqueles que para poder
obter sabe que não podem obter.
A
restauração da auto-estima não é você olhar para um espelho e dizer você é
“ok”, você é “campeão, não, não é isso (isto é narcisismo); mas é você olhar
para si mesmo e dizer: “Ó estou falido, preciso de Ti ó Deus!”(isto é
Cristianismo). Somos totalmente falidos diante de Deus!
João Calvino
afirmou acertadamente quando disse: “[...] a pobreza, como o nosso Senhor
entendia o termo, devia vir de dentro, expulsando todo o orgulho e presunção.
Nós devemos reconhecer que não somos nada”[28].
Carlos Queiroz
diz que por analogia poderíamos dizer: “se a “nação” do discípulo é o Reino dos
céus, sua “nacionalidade” é ser pobre de espírito”[29].
(3) A Grande Recompensa.
Esta
grande recompensa como em todas neste contexto tem dois aspectos. Em outras
palavras, os pobres em espírito são verdadeiramente felizes aqui e agora por
reconhecerem sua total dependência de Deus. E por fim, eles herdarão o Reino de
Deus em sua plenitude. Eles desfrutarão a soma total das bênçãos que resultam
quando se reconhece Deus como Rei sobre o coração e a vida. Não só no porvir,
mas agora mesmo, no princípio, eles
desfrutam da felicidade, pois, são declarados bem-aventurados.
O
Senhor Jesus, o Cristo exaltado e visitador das igrejas, disse à igreja em
Esmirna: “Conheço a tua tribulação, a tua pobreza, mas tu és rico” (Ap 2.9). A
recompensa daqueles que dependem de Deus é tanto uma promessa de deleite futura
quanto uma realidade desfrutada no presente.
II. Os que Choram (Mt 5.4
NVI).
Estes
são os que lamentam desesperadamente pelos seus próprios pecados e indignidade.
Se
as fontes das lágrimas não jorrarem não seremos consolados pelos rios do
avivamento do Espírito Santo de Deus (cf. Jl 2.12,17,28).
O mundo diz:
“Sorria, Jesus te ama!”. O Senhor Jesus
está dizendo: “Ai de vós, os que agora rides! Porque haveis de lamentar e
chorar” (Lc 6.25).
Cristo
neste texto está se referindo a tristeza de arrependimento e não do luto. Essa
é a tristeza segundo Deus da qual fala o apóstolo Paulo (2Co 7.9,10). A
tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação.
Na
primeira bem-aventurança temos confissão: “Sou pobre, nada tenho ó Deus!”; mas,
na segunda bem-aventurança temos contrição: “Por causa desta pobreza estou
chorando, ó Deus!”.
A
exortação das Escrituras é penetrante:
Tiago 4.8–10
diz: “Chegai-vos a Deus, e Ele Se chegará a vós outros. Purificai as mãos,
pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração. Afligi-vos,
lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em
tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e Ele vos exaltará”.
O
choro é um dos sentimentos que receberá um tratamento lá no céu (cf. Ap 5.4,5;
7.17; 21.4).
Pelo
menos três vezes nosso Senhor é descrito chorando (Jo 11.35; Lc 19.41; Hb 5.7).
Paulo disse que devemos ter o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus (Fp
2.5). Se o Mestre chorou, por que Seus discípulos estão rindo hoje? Imitemos o
Mestre!
III. Bem-aventurados os
mansos (v.5).
John MacArthur
afirma que “o quebrantamento de espírito se concentra na minha pecaminosidade.
Mansidão focaliza a santidade de Deus”[30].
Uma
pessoa mansa não é egoísta, pois tem total controle de seus impulsos e
instintos. Mansidão é docilidade, brandura e o temperamento dominado, mas não é
fraqueza. O poder sob controle. É dominar o espírito. Em Provérbios 16.32 nos diz: “Melhor é o longânimo do que o herói da
guerra, e o que domina o seu espírito do que o que toma uma cidade”.
William Barclay
nos diz que uma pessoa mansa não é tanto uma pessoa que tem um controle de si
mesma, pois isso é impossível. Uma pessoa mansa é aquela que se submete
totalmente ao controle de Deus reconhecendo sua própria ignorância, debilidade
e necessidade.
Autocontrole
no sentido bíblico é você submeter-se voluntariamente ao controle soberano de
Deus.
IV. Bem-aventurados os que
têm fome e sede de justiça (v.6).
Tal
fome espiritual é uma característica do povo de Deus, cuja ambição suprema não
é material, mas espiritual.
O
que esta bem-aventurança afirma é que não basta satisfazer-se com uma justiça
parcial. É bem-aventurado aquele que tem fome e sede de uma justiça total. Não
basta a conduta moral impecável sem compaixão, nem a mais apaixonada
solidariedade humana sem uma vida reta.
De
maneira que a tradução da quarta bem-aventurança, seria como segue:
Quão
feliz é o homem que deseja a justiça total do mesmo modo como o que tem fome
deseja o alimento, ou o que morre de sede deseja a bebida, porque este receberá
a satisfação de seu desejo!
V. Bem-aventurados os
misericordiosos (v.7).
A
nossa salvação é um ato da pura misericórdia de Deus. Como filhos do Deus
misericordioso, devemos compartilhar misericórdia com os outros.
Não
serão as pessoas que usaram de misericórdia conosco. Aliás, seremos muitas das
vezes perseguidos, injuriados por elas. O sujeito da frase é Deus. Se você for
misericordioso com uma pessoa o próprio Deus lhe recompensará com Sua eterna
misericórdia.
VI. Bem-aventurados os
limpos de coração (v.8).
Os
limpos de coração são os inteiramente sinceros. Somente estes poderão
deleitar-se na presença de Deus.
Somente
os santos subirão no monte do Senhor para contemplar a Sua formosura e
deleitar-se em Sua presença (cf. Sl 24.3,4; Hb 12.14).
A
verdadeira felicidade está em desfrutar a Deus como a nossa verdadeira herança.
Deus é a fonte de nossa felicidade; Deus é o sustentador desta verdadeira
felicidade e Deus mesmo é o alvo desta verdadeira felicidade. Os limpos de
coração sabem disso!
VII. Bem-aventurados os
pacificados (v.9).
Somos
pecadores que fomos reconciliados com Deus através de Cristo (2Co 5.17–21).
Agora devemos, pelo ministério de reconciliação dado a nós por Deus, proclamar
esta bendita paz a todos os homens (2Co 5.19,20).
VIII. Bem-aventurados os
perseguidos (v.10,11).
John Stott nos
diz que a perseguição é simplesmente o conflito entre dois sistemas de valores
irreconciliáveis[31].
O
cristão por ser uma pessoa diferente do mundo atrairá para si a perseguição.
Nosso
Senhor exortou os Seus a reagirem diante da perseguição com alegria (v.12).
As
razões do Senhor Jesus são:
1. Teremos um
galardão nos céus: “...porque é grande o vosso galardão
nos céus...” (v.12).
2. A perseguição é
sinal de genuinidade, um certificado da autenticidade cristã:
“...pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós” (v.12).
Em
Lucas 6.26 lemos a contraparte deste
versículo de Mateus: “Ai de vós, quando todos vos louvarem! Porque assim
procederam seus pais com os falsos profetas”.
A
muitos religiosos que honram somente os profetas verdadeiros quando eles estão
mortos. O Senhor Jesus disse: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!
Porque edificais os sepulcros dos profetas, adornais os túmulos dos justos” (Mt
23.29).
3. A perseguição é um
sinal de que estamos do lado de Cristo: “...por Minha
causa...” (v.11).
Pedro
salientou essa mesma verdade quando disse: “Se, pelo Nome de Cristo, sois injuriados,
bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus”
(1Pe 4.14).
Não
devemos nos surpreender se a hostilidade anticristã aumentar, mas, antes, se
ela não existir. Precisamos nos lembrar do infortúnio complementar registrado
em Lucas 6.26: “Ai de vós, quando
vos louvarem!”. A popularidade universal está para os falsos profetas, assim
como a perseguição para os verdadeiros[32].
O
mundo, sem dúvida, perseguirá a igreja (v.10–12); apesar disso, a igreja é
chamada para servir a este mundo que a persegue (v.13–16)[33].
IVAN
TEIXEIRA
Minister
Verbi Divini
[1] Em Beatitudes:
As Bem-Aventuranças. Fonte
Editorial LTDA.
[2] Em O Caminho da Felicidade: Bem-Aventuranças: Princípios Fundamentais para
os Súditos do Rei. Editora Cultura Cristã.
[3] Em O Sermão do Monte: Introspecções Hodiernas para um Estilo de Vida
Cristã. Editora Vida.
[4] Em Contracultura Cristã: A Mensagem do Sermão do Monte. Editora ABU.
[5] Cf. Gordon Lindsay em A Vida e os Ensinos de Cristo, Vol. 2:
Cristo Ensina Seus Apóstolos. Graça Editorial.
[6] Cf. Billy Graham em O Segredo da Felicidade. Casa Publicadora Batista.
[7] Op. cit.
[8] op. Cit.
[10] Em Comentário Bíblico Moody, Vol. IV: Os Evangelhos e Atos. Editor
NT Everett F. Harrison. Editora EBR.
[11] Em Bíblia Anotada. Editora Mundo Cristão.
[12] Em De Spiritu et Littera, XIX, 14, apud
H. Thielicke em The Evangelical Faith (Grand
Rapids: Eerdmans), 1982, Vol. III, p.449. apud
Russel Phillip Shedd em Lei, Graça e
Santificação. Edições Vida Nova.
[13] Em Graça Futura: O Caminho Para Prevalecer sobre as Promessas Enganosas do
Pecado. Editora Shedd.
[14] Cf. J. Dwight Pentecost, op. cit.
[15] Op. cit.
[16] Carlos Queiroz em Ser é o Bastante: Felicidade à Luz do
Sermão do Monte, p.48. Editora
Ultimato, Encontro Publicações & Visão Mundial.
[17] Esta citação de João Calvino
ouvi de uma palestra feita pelo rev. Hermisten Maia Pereira da Costa sobre
“Calvino e a Oração”.
[18] A preposição “em” entra na
composição de adjuntos adverbiais que exprimem idéia de (a) lugar onde se está, ou onde sucede alguma coisa. Novo Dicionário Eletrônico Aurélio.
[19] Fritz Rienecker & Cleon
Rogers em Chave Lingüística do Novo
Testamento Grego. Edições Vida Nova.
[20] John Stott, op. cit.
[21] Idem ibidem.
[22] Idem ibidem.
[23] Op. cit.
[24] Hernandes Dias Lopes em A Felicidade ao Seu Alcance: Uma Exposição
das Bem-Aventuranças. Editora Hagnos.
[26] Em Comentário do Novo Testamento: Exposição do Evangelho Segundo Mateus,
Vol. I. Editora Cultura Cristã.
[27] William Hendriksen, op. cit.
[28] Em Beatitudes: As Bem-Aventuranças. Fonte Editorial.
[29] Em Ser é o Bastante: Felicidade à Luz do Sermão do Monte. Editora
Ultimato; Encontro Publicações & Visão Mundial.
[30] Em O Caminho da Felicidade. Editora Cultura Cristã.
[32] John Stott, op. cit.
[33] John Stott, op. cit.
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