sexta-feira, 26 de maio de 2017

VIDA CRISTÃ: SANTIFICAÇÃO.

Santificação
Uma Vida Feliz que Glorifica a Deus

Leitura Seleta: Mateus 5.1–16.
Comentário: A verdadeira felicidade é um reflexo de uma vida santa para com Deus. E uma vida santa para com Deus o glorifica. Santificação é a base para uma verdadeira felicidade, e uma vida verdadeiramente feliz glorifica a Deus. E Deus é mais glorificado em nós e por nós quanto mais nos deleitamos Nele, e quando procurando Nele somente a verdadeira felicidade. Pois, santificação é deleitar-se na presença de Deus. A grande tragédia do mundo é procurar satisfação naquilo que não pode satisfazê-lo. O erro dos homens não é a busca pelo prazer e felicidade, mas a busca pelo prazer e felicidade carnais, em coisas superficiais e efêmeras. Só a Pessoa de Deus pode nos satisfazer. Só Deus pode nos fazer verdadeiramente felizes. Só procurando a glória de Deus é que encontramos nossa verdadeira alegria. Pois, procurar nossa alegria em Deus é procurar glorificar a Deus. E quanto mais você anseia satisfazer sua alegria em Deus mais Deus será glorificado em sua satisfação Nele. E esta busca pela verdadeira felicidade só poderá ser satisfeita na comunhão diária com Deus e, esta comunhão diária com Deus só é alcançável pela santificação. As bem-aventuranças é o caminho seguro para tal alvo. Nas bem-aventuranças temos a descrição dada pelo nosso Senhor do caráter daqueles que são cidadãos do Reino de Deus. Nelas (bem-aventuranças) temos o caráter de uma vida santa que anda em comunhão com o Deus que é santo.

Todos que são escolhidos por Jesus Cristo são chamados para viver uma vida de santificação alegre que glorifique a Deus.
Então, a Verdadeira Felicidade é produto de uma vida santa que anela ter comunhão diária com um Deus santo visando sua alegria e a glória de Deus somente. Santificação é um meio de nos manter em comunhão diária com Deus aqui e agora e, por fim, nos levar a deleitar em Sua eterna presença na eternidade. Pois, nos diz a Bíblia, que somente os de coração puro verão a Deus.
A maior recompensa de uma vida santa é deleitar-se em Deus somente. A maior recompensa da santificação aqui é uma vida feliz, pois o texto em foco diz “bem-aventurados”, ou seja, felizes, alegres; mas a recompensa na eternidade é a maravilhosa recompensa de ver a Deus, ou seja, de se deleitar nEle somente. A Escritura diz: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mt 5.8). Em Hebreus 12.14 está escrito: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. Em 1Jo 3.2,3 também está escrito a maravilhosa promessa: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque havemos de -Lo como Ele É. E a si mesmo se purifica todo o que nEle tem esta esperança, assim como Ele é puro”. Sejamos, pois santos em toda a nossa maneira de viver! (1Pe 1.15,16).

Onde encontrar a verdadeira felicidade? A única e verdadeira resposta é: No Sermão do Monte!
No Sermão do Monte, como disse João Calvino, nosso Senhor “ensinou onde a verdadeira felicidade humana pode ser encontrada”[1]. John MacArthur nos diz que “o negócio de Jesus é a felicidade”[2]. J. Dwight Pentecost esclarece que nas “bem-aventuranças, nosso Senhor descreveu as características da pessoa justa e lançou os fundamentos de uma vida feliz”[3]. Ainda corroborando esta verdade John Stott conclui dizendo: “Diversos comentaristas têm explicado que essas palavras constituem a receita de Jesus para a felicidade humana”[4].
No Sermão do Monte nosso Senhor está nos indicando como viver uma vida feliz que glorifica a Deus. A verdadeira felicidade está conectada com a vida, obra e ensinamentos do Senhor Jesus. O Senhor Jesus viveu para que possamos viver como Ele viveu. Ele morreu para que tenhamos vida. Ele ensinou para nos mostrar o caminho da verdadeira felicidade que glorifica a Deus. Uma vida que possui a verdadeira felicidade que glorifica a Deus é aquela vivida para Deus. Paulo disse: “Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim” (Gl 2.19).

Os filósofos pagãos e aqueles voltados para a cosmovisão deste mundo afirmam que os felizes são os que vivem sem dor e, aqueles que podem satisfazer todos os prazeres físicos possíveis. Aristóteles chegou à conclusão de que a vida abençoada/feliz era para pouquíssimas pessoas. Não era para os pobres, os escravos, os doentes, os mendigos, nem para aqueles que morreram jovens.
Guatama, o Buda, ficou obcecado com a idéia de que a própria autoconsciência por si mesma era o mal fundamental, a origem da desgraça, e que a verdadeira bem-aventurança/felicidade era a extinção paulatina da própria vida, ou personalidade[5].

Certo filósofo francês disse recentemente: “Todo o mundo está buscando loucamente a certeza e a felicidade”. O presidente da Universidade de Harvard disse: “O mundo está procurando uma religião em que possa crer e uma canção que possa cantar”. Um milionário do Texas confessou isto: “Pensei que com dinheiro pudesse comprar a felicidade, mas acabei miseravelmente decepcionado”. Famosa estrela do cinema exclamou: “Tenho dinheiro, beleza, fascinação e popularidade. Deveria ser a mulher mais feliz deste mundo, mas sou infeliz e miserável. Por quê?”. Um dos mais conspícuos líderes britânicos disse: “Perdi toda a vontade de viver, e, no entanto tenho que viver. Que é que acontece comigo?”. Um casal de velhinhos abandonados pelos familiares disse que a maior consolação para eles seria a morte. Não por que esta os levaria para perto de Deus, mas porque o casal perdeu a vontade de viver. Eles não têm mais felicidade. A vida perdeu todo o significado. Para eles é melhor morrer do que viver porque a vida tornou-se um fardo e não uma alegria. Eles perderam o significado da vida por isso não querem mais vivem. Eles apenas existem, mas já não vivem, pois não desfrutam e não têm prazer um no outro e nas coisas desta vida. Uma vida sem contentamento roga pela morte como um meio de aliviar a dor e o sentimento terrível do abandono.

Certo senhor foi consultar um psiquiatra, e lhe disse: “Doutor, sinto-me vencido, sozinho, e muito infeliz. O senhor me poderá ajudar?” O médico especialista lhe receitou que fosse ao espetáculo de um famoso circo, e visse e ouvisse um palhaço extraordinário que tinha a fama de fazer rir os mais tristes e desanimados deste mundo. O consulente respondeu: “Eu sou o dito palhaço”.

Certo acadêmico disse: “Tenho 23 anos. Já passei por experiências que fizeram de mim um velho e estou farto da vida”. Famosa bailarina grega do século XX disse: “Nunca tenho estado só, mas sinto que minhas mãos tremem, que os olhos se me enchem de lágrimas e que se me confrange o coração em busca de uma paz e felicidade que jamais achei”. Um dos grandes estadistas do mundo hodierno certa vez afirmou a Billy Graham: “Estou velho, e para mim a vida já perdeu todo o encanto e significado. Estou pronto a saltar fatalmente para o desconhecido. Jovem, o senhor me poderá dar um raio de esperança?”[6].

Onde encontramos a verdadeira felicidade?
É somente em Cristo Jesus onde encontramos a verdadeira felicidade. Paulo disse em Filipenses 4.4: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos”. A verdadeira alegria é encontrada na Pessoa, na obra e nos ensinamentos de Cristo Jesus.

John MacArthur afirma: “Você só alcança a verdadeira felicidade quando sabe que os padrões de justiça de Cristo são a direção essencial para a qual a sua vida deve se voltar”[7].

Em uma palavra: O segredo da felicidade é a santificação! É por isso, que posso afirmar: “Santificação é uma vida feliz que glorifica a Deus”.
É no Sermão do Monte que encontramos os meios para uma vida santa e feliz que glorifica a Deus. É no Sermão do Monte que vislumbramos o tipo de vida a que nosso Senhor Jesus nos chama, uma vez que aceitemos o Seu chamado, para glorificar a Deus. As bem-aventuranças são o átrio que nos introduz para o santuário de uma vida feliz que glorifica a Deus. As bem-aventuranças são os alicerces do Reino de Deus e da felicidade humana.
É no Sermão do Monte que nosso Senhor revela a santidade de Deus e as exigências e recompensas que tal santidade impõe aos que desejam andar em comunhão com Deus.

John Stott[8] afirma que o Sermão do Monte, como uma “nova lei”, por assim dizer, tem dois propósitos divinos:
Primeiro, mostrar a quem não é cristão que não pode agradar a Deus por si mesmo (porque não consegue obedecer à Lei), conduzindo-o, então, a Cristo para ser justificado.

Segundo propósito, é mostrar ao cristão, que já buscou a Cristo para ser justificado, como deve viver para agradar a Deus.

Martinho Lutero deixa este segundo propósito mais explícito quando diz:
“Cristo nada diz neste Sermão sobre como nos tornamos cristãos, mas apenas sobre as obras e os frutos que ninguém pode produzir se já não for um cristão e não estiver em estado de graça”[9].

Na mesma linha de pensamento temos Homer A. Kent, Jr, que diz: “[As Bem-aventuranças] não mostram ao homem como ser salvo, mas descrevem as características manifestas por aquele que nasceu de novo”[10]. E Charles C. Ryrie também nos diz que: “O Sermão do Monte não apresenta o caminho para a salvação, mas o caminho da vida justa para os que fazem parte da família de Deus, contrastando o novo Caminho com o caminho “antigo” dos escribas e fariseus”[11].

Um resumo destes dois propósitos divinos citados acima está mais simplesmente expresso na síntese dos reformadores puritanos: “a lei nos envia a Cristo para sermos justificados, e Cristo nos manda de volta à lei para sermos santificados”. A lei nos serviu como aio para nos levar a Cristo Jesus (cf. Gl 3.24). Na mesma sintonia Agostinho observou que a lei foi concedida por Deus para que busquemos a graça, e a graça nos é oferecida para que possamos cumprir a lei[12].

Nota Teológica: A lei nos revela como incapacitados para cumprir as exigências da Santidade de Deus e aponta que somente em Cristo somos justificados pela fé somente. Depois deste encontro glorioso com Cristo, Ele nos envia de volta à lei para sermos santificados pela fé acompanhada de boas obras, pois a fé sem obras é morta. Em outras palavras, justificação sem santificação não nos garante evidência nenhuma da obra de Deus. Fé sem obras é morta. A verdadeira justificação aponta para a santificação. É claro que não fomos justificados por causa da santificação, mas somos justificados para sermos santificados. A justificação é um ato declaratório de Deus sobre nossa posição por causa de Cristo. Santificação é um ato contínuo de Deus em nós que estamos em Cristo Jesus. E tudo isto é por fé. Tanto nossa justificação quanto nossa santificação (e, por conseguinte, a glorificação) são obras de Deus em nós por causa de Cristo pelo Seu Espírito Santo. Ambas, justificação e santificação, são dádivas e obras de Deus por nós e em nós. Ele é o Deus por nós e em nós, por isso, devemos ser e viver para Ele somente.
Como diz John Piper “A fé justificadora também constitui a fé santificadora. A fé que justifica faz brota a vida de obediência – não de perfeição, mas de santidade crescente. A justificação é um acontecimento que ocorre num ponto no tempo, e não um ato contínuo de Deus como o é a santificação”[13].

Não objetivamos fazer uma análise de todo o Sermão do Monte (capítulos 5,6 e 7), mas nos deter numa exposição do capítulo cinco e versículos do um ao dezesseis. Nesta parte do Sermão do Monte nosso Senhor analisa primeiro os súditos do Reino (5.1–16), descrevendo-lhes o caráter (vv.1–12) e sua influência (vv.13–16)[14].

O Caráter dos Súditos do Reino de Deus.
A pureza de caráter produz a verdadeira felicidade. Pois, ao falar de felicidade nosso Senhor relacionou-a com a santidade. Uma pessoa verdadeiramente feliz é uma pessoa santa. A felicidade é um estilo de vida santa que glorifica a Deus.

Felicidade é um reflexo do caráter do santo Deus. A Bíblia descreve Deus como o único verdadeiramente bem-aventurado, feliz (1Tm 1.11; 6.15). Dwight Pentecost afirma que “Só Deus é digno de ser chamado bem-aventurado, bendito ou feliz por aquilo que Ele É em Seu caráter”[15]. Ser verdadeiramente feliz ou bendito é uma condição de caráter! É pela santificação que os filhos e filhas de Deus são felizes. Maria era uma jovem feliz por que creu na Palavra do SENHOR enviada pelo Seu anjo (Lc 1.45).

Bem-aventurado vem do grego maka/rioj dando a entender uma alegria que não depende das circunstâncias externas. Ser bem-aventurado é uma questão de caráter e não de circunstâncias. A verdadeira alegria não depende das circunstâncias, mas do caráter. Felicidade é uma vida voltada para Deus em santidade.
A felicidade apresentada pelo Senhor Jesus é um estado de alma, uma virtude espiritual, uma condição de viver e desfrutar da comunhão com Deus, o que, sem dúvida alguma, gera um compromisso ético e moral em favor do bem[16].
A felicidade resulta da excelência do caráter. A felicidade resulta de uma vida de comunhão com Deus. Felicidade resulta de uma vida de santificação.
Talvez nosso Senhor tivesse em mente as idéias refletidas no texto do Antigo Testamento para uma pessoa verdadeiramente feliz. Em outras palavras, na concepção divina veterotestamentário, ser feliz é:
(1) Aquele que não vive na prática do pecado (Sl 1.1; 32.1,2).
(2) Aquele que teme ao SENHOR e tem prazer na Sua Palavra (Sl 1.2; 112.1; 119.1–3).

Agora passaremos a descrever as características da pessoa santa. No Sermão do Monte nosso Senhor descreve as oito características de uma pessoa santa e os fundamentos de uma vida feliz. Estas oito características falam de uma vida de santificação feliz que glorifica a Deus em comunhão com Ele.
Santificação é um relacionamento certo para com Deus e com os homens. Talvez uma divisão simples das bem-aventuranças seja considerar as quatro primeiras descritivas do relacionamento do cristão com Deus, e as outras quatro, do seu relacionamento e deveres para com o próximo. Nossa felicidade e a glória de Deus subjazem nestes relacionamentos. É digno de lembrança que para João Calvino a verdadeira piedade é um relacionamento certo com Deus e com os homens[17]. E nas bem-aventuranças vislumbramos esta verdade maravilhosa.

I. Os Pobres em[18] Espírito (Mt 5.3 NVI).
O Novo Testamento usa pelo menos duas palavras gregas para pobre. Penace e ptokas. Penace significa que você é tão pobre que tem de trabalhar apenas para sua sobrevivência. A palavra usada pelo Senhor Jesus foi ptwxo/j (ptõkós) que significa que você é tão pobre que precisa mendigar. Você não tem, por você mesmo, recursos nem para viver. Você depende totalmente de outra pessoa.
“Então”, diz o Senhor Jesus, “eis aí um homem realmente feliz”.
O texto não está falando de pobreza material. O dativo pneu~ma (pneûma) dá a esfera da pobreza[19]. Os felizes não são os que mendigam materialmente, na carne, mas aqueles que são totalmente desprovidos em seu ser interior e dependem completamente de Deus. São pobres em seu espírito. São aqueles desprovidos de méritos próprios e dependentes de Deus somente.

Quando nosso Senhor disse: “Bem-aventurados os humildes de espírito”, estava apresentando a primeira característica de santidade, geradora da verdadeira felicidade, que glorifica a Deus.
Santificação é o processo de reconhecimento de nossa total falência espiritual. Ser santo é reconhecer que somos totalmente dependentes de Deus para uma vida feliz.
A verdadeira santificação que leva a uma vida feliz que glorifica a Deus começa com uma pobreza. O texto fala dos mendigos de espírito, os paupérrimos espirituais, os espiritualmente destituídos. Segundo nosso Senhor bem-aventurados são os falidos espiritualmente que se encolhem e se humilham por causa de seu total desamparo; porque deles é o Reino dos Céus.
O Senhor Jesus está condenando o orgulho espiritual, a auto-suficiência oriunda do orgulho espiritual. O Senhor condena pessoas que pensam que conquistarão a verdadeira felicidade e entrada no Reino de Deus pelos seus feitos e méritos heróicos. Mas, o Senhor Jesus está dizendo que bem-aventurados são os falidos. Os que não têm nada para o seu sustendo e que dependem totalmente dos outros. Normalmente uma pessoa falida, além de não ter nada, pois faliu, e dependente dos outros, está, acima de tudo, endividada com alguém.
Todos nós somos falidos e estamos endividados para com Deus. Nós somos pecadores sob a santa ira de Deus e nada merecemos além do juízo de Deus. E o Senhor Jesus está dizendo que se quisermos ser felizes devemos reconhecer nossa pobreza e, devemos despojar de toda auto-suficiência para clamarmos a Deus por ajuda. Nada temos a oferecer, nada temos a reivindicar, nada temos com que comprar o favor dos céus. Oh, como isto difere do cristianismo visto em nossas igrejas! O que vemos hoje são uma cambada, me desculpem pelo termo, de crentes reivindicando seus direitos para Deus. O que vemos é uma corja de falsos pregadores bajulando pecadores obstinados a exigirem suas bênçãos de Deus. Oh, seus miseráveis paroleiros, quem sois para reivindicar de um Deus santo a quem devemos tudo? O que deveis fazer é vos despojardes deste vosso orgulho patologizado com o qual chegais diante Dele! O que deveis fazer é vos humilhardes debaixo da poderosa mão de Deus! O que deveis fazer é “tomar vergonha na cara” e voltardes para as Escrituras Sagradas, especialmente para o Sermão do Monte, a fim de serem despojados e dilacerados pela Espada do Espírito Santo e clamardes como Pedro: “Senhor, afasta-Te de mim, pois sou pecador!” (Lc 5.8).
O Senhor Jesus continua dizendo que bem-aventurados sãos aqueles que se despojam de seus interesses egoístas e clamam pela misericórdia de Deus. Precisamos ter o sentimento do salmista quando disse: “Clamou este aflito, e o SENHOR o ouviu e o livrou de todas as suas tribulações” (Sl 34.6). O aflito, o homem pobre no Antigo Testamento, é aquele que está sofrendo e não tem capacidade de salvar-se por si mesmo e que, por isso, busca a salvação de Deus, reconhecendo que não tem direito à mesma. Esta espécie de pobreza ou mendicância espiritual foi elogiada na descrição do profeta Isaías quando disse: “Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e a sua língua se seca de sede; mas Eu, o SENHOR, os ouvirei, Eu, o Deus de Israel, não os desampararei” (Is 41.17). Deus nunca desamparará os que dependem totalmente Dele. Todos aqueles que reconhecerem sua incapacidade receberão de Deus o socorro em Cristo Jesus. É com estes que o Grande Deus habitará: “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o Nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos” (Is 57.15). Caro irmão ou irmã em Cristo deguste-se nesta verdade e promessa celestiais. Lembre-se que o Grande Deus, o Alto e Sublime, o Santíssimo Deus habita com o pobre, falido, mendigo espiritual, sim, com aqueles que dizem “Ó Deus nada tenho, tudo de que necessito vem de Ti!”. Estes o Senhor dos Exércitos vivificará!

Esta verdade é ilustrada no texto de Lucas 18.9–14, onde nosso Senhor fala sobre um fariseu controlado pelo orgulho e um publicano totalmente despojado de méritos diante de Deus.
A verdadeira restauração da auto-estima não é você olhar para um espelho e dizer: “eu sou demais, eu sou campeão, eu sou o cara’, não é isso. Mas é você dizer: “Ó Deus estou falido, sou pobre, sou um verme, sou paupérrimo, sou mendigo, preciso de Ti!”. O céu não será uma sala de espelhos onde ficaremos nos louvando pelos feitos realizados para o Senhor Deus. O céu é lugar dos humildes! O céu é o lugar onde lançaremos nossas coroas diante Daquele que está assentado no trono e do Cordeiro.
A verdadeira felicidade é reconhecer nossa verdadeira condição de miseráveis pecadores e clamar ao Deus santo por ajuda para nos suprir.
Esta primeira bem-aventurança proclama maravilhosamente a salvação pela graça somente e não pelas obras. Nela encontramos a promessa do Reino de Deus às pessoas que são tão pobres (ptwxo/j) espiritualmente que nada têm a oferecer para mérito seu[20], como o publicano da parábola acima citada.

“Nada em minhas mãos eu trago,
Simplesmente à Tua cruz me apego;
Nu, espero que me vistas;
Desamparado, aguardo a Tua graça;
Mau, à Tua fonte corro;
Lava-me, Salvador, ou morro”[21].

Concordo com o grande reformador genebrino, João Calvino, quando disse: “Só aquele que, em si mesmo, foi reduzido a nada, e repousa na misericórdia de Deus, é pobre de espírito[22]. O reformador alemão, Martinho Lutero, dizia: “Que Deus fez o mundo do nada e, enquanto não nos tornarmos nada, nada Deus fará”. Somente aqueles que se dobrarem diante de Deus em total dependência receberão com dádiva suprema o Reino dos céus. A Bíblia diz em Tiago 4.6 que Deus concede graça aos humildes (1Pe 5.5). Os humildes são alvos da eleição soberana de Deus (1Co 1.28). A porta de entrada do Reino dos Céus é muito baixa e apenas as pessoas que rastejam podem entrar.
John MacArthur diz acertadamente: “Deus Se identifica com pessoas que mendigam em seu interior, não com pessoas que são auto-suficientes, que pensam que podem ganhar sua própria salvação. Humilde de espírito não significa ser covarde no sentido de perder o entusiasmo. Não significa ser preguiçoso, reservado, indiferente ou passivo. Humilde de espírito é alguém sem auto-suficiência”[23].

(1) Deus Usa os Humildes de Espírito.
Esta verdade não se encontra apenas no Sermão do Monte. Tiago escreveu: “Humilhai-vos na presença do Senhor, e Ele vos exaltará” (4.10). Pedro disse: “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.” (5.6,7).
Jacó teve que reconhecer sua incapacidade e clamar por misericórdia (Gn 32). Isaías não poderia ser usado poderosamente nas mãos de Deus se não reconhecesse sua pobreza diante da santidade divina (Is 6). Gideão se conscientizou de sua pobreza espiritual e foi usado por Deus (Jz 6).
Moisés reconheceu sua pobreza de eloquência e clamou por ajuda (Ex 4.10). Davi também expressou sua condição paupérrima quando disse: “Quem sou eu, Senhor Deus, e qual é a minha casa, para que me tenhas trazido até aqui?” (2Sm 7.18). O mesmo sentimento tomou conta de Pedro diante da santidade do Senhor Jesus quando disse: “Senhor, retira-Te de mim, porque sou pecador!” (Lc 5.8). O grande paladino do cristianismo disse: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24). Este mesmo homem disse: “Fiel é a Palavra e digna de toda a aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal”.
Antes de sua conversão, Santo Agostinho se orgulhava tanto de sua inteligência que dizia que era ela que o impedia de crer. Só depois de se esvaziar de seu orgulho, ele conheceu a Deus e, por conseguinte foi usado poderosamente contra o herege Pelágio.
O grande Martinho Lutero, quando era jovem, entrou para um monastério para conquistar a salvação por meio da piedade como os demais de sua época. Quando percebeu um sentimento de constante fracasso, depois de muitos anos, foi forçado a reconhecer sua própria incapacidade de agradar a Deus. Então se esvaziou de si mesmo e baseou sua esperança na salvação oferecida por Deus por meio da fé somente com base na graça de Cristo Jesus. Posteriormente ele disse que era como se as portas do paraíso estivessem sendo abertas para ele. Doravante nasceu a Reforma.
Se você almeja ser usado por Deus para glória Dele, esvazie-se de todo orgulho e clame a Deus por misericórdia, reconhecendo sua incapacidade.

(2) O Que Significa Ser Pobre de Espírito?
Ser pobre de espírito é a base para o cultivo das demais virtudes. Ser pobre de espírito é você se esvaziar de tudo para ser cheio da plenitude do grande Deus. “Esta virtude é a raiz as outras são os frutos”[24].
James Hastings diz que esta bem-aventurança é o rico solo em que as outras graças crescem e florescem. O topo dos montes normalmente é estéril porque é lavado pelas chuvas; mas o vale é fértil porque é para ali que as chuvas levam os mais ricos nutrientes. De modo semelhante, o coração soberbo é estéril. Nele nenhuma graça pode crescer; mas o coração humilde é solo fértil onde frutificam as mais sublimes virtudes cristãs”[25].

Ser pobre de espírito é reconhecer nossa total dependência de Deus.
Como já deixamos transparecer nas palavras anteriores, o pobre de espírito é aquele que depende totalmente de Deus. Ele olha para si e não encontra realização. Ele olha para o mundo ao seu redor e não se vê satisfeito. O próprio Senhor Jesus disse “Pois que aproveita o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” (Mt 16.26). A alma do homem não pode está satisfeita com coisas transitórias. Gosto muito da expressão da versão ARA quando diz em Eclesiastes 3.11: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim”. O homem nunca será satisfeito com coisas temporais. Somente o que é eterno pode satisfazer esta “eternidade” que está no coração do homem. Nem a psicologia pode perscrutar em sua totalidade a alma do ser humano. Somente um Ser eterno pode preencher esta eternidade da alma humana. Blaise Pascal já dizia que Deus, o Criador, fez o homem com um grande vazio na alma que somente Ele pode preencher.
William Hendriksen acertadamente comentou: “Deus jamais fez uma alma tão pequena que fique satisfeita com o mundo inteiro”[26]. Sim, a alma do homem é grande e somente o Deus Altíssimo pode satisfazê-la. A alma do homem nunca se satisfará com as coisas transitórias desta vida. Ela nunca achará significado na cosmovisão sociológica, filosófica ou mesmo psicológica. A alma do homem só ficará satisfeita no seu Criador. Só encontraremos significado em nossas débeis vidas na dependência do Deus Todo Poderoso das Escrituras. Nós fomos criados para honrar a Deus em uma vida que dependa inteiramente dEle. Enquanto não reconhecermos nossa total dependência de Deus nada preencherá nossos vazios e anseios. Nenhum ser humano encontrará significado em sua vida a parte de Deus. Somos eternos dependentes.
Os pobres em espírito são aqueles que se convenceram de sua pobreza espiritual. Tornaram-se conscientes de sua miséria e necessidade seu velho orgulho foi quebrado. Puseram-se a clamar: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador” (Lc 18.13). São de um espírito contrito e tremente diante da Palavra de Deus (Is 66.2; cf. 57.15). Percebam sua total incapacidade (Rm 7.24), não esperam nada de si mesmas, e, sim, esperam tudo de Deus[27].

Enquanto não reconhecermos nossa total miserabilidade e dependência de Deus nunca seremos verdadeiramente felizes nas palavras do Senhor Jesus.
Os pobres em espírito são aqueles que para poder obter sabe que não podem obter.

A restauração da auto-estima não é você olhar para um espelho e dizer você é “ok”, você é “campeão, não, não é isso (isto é narcisismo); mas é você olhar para si mesmo e dizer: “Ó estou falido, preciso de Ti ó Deus!”(isto é Cristianismo). Somos totalmente falidos diante de Deus!

João Calvino afirmou acertadamente quando disse: “[...] a pobreza, como o nosso Senhor entendia o termo, devia vir de dentro, expulsando todo o orgulho e presunção. Nós devemos reconhecer que não somos nada”[28].

Carlos Queiroz diz que por analogia poderíamos dizer: “se a “nação” do discípulo é o Reino dos céus, sua “nacionalidade” é ser pobre de espírito”[29].

(3) A Grande Recompensa.
Esta grande recompensa como em todas neste contexto tem dois aspectos. Em outras palavras, os pobres em espírito são verdadeiramente felizes aqui e agora por reconhecerem sua total dependência de Deus. E por fim, eles herdarão o Reino de Deus em sua plenitude. Eles desfrutarão a soma total das bênçãos que resultam quando se reconhece Deus como Rei sobre o coração e a vida. Não só no porvir, mas agora mesmo, no princípio, eles desfrutam da felicidade, pois, são declarados bem-aventurados.
O Senhor Jesus, o Cristo exaltado e visitador das igrejas, disse à igreja em Esmirna: “Conheço a tua tribulação, a tua pobreza, mas tu és rico” (Ap 2.9). A recompensa daqueles que dependem de Deus é tanto uma promessa de deleite futura quanto uma realidade desfrutada no presente.

II. Os que Choram (Mt 5.4 NVI).
Estes são os que lamentam desesperadamente pelos seus próprios pecados e indignidade.
Se as fontes das lágrimas não jorrarem não seremos consolados pelos rios do avivamento do Espírito Santo de Deus (cf. Jl 2.12,17,28).
Cristo neste texto está se referindo a tristeza de arrependimento e não do luto. Essa é a tristeza segundo Deus da qual fala o apóstolo Paulo (2Co 7.9,10). A tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação.
Na primeira bem-aventurança temos confissão: “Sou pobre, nada tenho ó Deus!”; mas, na segunda bem-aventurança temos contrição: “Por causa desta pobreza estou chorando, ó Deus!”.

A exortação das Escrituras é penetrante:

Tiago 4.8–10 diz: “Chegai-vos a Deus, e Ele Se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e Ele vos exaltará”.

O choro é um dos sentimentos que receberá um tratamento lá no céu (cf. Ap 5.4,5; 7.17; 21.4).
Pelo menos três vezes nosso Senhor é descrito chorando (Jo 11.35; Lc 19.41; Hb 5.7). Paulo disse que devemos ter o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus (Fp 2.5). Se o Mestre chorou, por que Seus discípulos estão rindo hoje? Imitemos o Mestre!
  
III. Bem-aventurados os mansos (v.5).
John MacArthur afirma que “o quebrantamento de espírito se concentra na minha pecaminosidade. Mansidão focaliza a santidade de Deus”[30].
Uma pessoa mansa não é egoísta, pois tem total controle de seus impulsos e instintos. Mansidão é docilidade, brandura e o temperamento dominado, mas não é fraqueza. O poder sob controle. É dominar o espírito. Em Provérbios 16.32 nos diz: “Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu espírito do que o que toma uma cidade”.
William Barclay nos diz que uma pessoa mansa não é tanto uma pessoa que tem um controle de si mesma, pois isso é impossível. Uma pessoa mansa é aquela que se submete totalmente ao controle de Deus reconhecendo sua própria ignorância, debilidade e necessidade.
Autocontrole no sentido bíblico é você submeter-se voluntariamente ao controle soberano de Deus.

IV. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça (v.6).
Tal fome espiritual é uma característica do povo de Deus, cuja ambição suprema não é material, mas espiritual.
O que esta bem-aventurança afirma é que não basta satisfazer-se com uma justiça parcial. É bem-aventurado aquele que tem fome e sede de uma justiça total. Não basta a conduta moral impecável sem compaixão, nem a mais apaixonada solidariedade humana sem uma vida reta.
De maneira que a tradução da quarta bem-aventurança, seria como segue:
Quão feliz é o homem que deseja a justiça total do mesmo modo como o que tem fome deseja o alimento, ou o que morre de sede deseja a bebida, porque este receberá a satisfação de seu desejo!

V. Bem-aventurados os misericordiosos (v.7).
A nossa salvação é um ato da pura misericórdia de Deus. Como filhos do Deus misericordioso, devemos compartilhar misericórdia com os outros.
Não serão as pessoas que usaram de misericórdia conosco. Aliás, seremos muitas das vezes perseguidos, injuriados por elas. O sujeito da frase é Deus. Se você for misericordioso com uma pessoa o próprio Deus lhe recompensará com Sua eterna misericórdia.

VI. Bem-aventurados os limpos de coração (v.8).
Os limpos de coração são os inteiramente sinceros. Somente estes poderão deleitar-se na presença de Deus.
Somente os santos subirão no monte do Senhor para contemplar a Sua formosura e deleitar-se em Sua presença (cf. Sl 24.3,4; Hb 12.14).
A verdadeira felicidade está em desfrutar a Deus como a nossa verdadeira herança. Deus é a fonte de nossa felicidade; Deus é o sustentador desta verdadeira felicidade e Deus mesmo é o alvo desta verdadeira felicidade. Os limpos de coração sabem disso!

VII. Bem-aventurados os pacificados (v.9).
Somos pecadores que fomos reconciliados com Deus através de Cristo (2Co 5.17–21). Agora devemos, pelo ministério de reconciliação dado a nós por Deus, proclamar esta bendita paz a todos os homens (2Co 5.19,20).

VIII. Bem-aventurados os perseguidos (v.10,11).
John Stott nos diz que a perseguição é simplesmente o conflito entre dois sistemas de valores irreconciliáveis[31].
O cristão por ser uma pessoa diferente do mundo atrairá para si a perseguição.
Nosso Senhor exortou os Seus a reagirem diante da perseguição com alegria (v.12).
As razões do Senhor Jesus são:
1. Teremos um galardão nos céus: “...porque é grande o vosso galardão nos céus...” (v.12).

2. A perseguição é sinal de genuinidade, um certificado da autenticidade cristã: “...pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós” (v.12).
Em Lucas 6.26 lemos a contraparte deste versículo de Mateus: “Ai de vós, quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais com os falsos profetas”.

A muitos religiosos que honram somente os profetas verdadeiros quando eles estão mortos. O Senhor Jesus disse: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque edificais os sepulcros dos profetas, adornais os túmulos dos justos” (Mt 23.29).

3. A perseguição é um sinal de que estamos do lado de Cristo: “...por Minha causa...” (v.11).
Pedro salientou essa mesma verdade quando disse: “Se, pelo Nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus” (1Pe 4.14).

Não devemos nos surpreender se a hostilidade anticristã aumentar, mas, antes, se ela não existir. Precisamos nos lembrar do infortúnio complementar registrado em Lucas 6.26: “Ai de vós, quando vos louvarem!”. A popularidade universal está para os falsos profetas, assim como a perseguição para os verdadeiros[32].
O mundo, sem dúvida, perseguirá a igreja (v.10–12); apesar disso, a igreja é chamada para servir a este mundo que a persegue (v.13–16)[33].

IVAN TEIXEIRA
Minister Verbi Divini



[1] Em Beatitudes: As Bem-Aventuranças. Fonte Editorial LTDA.
[2] Em O Caminho da Felicidade: Bem-Aventuranças: Princípios Fundamentais para os Súditos do Rei. Editora Cultura Cristã.
[3] Em O Sermão do Monte: Introspecções Hodiernas para um Estilo de Vida Cristã. Editora Vida.
[4] Em Contracultura Cristã: A Mensagem do Sermão do Monte. Editora ABU.
[5] Cf. Gordon Lindsay em A Vida e os Ensinos de Cristo, Vol. 2: Cristo Ensina Seus Apóstolos. Graça Editorial.
[6] Cf. Billy Graham em O Segredo da Felicidade. Casa Publicadora Batista.
[7] Op. cit.
[8] op. Cit.
[9] Apud John Stott, op. cit.
[10] Em Comentário Bíblico Moody, Vol. IV: Os Evangelhos e Atos. Editor NT Everett F. Harrison. Editora EBR.
[11] Em Bíblia Anotada. Editora Mundo Cristão.
[12] Em De Spiritu et Littera, XIX, 14, apud H. Thielicke em The Evangelical Faith (Grand Rapids: Eerdmans), 1982, Vol. III, p.449. apud Russel Phillip Shedd em Lei, Graça e Santificação. Edições Vida Nova.
[13] Em Graça Futura: O Caminho Para Prevalecer sobre as Promessas Enganosas do Pecado. Editora Shedd.
[14] Cf. J. Dwight Pentecost, op. cit.
[15] Op. cit.
[16] Carlos Queiroz em Ser é o Bastante: Felicidade à Luz do Sermão do Monte, p.48. Editora Ultimato, Encontro Publicações & Visão Mundial.
[17] Esta citação de João Calvino ouvi de uma palestra feita pelo rev. Hermisten Maia Pereira da Costa sobre “Calvino e a Oração”.
[18] A preposição “em” entra na composição de adjuntos adverbiais que exprimem idéia de (a) lugar onde se está, ou onde sucede alguma coisa. Novo Dicionário Eletrônico Aurélio.
[19] Fritz Rienecker & Cleon Rogers em Chave Lingüística do Novo Testamento Grego. Edições Vida Nova.
[20] John Stott, op. cit.
[21] Idem ibidem.
[22] Idem ibidem.
[23] Op. cit.
[24] Hernandes Dias Lopes em A Felicidade ao Seu Alcance: Uma Exposição das Bem-Aventuranças. Editora Hagnos.
[25] Apud Hernandes Dias Lopes, op. cit.
[26] Em Comentário do Novo Testamento: Exposição do Evangelho Segundo Mateus, Vol. I. Editora Cultura Cristã.
[27] William Hendriksen, op. cit.
[28] Em Beatitudes: As Bem-Aventuranças. Fonte Editorial.
[29] Em Ser é o Bastante: Felicidade à Luz do Sermão do Monte. Editora Ultimato; Encontro Publicações & Visão Mundial.
[30] Em O Caminho da Felicidade. Editora Cultura Cristã.
[31] Em A Mensagem do Sermão do Monte: Contracultura Cristã. Editora ABU.
[32] John Stott, op. cit.
[33] John Stott, op. cit.

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