domingo, 28 de maio de 2017

PECADO: DEFINIÇÕES TESTAMENTÁRIAS

Hamartiologia

Um Tratado da Doutrina do Pecado[1]


I. Definição de Pecado.
Podemos partir da seguinte definição: pecado é deixar de se conformar à lei moral de Deus, seja em ato, seja em atitude, seja em natureza. O pecado é aqui definido em relação a Deus e sua lei moral. Inclui não só atos individuais, como roubar, mentir ou cometer homicídio, mas também atitudes contrárias àquilo que Deus exige de nós. Percebemos isso já nos Dez Mandamentos, que não só proíbem ações pecaminosas, mas também atitudes errôneas: “Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo” (Êx 20.17). Aqui Deus especifica que o desejo de roubar ou cometer adultério é também pecado aos olhos dEle.

II. O Que é o Pecado?

Texto para Estudo – Rm 3.9-23.
“Porque todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus”.
Rm 3.23.
Introdução:
O pecado é a coisa mais amada e a coisa mais odiada em todo o mundo. O amor pelo pecado tem arruinado multidões de homens e mulheres – de espírito, alma e corpo.
O prazer na iniqüidade leva muitos a rejeitaram a salvação e a experimentarem a condenação (2Ts 2.12). Deus abomina o pecado com uma santa indignação (Hc 1.13; Pv 11.1; 12.22; 15.26; 20.23; 21.27; Lc 16.15). Deus Pai dispõe-se a sacrificar Seu Filho a fim de reconciliar os pecadores Consigo mesmo (1Co 5.18-21). Deus Filho dispôs-se a tornar-se homem e morrer a horrenda e vergonhosa morte de crucificação a fim de salvar os homens de seus pecados (Jo 1.14; Lc 19.10; Rm 5.8; Gl 3.13). Deus Espírito Santo dispôs-se a persuadir os homens e mulheres do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11).

A palavra “pecado”, em suas várias formas, é usada mais de 250 vezes na Bíblia. Que é que ela significa? Que é pecado?

A. Palavras que Expressam Pecado no Antigo Testamento.
Creio que para termos uma compreensão melhor da mensagem da Bíblia Sagrada se faz necessário conhecer suas palavras. Como estas palavras são usadas. Quais idéias elas expressam.
O estudo das palavras me fascina e, gosto de estudá-las. Por isso empreendo este estudo das palavras que expressam “pecado” e seus cognatos para termos uma apreensão melhor da mensagem hamartilógica. Para o aluno que queira aguça seus conhecimentos nos diversos significados das palavras em seus contextos, reporto-os aos dicionários citados na bibliografia desta apostila. Não me é oportuno detalhar cada significado de uma palavra, visto que esta pode ter mais de um uso nos diversos contextos em que aparece, achei melhor, tendo em vista nosso objetivo para aula, expor alguns significados que melhor nos convêm ou que melhor nos esclarecem. Com isso não sugiro que os demais usos destas palavras não sejam importantes, mas destaco o imenso campo de significados destas palavras, tanto hebraicas e gregas, que inundam e esclarecem o entendimento do estudante. Estou convicto que o aluno interessado no entendimento geral, em que uma palavra aparece nas Sagradas Escrituras, terá um imenso proveito para seu deleite espiritual e edificação na fé no Senhor Jesus Cristo.
Minha oração a Deus é que o amado Espírito Santo elucida as verdades por detrás de cada palavra em seu respectivo contexto. Como diz o velho ditado: “Texto sem contexto vira pretexto” e o pretexto – por que não dizer – gera heresia. Palavras más compreendidas trazem más compreensões. E o oposto é verdadeiro.
Quantos erros sugiram em torno de uma má ou uma superficial compreensão das palavras das Escrituras? Quantos debates infrutíferos aconteceram porque os envolvidos ignoraram as facetas de uma única palavra?
Terminado esta prévia podemos estudar estas palavras, tanto no Antigo como no Novo Testamento.

01. Nwe)f (’ãwen): “iniqüidade, vaidade, sofrimento”. Alguns estudiosos acreditam que este termo tem cognatos nas palavras árabes ’ãna (cansar-se, fatigar-se) e ’aynun (fraqueza, sofrimento, dificuldade), ou com a palavra hebraica ’ayin (nada). Esta relação implicaria que ’awen significa a ausência de tudo o que tem valor verdadeiro. Por conseguinte, denotaria “indignidade moral” como nas ações da maldade, projetos ou discurso falso.
A palavra ’ãwen é um termo geral para designar “pecado” ou “ofensa”, como em Mq 2.1: “Ai daqueles que nas suas camas intentam a iniqüidade” (cf. Is 1.13). Em algumas passagens, a palavra diz respeito à “falsidade” ou “engano”: “As palavras da sua boca são malícia e engano; deixou de entender e de fazer o bem (Sl 36.3)”. “Porque os terafins têm falado vaidade [“coisas vãs”, ARA]” (Zc 10.2). Isaías 41.29 retrata os ídolos que enganam aqueles que os adoram: “Eis que todos são vaidade; as suas obras não são coisa alguma; as suas imagens de fundição são vento e nada”.

02. M#$a)f (’ãsham) “Pecado, culpa, oferta pela culpa, transgressão, oferta pela transgressão”. O termo implica a condição da “culpa” incorrida por algum mal, como em Gn 26.10: “E disse Abimeleque: [...] E tu terias trazido sobre nós um delito”. A palavra também se refere à ofensa em si que necessariamente acarreta culpa: “Porque Israel e Judá não foram abandonados, [...] ainda que a sua terra esteja cheia de culpas perante o Santo de Israel” (Jr 51.5). Significado semelhante da palavra ocorre em Sl 68.21: “Mas Deus ferirá gravemente a cabeça de seus inimigos e o crânio cabeludo do que anda em suas culpas [“delitos”, ARA]”.

03. lmf(f (‘ãmãl): “mal, dificuldade, infortúnio, dano, agravo, injustiça, maldade, trabalho”. Em geral o termo se refere ou às dificuldades e sofrimento que o pecado causa no pecador ou às dificuldades que ele impõe a outros. Jeremias 20.18 descreve a aflição imposta a si mesmo: “Por que saí da madre para ver trabalho [‘ãmãl] e tristeza e para que se consumam os meus dias na confusão?” Outro exemplo é encontrado em Dt 26.7: “Então, clamamos ao SENHOR, Deus de nossos pais; e o SENHOR ouviu a nossa voz e atentou para a nossa miséria [‘onî], e para o nosso trabalho [‘ãmãl]?, e para a nossa opressão [lahas]”.

04. NwOw(f (‘ãwõn): “iniqüidade, maldade”. Esta palavra é derivada da raiz ‘ãwãh, que significa “ser curvado, torcido, deturpado, pervertido” ou “torcer, perverter”. O termo retrata que o pecado é uma perversão de vida (uma torção da maneira certa), uma perversão da verdade (uma torção no erro) ou uma perversão de intenção (um dobramento da retidão em desobediência voluntariosa). A palavra “iniqüidade” é o melhor equivalente em uma palavra, embora a raiz latina iniquitas na verdade signifique “injustiça, falta de retidão, hostil, adverso”.
05. (#f2rf (rãshã‘): “mau, ímpio, ilícito, culpado”. O termo conota geralmente uma “turbulência” e “inquietude” (cf. Is 57.21) ou algo desarticulado ou desregrado. Por isso, Robert B. Girdlestone sugere que o termo se refira à inquietação e confusão nas quais os ímpios vivem, e à agitação perpétua que eles causam nos outros.

06. t)+@fxa (hattã’t): “pecado, culpado de pecado, purificação de pecado, oferta pelo pecado”. O substantivo hattã’t aparece em torno de 293 vezes e em todos os períodos da literatura bíblica. A acepção básica desta palavra é “pecado” imaginado no sentido de errar o caminho ou o alvo (155 vezes) Gn 31.36.

Até agora apresentamos os substantivos, mas agora vamos apresentar os adjetivos.

07. (#f2rf (rãshã‘): “ímpio, culpado”. No exemplo típico de Dt 25.2, esta palavra se refere a uma pessoa “culpada de crime”: “E será que, se o injusto merecer açoites, o juiz o fará deitar e o fará açoitar diante de si”. Em 2Sm 4.11, o adjetivo é usado especificamente para aludir a assassinos: “Quanto mais os ímpios homens, que mataram um homem justo em sua casa, sobre a sua cama?”.

08. (ra (ra‘): “mau, ímpio, iníquo, depravado, corrupto, triste”. O termo diz respeito àquilo que é “mau” ou “perverso” em ampla variedade de aplicações. Grande parte das ocorrências da palavra significa algo moralmente mau ou nocivo, referindo-se freqüentemente a homens: “Então, todos os maus e filhos de Belial, dentre os homens que tinham ido com Davi...” (1Sm 30.22). Et 7.6; Jó 35.12; cf. Sl 10.15. Este adjetivo também é usado para denota palavras “más” (Pv 15.26), pensamentos “maus” (Gn 6.5) ou ações “más” (Dt 17.5; Ne 13.17). O termo também quer dizer “mau” ou desagradável no sentido de causar dor ou provocar infelicidade (Gn 47.9).
Em Is 45.7[2], descrevendo Suas ações, Jeová diz: “Eu faço a paz e crio o mal [(ra]”. Nesse contexto, o que se intenciona não é o “mal” moral, mas antes a antítese da Shãlom (paz, bem-estar, felicidade). O versículo inteiro afirma que, como Soberano absoluto, o SENHOR cria um universo governado por uma ordem moral. Calamidade e infortúnio com certeza serão o resultado da maldade de homens ímpios. Deus não é o autor do pecado (Hc 1.13; 2Tm 2.13; Tt 1.2; Tg 1.13; 1Jo 1.5). Um dos significados desta palavra dá a idéia de adversidade ou calamidade e evidentemente foi empregado aqui dessa forma. Deus fez a tristeza e a desgraça como frutos certos do pecado.

Depois de apresentar os substantivos e adjetivos, passamos a apresentar os verbos.

09. rba(f (‘ãbhar): “transgredir, atravessar, cruzar, passar por”. Esta palavra ocorre como verbo só quando se refere a pecar. O termo tem o sentido de “transgredir” um concerto ou ordem, ou seja, o ofensor “passar além” dos limites fixados pela lei de Deus e cai em transgressão e culpa. Este significado aparece em Nm 14.41: “Mas Moisés disse: Por que quebrantais [“transgredis”, ARA] ao mandado do SENHOR? Pois isso não prosperará”. Outro exemplo está em Jz 2.20: “Pelo que a ira do SENHOR se acendeu contra Israel; e disse: Porquanto este povo traspassou [“transgrediu” ARA] o meu concerto que tinha ordenado a seus pais e não deu ouvidos à minha voz” (cf. 1 Sm 15.24; Os 8.1).

10. )+%fxf (hãttã’): “perder, pecar, ser culpado, ser privado, perder o direito, purificar”. Este verbo aparece 238 vezes e em todas as partes do Antigo Testamento.
O significado básico deste verbo é ilustrado em Jz 20.16. Havia 700 soldados benjamitas canhotos que “atiravam com a funda uma pedra a um cabelo e não erravam”. O significado ampliado em Pv 19.2: “E o que se apressa com seus pés peca”. A forma intensiva é usada em Gn 31.39: “Nem te apresentei o que era despedaçado pelas feras; sofri o dano” (ARA).
Deste significado básico vem o uso principal da palavra para indicar fracasso moral para com Deus e os homens, e certos resultados de tais ações más. A primeira ocorrência do verbo está em Gn 20.6, sendo que esta é a Palavra de Deus para Abimeleque depois que ele tinha tomado Sara: “Bem sei Eu que na sinceridade do teu coração fizeste isto; e também Eu te tenho impedido de pecar contra mim; por isso não te permiti tocá-la” (cf. Gn 39.9).
O pecado contra Deus está definido em Jz 7.11 e Lv 4.27.

Reportemos ao estudo das palavras na língua grega.

B. Palavras que Expressam Pecado no Novo Testamento.

01. a9marti/a (hamartía – substantivo) é, literalmente, “perda da marca”, mas este significado etimológico quase que se perdeu por completo no Novo Testamento. É o termo mais abrangente para se referir à obliqüidade moral. É usado acerca de “pecado”, como a) um princípio ou fonte de ação, ou um elemento interior que produz atos (e.g., Rm 3.9; 5.12,13,20; 6.1,2; 7.7); b) um princípio ou poder governante (Rm 6.6).

02. a0nama/rthtoj (anamartêtos – adjetivo), “sem pecado” (Jo 8.7).

03. a9marta/nw (harmartánõ – verbo), literalmente, “perder a marca”, é usado no Novo Testamento: a) acerca de “pecar” contra Deus: (1) por anjos (2Pe 2.4); (2) pelo homem (Mt 27.4; Lc 15.18, 21 – a palavra “céu” representa, por metonímia, Deus);
b) contra Jesus (1Co 8.12);
c) contra o homem: (1) um irmão (Mt 18.15, 21; Lc 17.3, 4; 1Co 8.12); (2) em Lc 15.18, 21, contra o pai pelo filho pródigo, “perante ti”, o que sugestivo de reverência decorosa;
d) contra a lei judaica, o Templo e César (At 25.8);
e) contra o próprio corpo, pela fornicação (1Co 6.18);
f) contra os senhores terrenos pelos servos (1Pe 2.20, “pecando”, literalmente).

04. parabai/nw (parabaínõ – verbo), literalmente, “ir à parte, afastar-se” (formado de para. “à parte” e baínõ, “ir”), por conseguinte, “ir além”, é usado primária e metaforicamente acerca de “transgredir” a tradição dos anciãos (Mt 15.2); o mandamento de Deus (Mt 15.3); em At 1.25, refere-se a Judas (“se desviou”); em 2 Jo 9, alguns textos têm este verbo (“prevarica”), os melhores têm proagõ.

05. u9perbai/nw (hyperbaínõ – verbo), literalmente, “ir acima de” (formado de hyper, “acima de”, e bainõ, “ir”), é usado metaforicamente em 1 Ts 4.6 (“oprima”, ou seja, “ultrapasse” os limites que separam a castidade da licenciosidade, a santificação do pecado).

06. pare/rxomai (parérkhomai – verbo), “vir perto” (formado de para, “perto”, e erkhomai, “vir”), “passar por cima, não fazer caso”, e, por conseguinte, metaforicamente, “transgredir”, é usado em Lc 15.29.

07. paranomi/a (paranomía – substantivo), “violação da lei, transgressão, infração” (formado de para, “ao contrário de”, e nomos, “lei”), é encontrado em 2 Pe 2.16 (“transgressão”).

08. ai!tion (aition – substantivo), o neutro de aitios, causador de, responsável por, é usado como substantivo, “crime, base legal de castigo”, ocorre em Lc 23.4, 14, 22.

09. a0se/beia (asébeia – substantivo), “impiedade, irreligiosidade, perversidade”, é usado acerca de: a) impiedade em geral (Rm 1.18; 11.16; 2Tm 2.16; Tt 2.12);  b) ações “ímpias” (Jd 15, “obras de impiedade”); c) concupiscência ou desejos de coisas más (Jd 18). É o oposto de eusebeia, “piedade”.

10. a0pei/qeia (apeítheia – substantivo), literalmente, “a condição de não poder ser persuadido” (formado de a, elemento de negação, e peithõ, “persuadir”), denota “obstinação, rejeição obstinada à Vontade de Deus”, por conseguinte, “desobediência” (Rm 11.30, 32; Ef 2.2; 5.6; Cl 3.6; Hb 4.6, 11, onde fala de Israel, passado e presente).

11. parakoh/ (parakoê), primariamente, “ouvindo incorretamente” (formado de para, “à parte”, e akouõ, “ouvir”), por conseguinte, significa “recusa em ouvir”, portanto, “ato de desobediência” (Rm 5.19; 2Co 10.6; Hb 2.2). Este termo deve ser amplamente distinguido do anterior, assim como o ato o é da condição, embora parakoê em si seja o efeito, em transgressão, acerca da condição de falhar ou recusar ouvir. Descuido em atitude é o precursor da própria “desobediência”. No Antigo Testamento, “desobediência” é descrito muitas vezes como “recusa em ouvir” (por exemplo, Jr 11.10; 35.17; cf. At 7.57).

12. apistew (apisteõ – verbo negativo – 2Tm 2.13 – “formos infiéis”); a0pisti/a (apistía – substantivo negativo, “incredulidade”, é usado duas vezes em Mateus (13.58; 17.20), três vezes em Marcos (6.6; 9.24; 16.14), quatro vezes em Romanos (3.3; 4.20; 11.20, 23); em outros lugares, ocorre em 1Tm 1.13 e Hb 3.12, 19. E apisto/j (apistós – adjetivo, significando “incrédulo, infiel” (1Co 6.6; 7.12-15; 10.27; 14.22-24; 2Co 4.4; 6.14, 15; 1Tm 5.8; Tt 1.15; Ap 21.8). Nos Evangelhos aparece em Mt 17.17; Mc 9.19; Lc 9.41; 12.46; Jo 20.27. Uma vez é traduzido por “incrível” (At 26.8).

13. plana/w (planáõ), na voz ativa, significa “fazer vaguear, errar, desviar, tirar do bom caminho, enganar”; na voz passiva, quer dizer “ser desviado, errar”. É usado em Mt 22.29; Mc 12.24, 27; Hb 3.10; Tg 1.16, 5.19.

14. a0nomi/a (anomía), literalmente, “ilegalidade” (formado de a, elemento de negação, e nomos, “lei”), é usado de certo modo a indicar que significa que é ilegalidade ou maldade, perversidade. A tradução habitual do Novo Testamento é “iniqüidade”, que significa literalmente injustiça. Ocorre muito freqüentemente na Septuaginta, sobretudo nos Salmos, onde é encontrado cerca de 70 vezes. Na expressão “o Homem do Pecado”, encontrada em 2 Ts 2.3, a palavra sugere a idéia de desprezo à lei divina, visto que o anticristo negará a existência de Deus.

IVAN TEIXEIRA
Minister Verbi Divini



[1] Este módulo foi preparado de uma compilação das obras de Louis Berkhof em Teologia Sistemática – Editora Cultura Cristã & Wayne Grudem em Teologia Sistemática – Edições Vida Nova.
[2] Comentando este versículo afirma W. Fitch: “Em contraste com os persas, que tinham divindades gêmeas que governavam o mundo entre si – Ormuz, o bom espírito da luz, e Arimã, o mau espírito criador das trevas – SENHOR proclama que é Senhor Soberano de tudo, tanto das trevas como da luz. O mal e as trevas a que aqui se faz referência indicam, sem dúvida, os castigos de Yaweh que cairão sobre os filhos rebeldes da desobediência”. E podemos afirmar que, o objetivo do SENHOR nesta afirmativa – Eu faço a paz e crio o mal – é que do oriente ao ocidente o povo, por toda a parte, que fora do SENHOR não há outro Deus. Assim como Ele toma Ciro pela sua mão direita, para subjugar as nações e, por conseguinte seus deuses – veja o contexto – o SENHOR é o único Criador de todas as coisas, da luz e das trevas, do bem e do mal. A conclusão apoteótica, mais uma vez, é: “Eu, o SENHOR, faço todas estas coisas – ARA” (cf. Is 44.24). 

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